Homilia Pe. Ângelo Busnardo - Ascensão do Senhor.

ASCENSÃO

01 /06 / 2014

At.1,1-11 / Ef.1,17-23 / Mt.28,16-20

No dia em que ressuscitou Jesus subiu ao céu e sentou-se à direita do Pai: 16 Respondeu Jesus: “Maria”. Ela, virou-se e disse em hebraico: “Rabuni ”– que quer dizer Mestre. 17 Jesus disse: “Não me retenhas porque ainda não subi ao Pai. Vai aos meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo.20,16-17); 20 Este poder ele o exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos céus, 21 acima de todo principado, potestade, virtude e dominação, e de tudo que tem nome, não só neste século como também no futuro (Ef.1,20-21).

Durante quarenta dias após a ressurreição e ascensão ao céu, Jesus apareceu com muita frequência aos apóstolos e discípulos. Após a última aparição, no quadragésimo dia, em vez de desaparecer instantaneamente como fizera nas aparições anteriores, Jesus se elevou no ar até desaparecer entre as nuvens: 9 Dizendo isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem o ocultou a seus olhos (At.1,9). A Igreja comemora a Ascensão de Jesus quarenta dias após a ressurreição fazendo-a coincidir com a última aparição aos discípulos. No último encontro com os discípulos:

Jesus ordenou-lhes que ficassem em Jerusalém até receberem o Espírito Santo: 4 E, comendo com eles, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém mas esperassem a promessa do Pai, “que de mim ouvistes”, disse ele. 5 “Porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias (At.1,4-5).

Os judeus acreditavam que o novo paraíso terrestre – os novos céus e a nova terra – seriam instalados na terra pelo Messias. Por isto, os apóstolos perguntaram a Jesus se Ele iria estabelecer o novo paraíso a partir daquele momento. Jesus respondeu que os novos céus e a nova terra serão estabelecidos na terra pelo Pai e não pelo Messias: 6 Assim reunidos, perguntavam-lhe: “Senhor, por acaso será agora que vais restabelecer o reino de Israel?” 7 Respondeu ele: “A vós não compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder (At.1,6-7).

Após receber o Espírito Santo, os apóstolos e discípulos seriam transformados em testemunhas de Jesus em todo o mundo: 8 Mas recebereis uma força, o Espírito Santo que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra” (At.1,8).

Após o desaparecimento de Jesus entre as nuvens, apareceram aos discípulos anjos que afirmaram que Jesus, futuramente, voltará a aparecer e desaparecer novamente como fez durante quarenta dias após a ressurreição: 10 Estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele partia, eis que dois homens vestidos de branco puseram-se diante deles. 11 Eles também disseram: “Galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que foi elevado ao céu de vosso meio, voltará assim como o vistes subir para o céu” (At.1,10-11).

O paraíso terrestre durou da criação de Adão e Eva até eles cometerem o primeiro pecado. Após o pecado, Deus os procurou para perdoá-los mas nenhum deles se arrependeu, Adão acusou Eva e esta acusou a serpente. Não admitindo o pecado, não se arrependeram. Não havendo arrependimento, Deus não pode perdoá-los e destruiu o paraíso terrestre com a maldição da terra, criando o sofrimento e a morte: 17 Para o homem ele disse: “Porque ouviste a voz da mulher e comeste da árvore, cujo fruto te proibi comer, amaldiçoada será a terra por tua causa. Com fadiga tirarás dela o alimento durante toda a vida. 18 Produzirá para ti espinhos e abrolhos e tu comerás das ervas do campo. 19 Comerás o pão com o suor do rosto, até voltares à terra, donde foste tirado. Pois tu és pó e ao pó hás de voltar” (Gn.3,17-19). Quem destruiu o paraíso terrestre foi o Pai com a maldição da terra e somente Ele pode restaurá-lo retirando a maldição da terra.

O esplendor da glória e a grandeza da herança dos santos são tão maravilhosos que somente com uma sabedoria infundida em nós por Deus podemos compreendê-los: 17 Rogo ao Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, que vos dê um espírito de sabedoria, que dele vos revele o conhecimento, 18 e ilumine os olhos de vosso coração. Assim compreendereis qual a esperança a que fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança reservada aos santos (Ef.1,17-18). Além de ressuscitar Jesus, o Pai o constituiu cabeça da Igreja na terra: 22 E sujeitou a seus pés todas as coisas e o constituiu cabeça suprema de toda a Igreja, 23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que preenche tudo em todos (Ef.1,22-23).

Ao se despedir dos apóstolos, Jesus lhes deu instruções precisas sobre como deveriam agir no anúncio do Evangelho:

1. Fazer discípulos: 19 Ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos (Mt.28,19ª).

Batizar aqueles que se tornaram discípulos: batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt.28,19b).

Ensinando tudo aquilo que tinham ouvido de Jesus: 20 ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei (Mt.28,20).

Antes de batizar uma pessoa, a Igreja deveria torná-la discípula de Jesus. Só pode tornar-se discípulo de Jesus aquele que tem um certo conhecimento do Mestre. Antes de conhecer a pessoa do Mestre ninguém deveria se batizado. Como a doutrina ensinada por Jesus é extensa, aquele que se tornou discípulo e pede o batismo deve comprometer-se a aprender a doutrina do Mestre.

Código : domin889

Ângelo José Busnardo

e-mail : ajbusnardo@gmail.com

Pe. Ângelo Busnardo
Enviado por Joanne em 28/05/2014
Código do texto: T4823188
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