ENTÃO, PARA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE?
Desde que o primeiro homem pecou que a humanidade perdeu a unicidade perfeita, tornando-se natureza complexa, um misto de carne e espírito, pura dicotomia. E assim caminha a humanidade, ainda em vida por causa das leis naturais e eternas provindas de Deus, que a governa e sustenta devido a sua benevolência para com toda a criação; pois o Senhor nunca desistiu de seu plano de amor para com suas criaturas e dentre elas a mais predileta, sua “imagem e semelhança”, o ser humano. Somos natureza palpável, mas também almas viventes, transparentes, imateriais e imortais em sua essência. Pois, a nossa natureza física só o é, porque sustentada pela metafísica alma, dom único que Deus nos deu quando gerados fomos no ventre de nossas mães.
Então, para onde caminha a humanidade? Na verdade esta resposta está implícita no mais íntimo de cada um de nós, e a damos à medida que vivemos, pois o nosso modo de ser, de pensar, de falar e viver aponta para a morte eterna na total ausência de Deus; ou para a vida eterna vivida desde já em Deus, por Deus e para Deus pela fé em Cristo Jesus. Isto porque Cristo é “Deus conosco”, o Emanuel bendito que Deus, nosso Pai, nos enviou como o único Caminho para Ele; a única Verdade em que podemos confiar plenamente sem medo de erro; a única Vida que vence a morte, sem a qual tudo é caos esquisito como um grito sem resposta.
Quais os caminhos que percorre a humanidade? A princípio identificamos o caminho natural onde todos caminham involuntariamente, com seus planos existenciais baseados nas escolhas e decisões, nos interesses pessoais ou coletivos, nas razões de viver que movem os corações, etc. Isto porque, enquanto estamos no tempo, o tempo nos leva à maturidade da vida natural e à morte temporal, quer queiramos quer não; e isto é uma lei divina que se cumpre sempre independentemente de tudo e de todos (cf. Gn 3,19)... O outro que identificamos é o caminho espiritual, ou seja, a via que percorremos para o encontro definitivo com Deus. Na verdade, só existe um caminho para se chegar a Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho único de Deus. Pois no seguimento de Cristo Jesus, cumprimos o plano eterno de salvação, traçado por Deus para nos livrar do mal, do pecado e da morte, e nos dar a vida Eterna, pela nossa obediência incondicional à suas leis e mandamentos. Todos os demais caminhos espirituais são trilhas enganadoras que levam apenas ao julgamento, mas não à salvação eterna de nossas almas (cf. Jo 10,7-15). Porque, “Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos”. (At 4, 12)
E como se dá esta salvação eterna em Cristo Jesus? Dá-se pela ressurreição que acontece no sacramento do batismo (cf. Jo 3,1-15; Rm 6,3-11), novo nascimento pela água e pelo Espírito Santo, ou seja, na ordem da graça operada por Cristo em sua Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Corpo Místico do Senhor, parte visível do Reino de Deus neste mundo, da qual Ele é a Cabeça e nós somos os membros. Além de que seu crescimento se dá pela prática da fé e das virtudes com as quais nos ornou Deus, para que testemunhemos a sua presença em cada um de nós e nas ações dignas da salvação que recebemos. Logo, se faz necessário que tenhamos vida de oração, vida sacramental e pastoral; e com isso, nos ternemos espelhos de virtudes capazes de dar a vida pelos irmãos como o fez Jesus, o Senhor nosso, de quem herdamos a comunhão perfeita com Deus Pai.
Os filhos e filhas de Deus são conduzidos pelo Espírito Santo, e por meio dele, vivem plenamente a vontade de Deus no mundo, servindo ao Senhor para a salvação de todos os homens. Ninguém ama o próximo como a si mesmo, se não ama a Deus a cima de todas as coisas e se não vive um relacionamento íntimo com Ele que nos direciona para o serviço do Reino. É como nos ensinou São Paulo: “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos”. (Ef 2,8-10).
