Você Teme Falar da Morte?
(Jurandir Araguaia é escritor, ex-fiscal-ambiental/Goiânia, Auditor Fiscal/Go, palestrante motivacional espiritualista e formado em Adm. de Empresas e Ed Física. Site: www.jurandiraraguaia.com)
Não canso de me assustar com o medo que as pessoas carregam da morte.
Basta uma referência, mesmo em conversa trivial, que logo vem alguém falando:
- Deus me livre de pensar em morte!
Cultiva-se a falsa crença que falar da mesma seria o mesmo que atraí-la. Dessa forma, uma das maneiras de retardá-la seria evitar tocar no assunto, como se isso, por si só, tivesse o poder de nos livrar do que deveria ser encarado como um destino natural. Afinal, quem venceu a morte no corpo físico preservando-o para sempre?
Mesmo o Cristo, segundo as tradições, morreu e ¨ressuscitou¨ três dias depois, sendo que a espiritualidade, e mesmo a ciência, demonstram ser impossível que tenha retornado no seu corpo físico, destruído, mas pela via do espírito que materializou-se ou fez-se ver por quem fosse digno do fato.
Algo que chama a atenção é que os seus apóstolos disseram que apresentava-se saudável, ainda mais belo, tanto é que não podia ser ¨completamente reconhecido¨ denunciando que não devia estar portando a mesma ¨forma¨ que habitava em vida.
Sendo então a morte algo que ele próprio transpôs, afirmando que faríamos tudo o que fez e ainda mais, não há o que se temer nesta passagem. No entanto, assim mesmo, as pessoas acreditam que a mesma encerra um fim definitivo. E que mundo é esse onde se está sujeito a dores físicas, ao envelhecimento, à convivência com uma sociedade corrupta e violenta, a seres que primam preferencialmente a defender seu próprios interesses? Basta um olhar atento e se nota que o paraíso não pode ser aqui.
O espiritualista sabe que a morte não é o fim e que essa vida é, dentre outras coisas, uma escola, uma prisão e um hospital. É uma escola por que nos oferece provas para o autoaperfeiçoamento, é uma prisão por que nossas faculdades tornam-se limitadas no cárcere físico obrigando-nos resgate de energias que noutra vida cultivamos de modo equivocado e é um hospital, para que nos recuperemos de feridas passadas através da terapêutica da reencarnação.
Então, deveria o estudante chorar por que se graduou, a não ser que seja de alegria? De maneira igual, não deveria o prisioneiro rejubilar-se por cumprir a pena e o enfermo agradecer pela cura completa? Mudando o foco, entendemos a vida como uma oportunidade de crescimento e a morte física como o reinício da sublime jornada espiritual. Redefinir o entendimento diante da morte é trabalho para gerações, e dela falar não é o mesmo que desejá-la, devendo-se discuti-la para obter maior compreensão assimilando sua real função: encerrar um ciclo para que se outro se inicie.
Basta uma referência, mesmo em conversa trivial, que logo vem alguém falando:
- Deus me livre de pensar em morte!
Cultiva-se a falsa crença que falar da mesma seria o mesmo que atraí-la. Dessa forma, uma das maneiras de retardá-la seria evitar tocar no assunto, como se isso, por si só, tivesse o poder de nos livrar do que deveria ser encarado como um destino natural. Afinal, quem venceu a morte no corpo físico preservando-o para sempre?
Mesmo o Cristo, segundo as tradições, morreu e ¨ressuscitou¨ três dias depois, sendo que a espiritualidade, e mesmo a ciência, demonstram ser impossível que tenha retornado no seu corpo físico, destruído, mas pela via do espírito que materializou-se ou fez-se ver por quem fosse digno do fato.
Algo que chama a atenção é que os seus apóstolos disseram que apresentava-se saudável, ainda mais belo, tanto é que não podia ser ¨completamente reconhecido¨ denunciando que não devia estar portando a mesma ¨forma¨ que habitava em vida.
Sendo então a morte algo que ele próprio transpôs, afirmando que faríamos tudo o que fez e ainda mais, não há o que se temer nesta passagem. No entanto, assim mesmo, as pessoas acreditam que a mesma encerra um fim definitivo. E que mundo é esse onde se está sujeito a dores físicas, ao envelhecimento, à convivência com uma sociedade corrupta e violenta, a seres que primam preferencialmente a defender seu próprios interesses? Basta um olhar atento e se nota que o paraíso não pode ser aqui.
O espiritualista sabe que a morte não é o fim e que essa vida é, dentre outras coisas, uma escola, uma prisão e um hospital. É uma escola por que nos oferece provas para o autoaperfeiçoamento, é uma prisão por que nossas faculdades tornam-se limitadas no cárcere físico obrigando-nos resgate de energias que noutra vida cultivamos de modo equivocado e é um hospital, para que nos recuperemos de feridas passadas através da terapêutica da reencarnação.
Então, deveria o estudante chorar por que se graduou, a não ser que seja de alegria? De maneira igual, não deveria o prisioneiro rejubilar-se por cumprir a pena e o enfermo agradecer pela cura completa? Mudando o foco, entendemos a vida como uma oportunidade de crescimento e a morte física como o reinício da sublime jornada espiritual. Redefinir o entendimento diante da morte é trabalho para gerações, e dela falar não é o mesmo que desejá-la, devendo-se discuti-la para obter maior compreensão assimilando sua real função: encerrar um ciclo para que se outro se inicie.
(Jurandir Araguaia é escritor, ex-fiscal-ambiental/Goiânia, Auditor Fiscal/Go, palestrante motivacional espiritualista e formado em Adm. de Empresas e Ed Física. Site: www.jurandiraraguaia.com)