Deus existe
DEUS EXISTE
Miguel Carqueija
“Ao que parece o Evangelho Cristão está posto de lado pelo homem moderno. E o barbarismo dos dias pré-cristãos regressou automaticamente.”
Robert Bergin, “Esta idade apocalíptica” (This Apocalyptic Age)
Por que será que, em nossos dias, o ateísmo está tão agressivo? Por que se procura razões banais para cercear, limitar a religião, notadamente a cristã, com falácias de toda sorte, como a de que “o Estado é laico” (melhor seria dizer leigo, eis que o termo “laico” se reveste hoje de mal disfarçado ódio contra a religião).
Na verdade o que existe é ódio contra Deus. Por alguma razão misteriosa, mas semelhante à dos demonios, alguns homens não suportam a idéia de que haja alguém superior a eles ou pelo menos, superior à sua espécie, ou seja a raça humana; e pior ainda, alguém infinitamente superior. É o velho orgulho da humanidade que se revela no ateísmo militante. Não são motivos racionais — veremos que o materialismo é anti-científico por natureza — mas apenas a repugnância, por falta de humildade, em reconhecer um Ser Superior. E assim o ateu a si mesmo se condena (em sua cabeça, é claro) à condenação eterna no nada absoluto de uma morte total. Pode existir miséria maior?
Não é à toa que as maiores inteligências da humanidade, acompanhando as mais simples, de modo geral sempre foram crentes: São Tomás de Aquino, Pasteur, Àmpere, Santo Agostinho, Bento XVI, Lemaitre, Dostoievski... não iríamos negar a existência de grandes sábios e intelectuais ateus, mas eles continuam sendo a minoria.
Nossos irmãos ateus, em muitos casos ao que parece condicionados a violentar a razão com explicações absurdas, chegam ao ponto de afirmar — eu já topei com isso — que o universo brotou do nada ou que se fez a si próprio. Num e noutro caso, contra-senso.
O “nada absoluto” ou “nada ontológico” — entendam bem — é nada, mesmo. Como poderia o “nada” criar alguma coisa? Se de fato, num milionésimo de segundo nada mesmo houvesse, nem Deus, nem matéria, nem energia e nem coisa alguma, esta situação — se podemos chamar assim — seria irreversível e nada eternamente haveria. Algo tão horrível que desafia a nossa imaginação.
Agora parece que se tergiversa sobre o assunto, com uma história de que haveria “alguma coisa” no nada primordial. Ora bem, se havia alguma coisa então já não era o nada ontológico. E de onde veio essa “coisa”?
Dizer que o universo fez a si mesmo é uma barbaridade contra a Razão. Ele teria então, operado antes de existir. Vamos imaginar o universo (sic) entrando numa máquina do tempo para retornar a um passado onde nada houvesse, e dando um jeito de se criar...
Para onde se volte o Ateísmo encontra apenas o absurdo. O universo é eterno, dizem então. Ora, mas dizer não basta. Todas as coisas que existem são claramente contingentes e não necessárias; uma sucessão infinita de seres contingentes seria apenas uma soma de zeros, e nós sabemos que nem todos os zeros do mundo podem formar uma unidade. O universo teve um começo no Tempo porque o próprio tempo e o espaço começaram a existir. Deus os tirou da Eternidade. Por falta de raciocínio filosófico nossos irmãos ateus não parecem entender a diferença entre o tempo (que é uma linha) e a eternidade (que é um ponto). Por isso em Deus, que é o Existente em Essência (é da sua essência existir, é eterno) não existem acontecimentos, Ele vive na Eternidade e por um ato de amor nos criou a todos, no tempo. Por isso é absurda a pergunta agressiva “Então quem criou Deus?” É a maneira ateísta de sair pela tangente, procurando iludir a questão da existência do universo material — o grande pesadelo do ateísmo.
Uma vez aceitando Deus — e é evidente que devemos amá-Lo e nos submeter a Ele — fica facílimo aceitar a Revelação de Jesus Cristo, pela beleza, coerência, dignidade e fundamentação que a Doutrina Cristã possui.
Rio de Janeiro, 1° de março de 2014.
