O ateísmo e o lócus religioso

O ateísmo atualmente é visto por muitas pessoas como uma atitude de rebeldia contra religião, contra sociedade e especialmente contra Deus. Religiosos não conseguem entender de como alguém pode viver perfeitamente, namorar, fazer almoços, participar de festas natalinas e casar.

Para um homo religioso a vida sobrevive graças ao poder divino, e nele fica em aberto o entendimento sobre como um homo ateu poderá viver sem essa força poderosa e suprema de Deus.

Um fato a se dizer que os religiosos desconhecem: os ateus eram religiosos; eram pessoas que rezavam, olhavam para o alto e pensavam o poetizavam que a vida, o universo é obra de uma criação suprema, é fruto do poder de Deus. Mas algo acontece durante a estrada da vida. Um conhecimento científico pode levar uma pessoa ao ateísmo ou não. Se levar, o processo de entendimento sobre a origem da vida e da continuação de nosso universo com suas complicadas teorias de expansão e retração foi efetuado com êxito, se não o levou ao ateísmo é devido a alguma falha no processo de entendimento, que isso deverá ser corrigido ao longo de sua vida. Misturar ciência com religião é completamente errado e acreditar que poderá existir essa transa ideológica é a mais absoluta loucura. Vou explicar o porquê: de acordo com o pensamento teológico judaico-cristão, o universo e o planeta terra foi construído de acordo com a vontade e o poder de Deus. Deus em menos de uma semana criou tudo. Temos aí o nada criando tudo, e o tudo foi fruto do verbo divino. A imaterialidade criando a materialidade. Continuar com essa lógica de pensamento leva a ignorância total.

Como fruto dessa mitologia tivermos a vida dos animais que a mesma mitologia não informa nada sobre como os animais, as plantas, os insetos, as bactérias, os vírus foram criados. Os humanos, cujo produto derivado da terra e do bafo divino criou os humanos. Mas indago: porque as escrituras não esboçam uma mitologia para o surgimento das formigas, das rãs, dos cachorros ou de qualquer outro ser vivo? A resposta é bem simples: porque os antigos inventores das mitologias não se preocupavam com os animais; não se preocupavam em inventar minuciosamente de como foi formada a "perna" da formiga, desconheciam os detalhes da vida. Porque os deuses não informaram sobre os ácaros? Sobre as bactérias? Porque os olhos humanos não consegue enxergar seres pequenos, não enxergando a humanidade não saberia, e consequentemente Deus não saberia também. Para os seres cuja visão humana capta, generaliza tudo como invenção ou criação de Deus. Continuar com uma lógica teológica de vida, é continuar a acreditar que a terra é quadrada, que o azul é verde de acordo como muitos ateus dogmáticos pronunciam.

Em minha humilde opinião tantos os ateus dogmáticos, como os religiosos extremistas eram ao generalizar e tentar criar uma salada de ideologias. O homo religioso deve em toda a sua vida dar as suas explicações sobre a vida na terra na concepção religiosa, assim como o ateu ou cientista dar respostas não religiosas, ou seja científicas. Misturar ambos os pensamentos é o declínio de ambas para o entendimento geral.

Deus curou por meio da cirurgia! Deus por meio do tratamento médico curou a doença! Tais afirmações é na mais absoluta estupidez criadas por tais misturas ideológicas. Deus tem ao seu serviço diversos sacerdotes, que o próprio Deus poderá utiliza-los como ferramenta. A medicina cura, trata por meio científicos, como metodologias testadas, refutadas e ou ampliadas; De como é realizada as curas divinas, não sabemos e nem os teólogos dão uma explicação plausível. Em suas explicações, os teólogos acabam adentrando em argumentos científicos para tentar conceder suas explicações.

Não há Deus numa vacina. Não há Deus no comprimido para dor. Não há Deus no universo.