O Cristão e a política

Politica Pv. 29.02

Para meditação

Segunda: Jz. 6.12-14; Terça: Jz. 6.6-7; Quarta: Ex. 5.1-5; Quinta: Pv. 29.02; Sexta: Mt. 5.14-16; sábado: Dn. 6.6-9

Quando vimos ou ouvimos a palavra “política” logo vêm em nossos pensamentos os governantes da nossa nação, o congresso, a câmara dos deputados e tudo aquilo que envolve a política que nós conhecemos. Porem o ato político não é exercido apenas na forma de governo, a política de uma forma geral está em toda parte da sociedade, nós fazemos política sem se quer perceber a sua presença; por exemplo: Quando conversamos com nosso vizinho a respeito de qual o melhor lugar para se plantar uma árvore no condomínio; quando jogamos lixo no lugar certo é um ato político, porque beneficia a comunidade. Ações como pedir e dar orientações e solicitar serviços também são atos políticos. Se um serviço é mal prestado, tem-se o direito de reclamar. Isso também é política. Uma das definições para política é: Habilidade no trato das relações humanas, com vista à obtenção dos resultados desejados (Dicionário Aurélio). Sendo assim até mesmo o que escrevemos como este estudo é um ato político.

Exercemos a política em quase tudo que fazemos, mas será que a política deve fazer parte da vida cristã? Qual o papel político do cristão na sociedade? E qual o limite a ser respeitado?

1 – O Cristão e a Política

O Cristão vive hoje um grande dilema na política, se interfere ou não na política do país, se pode ou não ser candidato nas eleições. Na bíblia Sagrada temos algumas diretrizes para este assunto, por exemplo: O SENHOR convocou Gideão para uma posição política de destaque, quando o SENHOR chamou Gideão para comandar Israel para uma luta contra seus dominadores da época os midianitas. É claro que no caso de Gideão a estratégia não seria apenas política, mas também “armada”, e espiritual (Jz 6.12-14). O povo estava sendo oprimido principalmente pelo os midianitas e então eles começaram a clamar a DEUS por socorro (Jz.6.6-7), DEUS enviou o socorro, não com comitivas de anjos, mas levantou alguém naquela nação para ser um líder em todos os sentidos daquele povo. Moisés também é um exemplo de liderança política. DEUS o enviou para resolver a situação diplomaticamente com Faraó, mesmo sabendo que ele não iria ceder (Ex.5.1-5). DEUS tentou uma solução política apenas, mas no caso de Faraó não foi possível então ele agiu pelo método divino. O cristão hoje tem papel fundamental na política, pois é nessa área que é decidido o futuro da nossa nação. Através da política podemos escolher a melhor opção para governar a nação, analisando se essa pessoa tem princípios cristãos (Pv.29.2), se tem caráter de cristo; é ai que vamos mudar o nosso país, pois será muito mais agradável esperar a volta de JESUS em um país melhor

No mundo de pecado em que vivemos é impossível um governo eminentemente teocrático, contudo, quando os princípios bíblicos regem a conduta e a moral dos dirigentes Deus abençoa a nação. Quando João Calvino (1509-1564) aplicou em Genebra (Suíça) os princípios da “constituição de Deus”, a Bíblia, ele revolucionou de maneira extraordinária a vida daquela cidade. A reforma religiosa e político-social de Calvino é um marco da história que comprova, entre tantos outros exemplos semelhantes, que fé em Deus e administração pública são uma mistura que dá certo.

2 – A Política X A Politicagem

A politica tem papel importante na sociedade já a politicagem atrapalha e confunde, pois tem por objetivo atender aos interesses pessoais ou trocar favores particulares em benefício próprio. Política reles e mesquinha de interesses pessoais. Refere-se aos ou políticos adeptos dessa política. Por causa da politicagem chegamos a pensar que não teria mais jeito que deveríamos nos afastar da política, mas olha o que a bíblia nos adverte:

“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa”.

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. (Mateus 5:14-16)

Os cristãos são a luz do mundo e o sal da terra, devemos nos envolver sim, aliás, o fato de haver tantos escândalos no meio político é justamente devido à ausência de mais pessoas honestas e íntegras. Se nós aplicássemos os princípios cristãos na política, com certeza ela não teria chegado ao nível em que se encontra hoje. Será que o ambiente político da babilônia ou no reino medo-persa, onde Daniel estava não era corrupto? Com certeza não era muito diferente do que vemos hoje. A ponto dos presidentes e príncipes armarem uma cilada para Daniel fazendo o rei Dario assinar um decreto de que ninguém poderia adorar outro deus a não ser o imperador. (Dn. 6.6-9). Entretanto, Daniel se manteve íntegro e fiel, por uma simples razão: “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia.” (Daniel 1:8). O problema de muitos “evangélicos” que se envolvem com a política, não está no grau de corrupção ou degradação em que o ambiente se encontra, mas sim no comprometimento que eles têm com o seu Deus. Caso contrário, não poderíamos ter cristãos em outras áreas como: advocacia, militares, administradores. Dentre outros, Pois em todos os segmentos da sociedade existe o risco de nos corrompermos, depende unicamente da posição que tomamos.

Conclusão

DEUS nos deu em nosso país uma arma poderosa que é o nosso voto, enquanto tivermos condições de lutar por nossos direitos como cidadãos, DEUS enviará homens como Gideão e Moisés para que por meio do Espírito de DEUS nos liberte das garras da opressão. Em contra partida satanás também enviará seus representantes, como há anos tem acontecido e, entregamos muitas vezes o governo de nosso país. Então vamos ter que definir com um ato político o que queremos para nossa sociedade, pois votar é um ato político mesmo que vote nulo ou branco, fizemos a nossa escolha. O que DEUS pode fazer é colocar a nossa disposição a benção e a maldição (Dt.28.1-2), cabe a nós escolhermos de forma espiritual, humana e política o nosso futuro.