A RELIGIÃO SERIA O ÓPIO OU VENENO PARA DETERMINADAS PESSOAS?
A RELIGIÃO SERIA O ÓPIO OU VENENO PARA DETERMINADAS PESSOAS?
“Ouvirás a consciência sem fugir-lhe às anotações e perceberás, para logo, que é forçoso sanar o erro, entretanto, observarás claramente que ninguém suprime um erro em definitivo sem o clima da compaixão e ninguém encontra o clima da compaixão sem a luz do entendimento”. (Francisco de Paula Cândido Xavier).
Muitos se perguntam até hoje, quais as diferenças entre o Catolicismo e o Protestantismo. Este último apresenta elementos em comum com o catolicismo, como ter a Bíblia como a única fonte de autoridade doutrinal, mas que deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observadas em um contexto histórico. Apesar da espiritualidade as duas religiões tem seus contrapontos, isto é, cada qual quer se sobrepor uma sobre a outra. No tocante a Bíblia já se inicia a distorção de opiniões, pois a do catolicismo tem 73 livros e a do protestante tem 66 livros, uma diferença de sete livros. Se um livro é considerado como Escrituras Sagradas, jamais deveria sem mexida ou retirada brusca de livros, fazendo com que haja diferenciação de ensinamentos. As duas religiões têm os princípios fundamentais. No protestantismo (Somente a Escritura):
A Bíblia tem primazia em relações à tradição legada pelo magistério da igreja, quando os princípios doutrinários entre esta e aquela forem conflitantes. Solia gratia (Somente a Graça ou Salvação Somente pela Graça): a salvação é obtida pela graça de Deus apenas, e nós somos resgatados de sua ira apenas por sua graça. Sola fide (Somente a Fé ou Saturação somente pela fé): A justificação é pela graça somente, através da fé somente, por causa somente de Cristo. Solus Christus (Somente Cristo): A salvação é encontrada somente em Cristo e unicamente sua vida sem pecado e expiação substitutiva é suficiente para nossa justificação e reconciliação com Deus, o Pai.
Soli Deo glória (Glória somente a Deus): A salvação é de Deus, e foi alcançada por Deus apenas para sua glória. O movimento protestante surgiu como uma reação contra doutrinas e práticas adotadas pelo catolicismo. No nosso entender as religiões deveriam acabar com essas picuinhas e se voltarem completamente para seus fiéis, no entanto, muito delas só visualizam o vil metal, esquecendo a espiritualidade e se embrenhando completamente na materialidade.
A materialidade destrói qualquer mandamento de religiões que se dizem sérias e que pregam a salvação através de Deus e Jesus Cristo, mas o que a divindade tem haver com riqueza, aumento de patrimônio, se Jesus pregava a simplicidade e pedia que os mais abonados ajudassem os mais carentes. Vemos o contrário. Os responsáveis por igrejas enricando e com altos patrimônios os fieis cada vez mais necessitados. Vamos apor aqui os principais pontos do protestantismo para que os que não conhecem tomem ciência: - Os protestantes acreditam que o homem deve mudar alguns hábitos e viver com o que Deus estabelece na Bíblia. Assim, se tornam uma nova pessoa por meio do batismo. Ninguém consegue obter a salvação para outra pessoa.
Quem quiser ser salvo deve aceitar Deus como seu verdadeiro e único salvador, se arrepender dos pecados e ser batizado nas águas. Todas as pessoas são pecadoras, mas devem fazer o máximo para viver em santidade. Os protestantes luteranos acreditam que quem não segue tais preceitos não será salvo e, assim, terá um fim ruim após a morte: viver no inferno de forma muito sofrido e com muita dor. Analisando esses preceitos perguntamos onde está o perdão e a bondade de Deus.
Quem diz que padecer no inferno de forma sofrida e com muita dor não tem coração, pois o inferno é aqui mesmo, nesse mundo de provas e expiações. O batismo, quando realizado com crianças, não é válido, já que estas não sabem o que é pecado e, assim, não possuem o entendimento devido. Um dos três princípios mais comentados é o chamado Princípio Formal ou Objetivo, que fala de Absoluta Supremacia da Palavra de Cristo. A palavra se expressa nas Escrituras Sagradas, os 66 livros canônicos que são a única regra de fé e prática. O segundo dos três princípios é o Material ou Subjetivo ou a Absoluta Supremacia da Graça d Cristo. Por ele, se afirma que a fé somente é justificada por Cristo, ao qual o crente está unido pela fé. As suas obras vêm como consequência lógica da união com Cristo pela fé.