Com efeito, vivemos na encruzilhada da dicotomia humana; se por um lado vemos o pecado e seus resultados nefastos; por outro lado, vemos que uma pequena porção que resiste às tentações de toda espécie imposta pelo inimigo de nossas almas. De fato, precisamos resistir tenazmente, pela prática da fé, a fim de extirparmos o mal pela raiz, pois assim nos diz o Senhor: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23b). A esse respeito também nos ensinou São Pedro, o seguinte: “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bem-aventurados sois vós, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós. Que ninguém de vós sofra como homicida, ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Porque vem o momento em que se começará o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós, qual será a sorte daqueles que são infiéis ao Evangelho de Deus? E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador? Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem”. (1Pd 4,12-19).
“Assim, pois, como Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento: quem padeceu na carne rompeu com o pecado, a fim de que, no tempo que lhe resta para o corpo, já não viva segundo as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. Baste-vos que no tempo passado tenhais vivido segundo os caprichos dos pagãos, em luxúrias, concupiscências, embriaguez, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias. Estranham eles agora que já não vos lanceis com eles nos mesmos desregramentos de libertinagem, e por isso vos cobrem de calúnias. Eles darão conta àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. Pois para isto foi o Evangelho pregado também aos mortos; para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito. O fim de todas as coisas está próximo. Sede, portanto, prudentes e vigiai na oração. Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados (Pr 10,12). Exercei a hospitalidade uns para com os outros, sem murmuração. Como bons dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar as mensagens de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A ele seja dada a glória e o poder por toda a eternidade! Amém”. (1Pd 4,1-11).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFMConv.
Desde que o primeiro homem pecou que a humanidade perdeu a unicidade perfeita, tornando-se natureza complexa, um misto de carne e espírito, pura dicotomia. E assim caminha a humanidade, ainda em vida por causa das leis naturais e eternas provindas de Deus, que a governa e sustenta devido a sua benevolência para com toda a criação; pois o Senhor nunca desistiu de seu plano de amor para com suas criaturas e dentre elas a mais predileta, sua “imagem e semelhança”, o ser humano. Somos natureza palpável, mas também almas viventes, transparentes, imateriais e imortais em sua essência. Pois, a nossa natureza física só o é, porque sustentada pela metafísica alma, dom único que Deus nos deu quando gerados fomos no ventre de nossas mães.
Então, para onde caminha a humanidade? Na verdade esta resposta está implícita no mais íntimo de cada um de nós, e a damos à medida que vivemos, pois o nosso modo de ser, de pensar, de falar e viver aponta para a morte eterna na total ausência de Deus; ou para a vida eterna vivida desde já em Deus, por Deus e para Deus pela fé em Cristo Jesus. Isto porque Cristo é “Deus conosco”, o Emanuel bendito que Deus, nosso Pai, nos enviou como o único Caminho para Ele; a única Verdade em que podemos confiar plenamente sem medo de erro; a única Vida que vence a morte, sem a qual tudo é caos esquisito como um grito sem resposta.
