Religiosidade, Ciências e Alienação

Os excessos me assustam.

Sou ligeiramente comedida e não me sinto confortável diante de nenhum tipo de exagero, ainda que a noção de exagero seja muito particular. Assusto-me mais ainda quando o exagero gira em torno de uma crença, seja ela qual for.

A crença no sagrado deve ser algo que edifique a alma e não algo que aprisiona, julga e pune. Sou extremamente avessa a dogmas radicais ( e olha que meu " extremamente" também beira ao exagero, uma contradição aparente do que antes afirmei... Mas eu disse "aparente".

Nunca compreendi porque as divisões religiosas entre católicos e protestantes ainda continuam sendo alimentada. Algo que vai totalmente contra os princípios tão bem defendidos por Cristo. Pasmem! Não faz sentido algum ouvir um pastor protestante alienar seus fiéis e tão pouco um pároco católico fazendo o mesmo. Insanidade maior continuada pelos incontáveis fiéis de doutrinas atrasadas e retrógradas. E olha que nem vou falar das "birras" contra Nossa Senhora, (Maria, mãe de Jesus - pois é um tema que dá mais uns cinco artigos).

Não sou especialista em ciências das religiões... Apenas uma mera curiosa (pois aprendi que a curiosidade é o alicerce do conhecimento, a mola propulsora, e quiçá, instigadora do saber). Mas o pouco que sei ( ou acho saber) me diz que as divisões religiosas ao longo da História ( inclusive Cristã) possuem um caráter mais político do que especificamente religiosa. Na verdade, não há nada associado ao caráter religioso. Deus é único (ainda que chamado por nomes como Javé, Deus, Alá, Zeus, O supremo, Adon Hakavod,Elohim, Guarací, Oxalá, Jah) e Cristo Jesus não era nem católico nem evangélico ( irônico, não?).

Possuo uma matriz católica apostólica romana e sou católica até hoje. Aprendi dentro de minhas curiosidades a conhecer sobre a religião a qual pertenço.

É necessário, acredite!

Claro que muita coisa boa e ruim se abriram em minha mente a cada estudo. Fatos lamentáveis, vergonhosos, repugnantes. Assim como muitos fatos belos, miraculosos, emocionantes. Mas mesma s proporções eu diria. E ao contrário do que muitos diriam, não perdi minha fé ao ler as verdades sobre a crença que me complementa espiritualmente. Pelo contrário. Reforcei a minha fé a cada novo estudo. A fé é inerente a ação humana. A fé é alimentada e fortalecida de dentro para fora, pois nós somos a igreja que Cristo tanto pregou. Também estudei de tudo um pouco das demais religiões e sim... todas possuem coisas boas e ruins ao longo da história. Claro: as religiões são regidas por seres humanos falhos. Não poderia ser diferente. Aprendi também que diferente do que muitas vezes ouço de alguns "irmãos" de ego conturbado, "As igrejas não são para os salvos, mas para os que precisam da salvação"... Por isso, parem de se afirmarem Salvos... A prepotência poderá ser a sua lamentável amarra que te impedirá de alcançar "aos céus". Ainda há aqueles que tudo ignoram em terra a espera dos céus... Lastimável. Terminam por renegar as maravilhas da ciência, a sabedoria dada por Deus aos mortais, o poder da cura pelo conhecimento científico permitido pelo infindável amor Divino aos seus.

Sim... Quem disse que a ciência não anda lado a lado com a fé? Oras!

Pense... Pense... Pense...

Claro que a essas alturas algumas pessoas já devam estar me criticando.

Mas pensemos mais um pouco como coração e a mente abertos...

Deus é amor,independente da crença. A ciência concebida aos homens explica as maravilhas feitas por Deus. Sim, repito: Ciência e religião são partes de um todo. E não devem ser partes opostas, pois até os opostos se atraem.

A religião nos é apenas um direcionamento para Deus, um apoio terreno ( ou pelo menos deveria ser, ainda que saibamos -infelizmente- que há muitos anos algumas não passem de instituições financeiras). Também não estou pedindo para que ninguém troque ou abandone a religião que segue. Mas que abram a mente. Que ensine que apenas o amor basta. Que o diferente também é bom. Nem nossas mãos possuem dedos iguais. E olha que somos uma obra divina - a imagem e semelhança de Deus. Isso mais que nunca faz alusão direta ao que acabei expor.

Como me assusto ao ver uma criança intolerante... Nascemos puros. Dotados de graça e amor. Mas crescemos e nos corrompemos. E insatisfeitos por nosso destino continuamos a corromper os nossos descendentes. Pregamos amor com palavras rasas, mas somos incapazes de estabelecer a paz em nossos lares. Decoramos a bíblia para que nos sirva de "arma" de agressão e prepotência, mas somos incapazes de exercitar o exercício da caridade. Queremos respeito, mas não nos esforçamos para respeitar.

Sim...

O mundo estaria em partes bem resolvido se exercitássemos o exercício da caridade. Se deixássemos de alimentar os nossos egos com palavras vazias e praticássemos ações edificantes, aprendendo a olhar no olhar do mais próximo e pedir desculpas. Tudo seria bem diferente.

Aos que se ofendem comigo... Mil perdões. Sou falha, infelizmente e reconheço.

Aos que magoei, não foi intencionalmente ( ou até tenha sido - o ser humano quando quer sabe magoar com exímia habilidade).

E para você que se deu ao trabalho de ler até estas linhas, o meu pedido, ainda que eu também faça dele minhas palavras de incentivo: Por favor... Pensemos em cada um como irmãos de verdade. Sem falsidades. Com serenidade. Saia do mundo raso da prepotência. Veja o seu próximo com mais amor.

E acima de tudo:

Fuja da cegueira alienante.

Lais L S
Enviado por Lais L S em 26/03/2014
Código do texto: T4745143
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