O terceiro dos três princípios é o Social ou Eclesiástico, também chamado de O Sacerdócio Geral dos Crentes. Por este princípio, afirma-se que todos os crentes têm o direito e o dever de ler a Bíblia, bem como o de tomar parte no governo e em todos os negócios públicos da igreja. O cristão pode se dirigir a Deus, sem ser por intermédio de qualquer outro homem. E os ensinamentos de Jesus Cristo onde fica? Muitos seguidores da Bíblia consideram seu conteúdo como metafórico. O Pai Nosso no Conselho de Nicéia foi assim apresentando e aprovado em 19 de junho de 325. “Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai, da substância do Pai, Deus de Deus. Luz de Luz. Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra (...)”. (grifo nosso).
A mesma oração em hebraico diz o seguinte: “Pai nosso dos céus, santo é o teu nome, venha o teu reino, tua vontade se faz na terra como também nos céus. Dá-nos hoje nossa parte de pão. Perdoa-nos as nossas culpas, quando nós perdoamos as culpas de nossos devedores. Não nos deixes entregues à provação; porque assim nos resgatas do mal. Amém!” (ou, que assim seja que possa ocorrer assim).
Há quem não aceite essa tradução feita do Aramaico para o português? “Ó Força Procriadora! Pai-Mãe dos Cosmos Focaliza Tua Luz dentro de nós, tornando-a útil. Crie Teu reino de Unidade, agora Que Teu desejo Uno atue em conjunto com o nosso, assim como em toda luz e em todas as formas. Dá-nos todos os dias o que necessitamos em pão e entendimento. Desfaz os laços dos enganos que nos prendem, assim como nós soltamos as amarras com que aprisionamos os enganos dos nossos irmãos. Libera-nos das ilusões que as coisas superficiais têm. Liberta-nos de tudo o que nos detém. De ti nasce toda vontade reinante, a canção, o poder e a força viva da ação que se renova de idade em idade e a tudo embeleza.
Possa a tua verdade poder e canção ser o solo fecundo de onde vêm todas as nossas ações. Que assim seja. E aí você fica com qual versão: a aramaica, a hebraica ou a nossa portuguesa? Qualquer uma delas é válida desde que se ore com fé e amor. Os pergaminhos mais antigos conhecidos como parte da Bíblia datam em sua maioria dos séculos II e IV depois de Cristo. O Concílio de Nicéia ficou famoso por ter sido um ponto de virada, por assim dizer, na história do cristianismo e da própria Bíblia. Além de oferecer bases para a crença cristã, o Concílio de Niceia também foi importante porque as perseguições foram poucas, haviam recentemente terminado.
Nag Hammadi é uma aldeia no Egito conhecida como Chenoboskion na antiguidade, cerca de 230 km ao noroeste de Assuan, com aproximadamente 30000 habitantes. É uma região camponesa onde produtos como o açúcar e o alumínio são produzidos. Nesta aldeia foram encontrados, em1945, um conjunto de manuscritos que ficaram conhecidos como biblioteca de Nag Hammadi, contendo textos do antigo gnosticismo, onde possui ligação com o” Evangelho de Judas". Os Livros apócrifos também conhecidos como Livros Pseudo-canônicos, são os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo e, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico.
O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que, segundo a religião em questão, não foram inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon. São também considerados apócrifos os livros que não fazem parte do cânon da religião que se professa. A consideração de um livro como apócrifo varia de acordo com a religião. Por exemplo, alguns livros considerados canônicos pelos católicos são considerados apócrifos pelos judeus e pelos evangélicos (protestantes). Alguns destes livros são os inclusos na Septuaginta por razões históricas ou religiosas. A terminologia teológica católica romano-ortodoxa para os mesmos é deuterocanônicos isto é, os livros que foram reconhecidos como canônicos em um segundo momento (do grego, deutero significando "outro"). Destes fazem parte os livros de Tobias, Judite, I e II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, (também chamado Sirácide ou Bem Sirá), Baruc (ou Baruque) e também as adições em Ester e em Daniel - - nomeadamente os episódios da História de Susana e de Bel e o dragão. Os apócrifos são cartas, coletâneas de frases, narrativas da criação e profecias apocalípticas.
Além dos que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores, cerca de 50 outros contêm narrativas ligadas ao Antigo Testamento. Muita gente desconhece o valor para a história da religião desses livros que compõem a enciclopédia de Nag Hammadi, visto que alguns deles falam diretamente e sem rodeios sobre a vida de Jesus, e principalmente o Evangelho de Filipe. Wilson Ferreira em seus estudos fala em Cristo herético na biblioteca de Nag Hammadi e segue afirmando: A descoberta e as posteriores traduções da chamada “biblioteca de Nag Hammadi” no Egito trouxeram uma nova luz sobre os ensinamentos de Cristo. O foco comum dado pelas religiões na morte-ressurreição de Cristo e no plano ético e devocional da sua passagem pela Terra esconderia a sua principal missão: a de trazer o conhecimento secreto que nos faça ter a consciência de que estamos perdidos e longe de casa, e o caminho de volta já estaria dentro de nós.
Caberia relembrarmos. "O pensamento aguarda que, um dia, a lembrança do que foi perdido venha despertá-lo e o transforme em ensinamento" (Theodor Adorno). O Gnosticismo em geral, e os evangelhos apócrifos descobertos em Nag Hammadi no Egito em 1945 (conjunto de antigos pergaminhos composto pelos evangelhos que revelariam a natureza do antigo cristianismo e as interpretações místicas de Cristo feitas pelos gnósticos) em particular, apresentam um espectro de crenças cujo núcleo central filosófico é bem discernível, aquilo que Kurt Rudolph chama de "mito central": o Gnosticismo nos ensina que algo está desesperadamente errado com o universo.
Dessa forma os escritos gnósticos tentaram delinear os meios de explicar essa falha cósmica e corrigir a situação. O universo, tal como atualmente constituído, não é bom, nem foi criado por um Deus todo poderoso. Em vez disso, um deus menor, ou “demiurgo” (como é chamado às vezes), moldou o mundo na ignorância. O Evangelho de Filipe de Nag Hammadi, diz que "o mundo surgiu através de um erro. Para aquele que o criou queria criá-lo imperecível e imortal. Ele ficou aquém de alcançar o seu desejo.” A origem do demiurgo é diversas vezes explicada como resultante de alguma perturbação pré-cósmica na cadeia de seres que emanam do incognoscível Deus-Pai.
Isso originou a “queda” de uma divindade inferior, com credenciais bem menores. Tentando recriar nos planos inferiores a Plenitude da qual “decaiu”, acabou por criar um cosmos material encharcado de dor, ignorância, decadência e morte - um trabalho malfeito, com certeza. Os 13 manuscritos descobertos em Nag Hammadi no Egito em 1945: evangelhos com interpretações bem diferentes do Cristo bíblico. Esta deidade, no entanto, despoticamente exige adoração e até mesmo pretensiosamente proclama a sua supremacia como o único Deus verdadeiro.
Este deus-criador não é a realidade última, mas sim uma degeneração da plenitude desconhecido e incognoscível do Ser (ou “Pleroma”). No entanto, os seres humanos - ou pelo menos alguns deles – teriam condições para ultrapassar essas limitações impostas por esse cosmos hostil - e essa narrativa lembra uma série de filmes recentes de ficção científica, de "Blade Runner", passando pelo novo clássico "Matrix" até chegar ao recente "Prometheus". Tal qual um joalheiro bêbado que acidentalmente mistura ouro com o pó metálico do lixo, o demiurgo acabou trancando no interior do corpo físico de cada indivíduo a centelha da mais alta realidade espiritual ao infundir a humanidade na sua criação. Simplificando, o espírito é bom e desejável; matéria é má e detestável.
Se essa faísca for ventilada criará chama, libertando os seres humanos da matrix enlouquecedora da matéria e das exigências de seu criador obtuso. O que delegou da perfeição pode finalmente evoluir de volta para a perfeição através de um processo de auto-descoberta. Jesus era um “aeon”- Dentro dessa estrutura básica entra a ideia de Jesus como Redentor dos abrigados na materialidade. Ele vem como um descendente do reino espiritual com uma mensagem de auto-redenção. O corpo de literatura gnóstica, que é mais amplo do que os textos de Nag Hammadi, apresenta vários pontos de vista desta figura Redentora. Diferentes cristologias entre as diversas escolas do Gnosticismo. Há, de fato, diferentes escolas do gnosticismo com cristologias diferentes. No entanto, a imagem comum emerge.
O Cristo vem dos níveis mais elevados de seres intermediários (os chamados “aeons”, emanações da “Região da Luz”), não como alguém que veio se sacrificar na cruz para nos redimir dos pecados, mas como um revelador que veio sob a forma física de Jesus e para nos ensinar o caminho da gnose que nos faria relembrar o caminho de volta ao Pleroma. A reencarnação na igreja católica é outra polêmica, pois os mais fanáticos dizem que a ICAR jamais aceitou a Reencarnação, mas ela existiu realmente. O Concílio de Constantinopla – 553 D.C Até meados do século VIRAM, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça
Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência. Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.
É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei. E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).
Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembleia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro “Alegorias”, segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite:” Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente”. E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando - "se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido".
É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave. É tanta versão no mundo sobre os acontecimentos dos livros sagrados e os achados as margens do Mar Morto que os mais incrédulos se perturbam ao tentar compreender o mistério. Na verdade existem mais de cem evangelhos na face da Terra, embora a igreja tenha escolhido apenas quatro. Isso devido os outros evangelhos contarem certos assuntos sobre a vida de Jesus que desagradavam à poderosa Igreja do Ocidente. Por isso, alguns estudiosos dizem ser a religião o ópio ou mesmo um veneno, pois pode deixar alguns loucos por estudarem demais e não encontrarem uma história plausível Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA AC- DA ACE- DA UBT- DO PORTAL CEN- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE