BARUQUE E A PROFECIA DE JEREMIAS

Paulo Sergio Larios

Jeremias 45:1-5

1- A palavra que Jeremias, o profeta, falou a Baruque, filho de Nerias, quando este escrevia, num livro, estas palavras, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:

2- Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque:

3- Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o SENHOR tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso.

4- Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra.

5- E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores.

INTRODUÇÃO

Baruque era o amanuense de Jeremias. Deus revelava a Palavra para Jeremias e ele então a ditava para Baruque. Paulo tinha como seu amanuense a Lucas, quem escreveu a Atos dos Apóstolos. Baruque era o ajudante e amigo de Jeremias.

Quem é Baruque?

“Baruque era contemporâneo de Jeremias (600 a.C.) e seu secretário, escriba, porta-voz, companheiro e amigo. Foi ele quem escreveu a primeira e a segunda edição do livro que registrava tudo o que Deus havia dito a Jeremias a respeito de Judá, Israel e várias outras nações, desde o 13° ano de Josias (626 a.C.) até o 4° ano de Jeoaquim (609). Jeremias ditava e Baruque escrevia. Foi Baruque também que leu o livro duas vezes, primeiro para o povo reunido no templo em dia de jejum, e, depois, para um seleto grupo de líderes em lugar mais reservado. ”

(O choro de Baruque e o consolo do Senhor - Elben M. Lenz César )

Nesse capitulo 45 de Jeremias, que é o menor capitulo do livro, Jeremias teve que parar de profetizar para as nações, e os reinados e profetizou para o seu auxiliar de profeta. Isso me chama a atenção, pois ao fazermos a obra não devemos deixar de perceber quem está conosco na batalha. Baruque, que estava ao lado de Jeremias tinha um conflito dentro de si e precisava que alguma coisa acontecesse.

“Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso.” (verso 3) - disse Baruque.

Ai de mim, quer dizer: está doendo, disse Baruque, e acrescenta à sua queixa: o Senhor acrescentou tristeza à minha dor – poeticamente dolorida a situação. Estou cansado do meu gemido, quer dizer, o problema não é novo, não é de agora, mas vem seguindo já a algum tempo; e Baruque conclui: não acho descanso.

A situação de Baruque não é estranha a nós, não é mesmo? Nós cristãos somos provados por Deus todos os dias, senão a todas as horas. Coisas e fatos não cessam de acontecer, para que seja exposto o que vai no nosso coração. Infelizmente muitos acabam saindo de nossas trincheiras por não aguentarem as provações que são muitas e as privações, a falta de muitas coisas, que é também uma maneira de Deus nos provar.

Há uma angustia bastante clara, entretanto, no texto: Assim diz o Senhor, verso 2, com o disseste, do verso 3, se contrastam. Jeremias queria dizer: Assim diz o Senhor e assim diz você, Baruque. Deus fala de uma maneira e Baruque fala de outra maneira, há um conflito vigente aqui, são línguas diferentes com pensamentos diferentes, com situações, ou visões de situações diferentes. Baruque não está enxergando a situação da maneira que Deus a está vendo, pois se alguém está errado no texto, ou falho, só pode ser Baruque. Falando mais educadamente: Baruque está desintonizado com Deus.

PORQUE DANIEL ORAVA?

Isso me lembra porque é que Daniel orava.

Diz o livro de Daniel que ele esteve orando e jejuando durante vários dias, porque entendeu que Deus estava fazendo alguma coisa e ele não estava entendendo o que é que Deus estava fazendo, mas Deus estava fazendo e continuava a fazer algo. Deus não para, é a constatação, independente de que eu saiba, ou não, o que Ele está realizando.

2- No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. 3- E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza. (Daniel 9:2-3)

Daniel entendeu que era chegada a hora de Israel voltar do exílio em Babilônia e ele orava, não pedindo algo, mas buscando entender o que é que Deus estava fazendo. Isso chama-se Oração de Alinhamento; a minha vontade sendo alinhada, corrigida, em oração, pela vontade, pelas obras de Deus. Deus não pára de fazer, mesmo se nós pararmos de orar. Deus tem um plano vigente e conta conosco para que estejamos inseridos nele.

CRISE EMOCIONAL

A prática diária nos mostra que devemos orar e jejuar, antes, durante e depois da prova. Baruque játinha escrito uma vez o livro de Jeremias, pelo menos alguns capitulos e o livro foi queimado, onde Baruque escreveu o livro novamente (Jeremias 36).

O rei queimou o livro que Jeremias estava ditando a Baruque e Deus mandou escrever de novo e palavras foram acrescentadas. Se já não estava bom antes, imagine agora, com Palavras sendo acrescentadas? Jeremias 36:32 diz que palavras semelhantes, portanto de julgamento, foram acrescentadas. O descaso acrescentou mais desgraças sobre Israel.

O estress do momento em que estavam vivendo acabou mexendo com Baruque, que entrou numa crise emocional muito forte, logo após escrever de novo o livro de Jeremias. Ele se declara exausto de tanto gemer.

“A exaustão emocional (da mente) dói mais do que a exaustão física (do corpo) e a exaustão espiritual (da alma) dói mais do que a exaustão emocional. Em alguns casos e em alguns momentos, uma pessoa pode sofrer exaustão física, exaustão emocional e exaustão espiritual. Seria o caso de Jó. ” (O choro de Baruque e o consolo do Senhor - Elben M. Lenz César )

Essa exaustão fisica, emocional e espiritual, nos remete diretamente até a provação de Jesus no deserto, onde ele foi tentado no corpo, na alma e no espírito. As tentações no corpo são de ordem fisica: fome, nudez, dor, doença; as tentações na alma são de ordem psicológica e emocional, pois na alma (na nossa mente) sofremos quando questões emocionais nos afetam, assim como somos tentados com racionalizações não biblicas e até com fortalezas espirituais, traumas e outros que entram na raiz de nossas mentes e ali querem se alojar. E é da mente, da alma, que vem os nossos desejos de grandeza. Jesus não deixava nenhuma raiz de fogo estranho entrar na sua mente, ele já resolvia na hora, ou repreendia na hora, conosco o problema acontece e queremos ficar lembrando e pensando nele, o que é um erro.

Não pense que as tentações de Jesus eram menores do que as nossas, pois ele estava em corpo fisico, como o nosso, portanto entendemos oque ele passou, como ele entende o que passamos.

O diabo tentou a Jesus com pão, pois ele estava com fome, o que configura a tentação no corpo. O diabo o tentou com glorias mundanas, que foi a tentação na alma. E o diabo ainda tentou a Jesus com aquilo que é “O Pecado de Lucifer”, que é a tentação de querer ser igual a Deus. Alguém que imagine-se fazendo a obra de Deus, sem Deus, está incorrendo nisso; ou alguém que está recebendo a glória que é de Deus e que Ele não divide com ninguém, também está incorrendo nesse perigo.

As tentações no corpo são de ordem fisica: dores, desejos carnais, desejos pecaminosos. As tentações na alma são de ordem racional, mental, ou de ordem emocional. Somos tentados na alma quando situações nos deixam à flor-da-pele. As tentações no espírito são de ordem puramente espiritual. É bom sempre lembrar que Satanás não tem desejos carnais como nós temos; ou ele não tem desejos de riqueza, ou fome, ou sono. Satanás é um anjo caido que quis ser igual a Deus. No que ele foi tentado, ou na tentação que ele caiu, ele tenta a todos ao seu redor. Uma das piores provações que um cristão pode ter é ser tentado no espírito pela não presença de Deus. Podemos ser provados nos piores momentos que passamos e parece-nos que Deus nos abandona totalmente. Um exemplo dessa provação tremenda e diag-se das mais dificeis foi quando Jesus na Cruz sentiu como se Deus o tivesse abandonado por um instante. Por um brevíssimo instante Jesus sentiu-se fora do Espírito Santo, e sentiu naquele instante toda a dor do pecado, em toda a sua essência diabólica e doente.

Dificilmente alguém é tentado ao mesmo tempo com os três tipos de provação. Baruque entretanto estava, assim como Jeremias, sendo perseguido, e havia um real medo da morte. Essa é uma prova fisica. Baruque estava criando em sua alma uma teologia errada, quiando dizia que Deus estava acrescentando tristeza à sua dor. Tentação na alma. E por fim Baruque estava sentindo-se abandonado por Deus, o que configura a tentação no espírito. Era um momento realmente negro na história de Baruque.

UMA ORAÇÃO TROUXE A RESPOSTA

A crise levou Baruque a uma oração de desabafo. Uma oração, qualquer oração, num momento critico como esse é melhor do que nenhuma oração. A sua necessidade era tão forte, tão premente, que Baruque gemia. Já disse muito bem um pregador que Deus não tem a necessidade de ouvir todas as nossas palavras ao pé da letra para nos trazer a manifestação do milagre necessitado. Assim como o pai terreno entende o seu filho, mesmo ainda bebe de colo, o nosso Pai celestial nos entende, até mesmo quando não falamos nada. Um olhar é suficiente para que ele nos entenda. Por isso que não precisamos fazer certos tipos de oração, pois ele atende o sentido da oração, mais do que as nossas palavras em si. Quantas vezes falamos com alguém, querendo dizer outra coisa? É da mesma maneira.

Baruque estava exausto de tanto gemer. Não é o único. Tão exausto como Jó: “As minhas forças estão exaustas” ou “Meu rosto está rubro de tanto eu chorar” (Jó 16.7, 16). Tão exausto como Davi: “Cansei- me de pedir socorro” (Sl 69.3). Tão exausto como Agur: “Fatiguei-me, ó Deus, e estou exausto” (Pv 30.1, RA). Tão exausto como os seus contemporâneos: “Estamos exaustos e não temos como descansar” (Lm 5.5). Tão exaustos como as multidões no tempo de Jesus: “Ao ver as

multidões, [Jesus] compadeceu-se delas porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastos” (Mt 9.36). Tão exausto como o próprio Jesus: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mt 26.38). (O choro de Baruque e o consolo do Senhor - Elben M. Lenz César )

Baruque queixa-se de que o Senhor não diminuiu seu sofrimento, mas o aumentou. “O sofrimento é o emblema do Messias e de seus discípulos” [a comunidade messiânica], diz Stott (A Bíblia Toda, O Ano Todo). Hoje há entre 200 e 250 milhões de cristãos perseguidos e outros 400 milhares vivendo sob sérias restrições. (idem)

Há muito a se dizer sobre o sofrimento do Messias e o nosso, ou o nosso sofrimento que sofremos porque seguimos a um Messias sofredor.

PORQUE BARUQUE SOFRIA TANTO?

É interessante que a consolação que veio da parte do Senhor para Baruque, através de Jeremias, nos distingue perfeitamente porque é que ele gemia e sofria tanto. Mas o que Deus disse mesmo a ele? Vamos recordar:

2- Assim diz o Senhor, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque:

3- Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o SENHOR tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso.

4- Assim lhe dirás: Isto diz o Senhor: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra.

5- E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o Senhor; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores. (Jeremias 45)

Já vimos que a teologia de Baruque estava errada. Ele não falava e nem enxergava as coisas como Deus. Seu sofrimento parecia ser de longa data, mas com certeza algo o agravou naquele momento e acredito que foi a situação vigente: queimaram o livro de Jeremias e Baruque o escreveu novamente, sob os cuidados de Jeremias, mas o Senhor acrescentou mais peso de julgamento aos que já existiam. Jeremias e Baruque eram mal vistos no palácio. (Jeremias 36)

Entretanto, apesar de tudo isso a resposta que Deus deu a Baruque desnudou o seu coração e só o sabemos porque foi o próprio Deus quem o revelou e Baruque foi obrigado a escrever no segundo livro de Jeremias, a sua própria situação.

Deus disse diretamente a Baruque: “Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra. E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures.”

Apesar da tristeza de Baruque e que poderíamos julgar como zelo pela obra, ou outra coisa qualquer, Deus acusa a Baruque de ter desejos de grandeza, portanto provações na alma.

A situação era escatológica, Deus estava destruindo toda a terra e Baruque estava preocupado com grandezas.

Entendemos perfeitamente a Baruque. Ele era o aprendiz de Jeremias. Jeremias era o profeta nacional do momento e o que ele dizia tinha um peso enorme. De novo havia uma teologia errada em Baruque, pois ele imaginava, assim como muitos de nós, que sermos importantes no Reino de Deus deve obrigatoriamente de nos fazer importantes no reino dos homens. Parece-nos que o contrário é mais verdade; quanto maior no Reino, mais desprezado na terra. Vemos isso com Jesus e vemos isso com Paulo e Pedro. Com maior razoabilidade de acerto, poderíamos dizer que Baruque queria estar entre os importantes do reino, tendo dinheiro, vestes, um nome honrado. Mas pelo que entendemos das perseguições contra Jeremias, Baruque, junto ao profeta eram desprezados até por muitos do povo, suas profecias eram muito duras, assim como eram desprezados pela realeza, que o temia e odiava. Fome e nudez eram as companheiras desses dois, com certeza.

Como foi referido do livro de John Stott, o sofrimento do Messias, se torna um pouco do nosso. Como nos expõe o fato o nosso irmão Pedro:

“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte. Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? E, se o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador? Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem. “ (1 Pedro 4:12-19)

“Deus reafirma sua intenção de destruir o que antes havia edificado, e arrancar o que antes havia plantado (Jr 45.4). O Senhor havia dado a Jeremias autoridade “para arrancar, despedaçar, arruinar e destruir”, mas também “para edificar e plantar” (Jr 1.10). Deus estaria disposto a reverter o quadro, reedificar o que havia derrubado e replantar o que sido arrancado (Jr 31.4, 28 e 40), mas não

agora. O momento atual era de derrubar e arrancar, pois o cálice de sua ira estava cheio e precisava ser derramado. Afinal, “que mais se poderia fazer pela vinha que [ele] não tinha feito?” Como a vinha produziu uvas azedas, depois de todo cuidado, o dono da vinha só tem um caminho: derrubar a cerca e fazer dele um terreno baldio (Is 5.1-7). (O choro de Baruque e o consolo do Senhor - Elben M. Lenz César )

Deus é muito coerente e o que ele prometeu para Baruque é o que Pedro nos fala, que o justo apenas se salva. Deus prometeu guardar a sua vida: “Eu o deixarei escapar com vida onde quer que você vá”. Todos os judeus que foram residir no Egito foram mortos por aquela tríade que

percorre todo o livro de Jeremias: a guerra, a fome e a peste (Jr 42.17 e 22). Entre os poucos sobreviventes estavam Baruque e Jeremias.

O FIM DO MUNDO ESCATOLÓGICO

Vivemos dias maus e insistimos em querer grandezas. Assim como Deus disse a Baruque, essa Palavra é uma resposta para a maioria de nós, senão para todos. O tempo não é de reconstrução, mas de destruição:

“Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra.” (Jeremias 45:4)

Deus está abalando os alicerces desse mundo e a promessa que ele nos faz é de preservar as nossas almas. “O justo apenas se salva” – na Palavra de Pedro é uma constatação muito forte e que a maioria de nós não gostaria de ouvir, mas é a realidade. Deus me deu uma reflexão sobre esses versos no domingo e na segunda feira foi anunciado em nossos jornais na TV que a ONU se reuniu no domingo 30/3/2014, para avisar ao mundo as constatações de 100 cientistas mundiais de que o mundo corre num crescendo de problemas insoluveis. As previsões são assustadoras: faltará água em boa parte do mundo, portanto faltará alimento. Corre a passos largos a desertificação de grandes áreas mundiais, devido ao aumento de calor. Ao mesmo tempo os Pólos - principalmente o Pólo Norte - estão derretendo, o que causará maremotos e furacões em várias partes. Devido à fome, falta de água e o clima adverso haverá um exodo constante para outras regiões, isso em todo o planeta, onde, segundo o Jornal Nacional de segunda feira, não haverá uma pessoa no mundo que não sofra com as desgraças que estão por vir. O pior, segundo eles, será sentido a partir da segunda metade do século.

Deus me deu essa Palavra domingo de manhã, como resposta de uma oração que eu estava fazendo e ontem terça-feira deu um terremoto de 8.8 no Chile, sendo sentido em Minas Gerais, com 3 graus.

Nos iludimos com alguns evangelhos que são pregados hoje em dia, como se Cristo não fosse voltar, ou que o nosso pecado não seja tão grave assim. O mundo está sendo destruido, perante os nossos olhos, a promessa que Deus nos faz é que o justo apenas se salvará, o que entendo que não é hora de buscar riquezas mundanas, ou nome em palácios. Podemos ser profetas da ultima hora e sermos extremamente relevantes a esse mundo necessitado. Podemos sobreviver nos alinhando a Deus e não nos iludindo.

Padeçamos, soframos, como diz Pedro, porém, fazendo o bem, até o ultimo minuto.

“Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem.” (1 Pedro 4:19)

O MUNDO SOFRE A SUA PENA

Uma ultima palavra.

Se Baruque soubesse o como ele era importante, ele escreveu duas vezes o livro de Jeremias, leu ao povo e aos governantes, seu nome é assimilado ao de Jeremias, um dos mais humilde, corajoso e carinhoso profeta que já existiu. Jeremias chorava, sabendo o que estava por vir e lamentava-se. Um pouco das palavras do livro de Jeremias, com certeza eram de Baruque. Deus sabia que ele sofria. Deus sabe que nós estamos sofrendo.

Nosso sofrimento pode até não ser o nosso. A resposta que Deus deu a Baruque era que ele sabia o que Deus estava fazendo com Israel. Essa era a hora do julgamento de Israel e o que a terra passava, Baruque, por estar nela, naquele momento e ser crucial no que estava acontecendo, sofria junto. Assim é conosco, sofremos muitas vezes a injustiça desse mundo. Sofremos pelos corruptos que nos roubam. Sofremos pelo pecado daqueles que não querem saber do nosso Deus. Sfremos pelo nosso pecado, pela nossa abominação. Sofremos por quere riquezas, ou nome, em época de destruição.

Baruque, o mundo está se acabando, se você sair com vida, já está no lucro. Pensa nisso!

pslarios
Enviado por pslarios em 02/04/2014
Código do texto: T4753914
Classificação de conteúdo: seguro