Gnosticismo e catolicismo.

Muitos de nós, católicos, somos, sem saber, gnósticos, e não se pode ser católico seguindo a qualquer outra doutrina que não seja o catolicismo. O católico segue necessariamente os ensinamentos de Cristo transmitidos pelos apóstolos, pelos padres apostólicos, pelos bispos, pelo magistério, pelo papa -- Não necessariamente nessa ordem. A Igreja católica, isto é, a palavra viva de Cristo, tem uma hierarquia fundamental, da qual depende a nossa fé na palavra de Deus. O Gnosticismo foge a essa hierarquia, e não satisfeito, à combate. Nós, católicos, cremos em um mundo criado por Deus, pelo Deus único. Os Gnósticos não, alguns até chegam a desmentir a existência desse Deus. Basta esses dois pontos para que fique claro que ser Gnóstico, significa rejeitar a Deus, tal como nos foi revelado -- Ainda que os pontos não estejam colocados com uma precisão maior. O Gnosticismo é, mais forte do que qualquer outra desgraça, o maior bloqueio que podemos ter para a fé em Deus, e, talvez por isso, seja ele tão usado, com tantos disfarces que escapam a nossa limitada compreensão das coisas. A Teologia da Libertação é um Gnosticismo atuante dentro da Igreja, que consiste em esvaziar os conceitos da real fé cristã, preenchendo-os com charlatanices revolucionárias. Portanto, é necessário que nos dias de hoje em que a Igreja é tão combatida, perseguida, -- Haja vista o número de cristãos mortos nunca visto na história --, saibamos distinguir o que é Igreja, e o que é empulhação. Isto vale tanto para os católicos, quanto para os críticos da Igreja, que se deliciam com crises e polêmicas, que na maioria dos casos são provocadas por pessoas que estão lá tão-somente para isso, para, em vão, tentar destruí-la. O Gnosticismo deve ser combatido primeiro dentro da sua pessoa que dificilmente estará isenta dele, A CULTURA DO MUNDO ATUAL É PROFUNDAMENTE GNOSTICA! Nós, católicos, devemos então aprender a diferenciar o engodo da verdade, do contrário seremos qualquer outra coisa, menos católicos.