(imagem do google)
DEUS EXISTE
Miguel Carqueija
“Ao que parece o Evangelho Cristão está posto de lado pelo homem moderno. E o barbarismo dos dias pré-cristãos regressou automaticamente.”
Robert Bergin, “Esta idade apocalíptica” (This Apocalyptic Age)
Por que será que, em nossos dias, o ateísmo está tão agressivo? Por que se procura razões banais para cercear, limitar a religião, notadamente a cristã, com falácias de toda sorte, como a de que “o Estado é laico” (melhor seria dizer leigo, eis que o termo “laico” se reveste hoje de mal disfarçado ódio contra a religião).
Na verdade o que existe é ódio contra Deus. Por alguma razão misteriosa, mas semelhante à dos demonios, alguns homens não suportam a idéia de que haja alguém superior a eles ou pelo menos, superior à sua espécie, ou seja a raça humana; e pior ainda, alguém infinitamente superior. É o velho orgulho da humanidade que se revela no ateísmo militante. Não são motivos racionais — veremos que o materialismo é anti-científico por natureza — mas apenas a repugnância, por falta de humildade, em reconhecer um Ser Superior. E assim o ateu a si mesmo se condena (em sua cabeça, é claro) à condenação eterna no nada absoluto de uma morte total. Pode existir miséria maior?
Não é à toa que as maiores inteligências da humanidade, acompanhando as mais simples, de modo geral sempre foram crentes: São Tomás de Aquino, Pasteur, Àmpere, Santo Agostinho, Bento XVI, Lemaitre, Dostoievski... não iríamos negar a existência de grandes sábios e intelectuais ateus, mas eles continuam sendo a minoria.
Nossos irmãos ateus, em muitos casos ao que parece condicionados a violentar a razão com explicações absurdas, chegam ao ponto de afirmar — eu já topei com isso — que o universo brotou do nada ou que se fez a si próprio. Num e noutro caso, contra-senso.
O “nada absoluto” ou “nada ontológico” — entendam bem — é nada, mesmo. Como poderia o “nada” criar alguma coisa? Se de fato, num milionésimo de segundo nada mesmo houvesse, nem Deus, nem matéria, nem energia e nem coisa alguma, esta situação — se podemos chamar assim — seria irreversível e nada eternamente haveria. Algo tão horrível que desafia a nossa imaginação.
Agora parece que se tergiversa sobre o assunto, com uma história de que haveria “alguma coisa” no nada primordial. Ora bem, se havia alguma coisa então já não era o nada ontológico. E de onde veio essa “coisa”?
Dizer que o universo fez a si mesmo é uma barbaridade contra a Razão. Ele teria então, operado antes de existir. Vamos imaginar o universo (sic) entrando numa máquina do tempo para retornar a um passado onde nada houvesse, e dando um jeito de se criar...
Para onde se volte o Ateísmo encontra apenas o absurdo. O universo é eterno, dizem então. Ora, mas dizer não basta. Todas as coisas que existem são claramente contingentes e não necessárias; uma sucessão infinita de seres contingentes seria apenas uma soma de zeros, e nós sabemos que nem todos os zeros do mundo podem formar uma unidade. O universo teve um começo no Tempo porque o próprio tempo e o espaço começaram a existir. Deus os tirou da Eternidade. Por falta de raciocínio filosófico nossos irmãos ateus não parecem entender a diferença entre o tempo (que é uma linha) e a eternidade (que é um ponto). Por isso em Deus, que é o Existente em Essência (é da sua essência existir, é eterno) não existem acontecimentos, Ele vive na Eternidade e por um ato de amor nos criou a todos, no tempo. Por isso é absurda a pergunta agressiva “Então quem criou Deus?” É a maneira ateísta de sair pela tangente, procurando iludir a questão da existência do universo material — o grande pesadelo do ateísmo.
Uma vez aceitando Deus — e é evidente que devemos amá-Lo e nos submeter a Ele — fica facílimo aceitar a Revelação de Jesus Cristo, pela beleza, coerência, dignidade e fundamentação que a Doutrina Cristã possui.
Rio de Janeiro, 1° de março de 2014.
(imagem do google)