Quais os caminhos que percorre a humanidade? A princípio identificamos o caminho natural onde todos caminham involuntariamente, com seus planos existenciais baseados nas escolhas e decisões, nos interesses pessoais ou coletivos, nas razões de viver que movem os corações, etc. Isto porque, enquanto estamos no tempo, o tempo nos leva à maturidade da vida natural e à morte temporal, quer queiramos quer não; e isto é uma lei divina que se cumpre sempre independentemente de tudo e de todos (cf. Gn 3,19)... O outro que identificamos é o caminho espiritual, ou seja, a via que percorremos para o encontro definitivo com Deus. Na verdade, só existe um caminho para se chegar a Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho único de Deus. Pois no seguimento de Cristo Jesus, cumprimos o plano eterno de salvação, traçado por Deus para nos livrar do mal, do pecado e da morte, e nos dar a vida Eterna, pela nossa obediência incondicional à suas leis e mandamentos. Todos os demais caminhos espirituais são trilhas enganadoras que levam apenas ao julgamento, mas não à salvação eterna de nossas almas (cf. Jo 10,7-15). Porque, “Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos”. (At 4, 12)
E como se dá esta salvação eterna em Cristo Jesus? Dá-se pela ressurreição que acontece no sacramento do batismo (cf. Jo 3,1-15; Rm 6,3-11), novo nascimento pela água e pelo Espírito Santo, ou seja, na ordem da graça operada por Cristo em sua Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Corpo Místico do Senhor, parte visível do Reino de Deus neste mundo, da qual Ele é a Cabeça e nós somos os membros. Além de que seu crescimento se dá pela prática da fé e das virtudes com as quais nos ornou Deus, para que testemunhemos a sua presença em cada um de nós e nas ações dignas da salvação que recebemos. Logo, se faz necessário que tenhamos vida de oração, vida sacramental e pastoral; e com isso, nos ternemos espelhos de virtudes capazes de dar a vida pelos irmãos como o fez Jesus, o Senhor nosso, de quem herdamos a comunhão perfeita com Deus Pai.
Os filhos e filhas de Deus são conduzidos pelo Espírito Santo, e por meio dele, vivem plenamente a vontade de Deus no mundo, servindo ao Senhor para a salvação de todos os homens. Ninguém ama o próximo como a si mesmo, se não ama a Deus a cima de todas as coisas e se não vive um relacionamento íntimo com Ele que nos direciona para o serviço do Reino. É como nos ensinou São Paulo: “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie. Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos”. (Ef 2,8-10).
Com efeito, vivemos na encruzilhada da dicotomia humana; se por um lado vemos o pecado e seus resultados nefastos; por outro lado, vemos que uma pequena porção que resiste às tentações de toda espécie imposta pelo inimigo de nossas almas. De fato, precisamos resistir tenazmente, pela prática da fé, a fim de extirparmos o mal pela raiz, pois assim nos diz o Senhor: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23b). A esse respeito também nos ensinou São Pedro, o seguinte: “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo, para que vos possais alegrar e exultar no dia em que for manifestada sua glória. Se fordes ultrajados pelo nome de Cristo, bem-aventurados sois vós, porque o Espírito de glória, o Espírito de Deus repousa sobre vós. Que ninguém de vós sofra como homicida, ou ladrão, ou difamador, ou cobiçador do alheio. Se, porém, padecer como cristão, não se envergonhe; pelo contrário, glorifique a Deus por ter este nome. Porque vem o momento em que se começará o julgamento pela casa de Deus. Ora, se ele começa por nós, qual será a sorte daqueles que são infiéis ao Evangelho de Deus? E, se o justo se salva com dificuldade, que será do ímpio e do pecador? Assim também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem as suas almas ao Criador fiel, praticando o bem”. (1Pd 4,12-19).
“Assim, pois, como Cristo padeceu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento: quem padeceu na carne rompeu com o pecado, a fim de que, no tempo que lhe resta para o corpo, já não viva segundo as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus. Baste-vos que no tempo passado tenhais vivido segundo os caprichos dos pagãos, em luxúrias, concupiscências, embriaguez, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias. Estranham eles agora que já não vos lanceis com eles nos mesmos desregramentos de libertinagem, e por isso vos cobrem de calúnias. Eles darão conta àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. Pois para isto foi o Evangelho pregado também aos mortos; para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito. O fim de todas as coisas está próximo. Sede, portanto, prudentes e vigiai na oração. Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados (Pr 10,12). Exercei a hospitalidade uns para com os outros, sem murmuração. Como bons dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu: a palavra, para anunciar as mensagens de Deus; um ministério, para exercê-lo com uma força divina, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A ele seja dada a glória e o poder por toda a eternidade! Amém”. (1Pd 4,1-11).
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFMConv.