CURA DE UM ENDEMONINHADO CEGO E MUDO
(Mateus 12:22 e Lucas 11:14)
As pessoas, à medida que os milagres iam acontecendo e a fama de Jesus como excelente profeta ia se espalhando, traziam cada vez mais inválidos para receberem uma cura. Certa feita, trouxeram-lhe um endemoninhado cego e mudo. Jesus o curou, expulsando-lhe o demônio e todos se maravilharam com a sua libertação! Na verdade, não é toda doença e deficiência que é possessão demoníaca, mas, no presente caso, o era. Não adianta tentar expulsar o demônio de uma pessoa deficiente onde há causas biológicas racionalmente comprovadas, embora, curá-la Deus pode, se for de Sua santíssima vontade e for resposta de fé.
Quanto mais presenciavam os feitos de Jesus, mais ainda alguns se irritavam contra ele e O acusavam. A cura desse endemoninhado foi um forte motivo para blasfemar contra Deus: alguns diziam que expulsava por Belzebu, príncipe dos demônios; outros, pediam um sinal dos céus para acreditar.
Refletindo sobre essa passagem, vemos que, quando se é descrente e rebelde, não adianta presenciarem-se maravilhas, que nunca será suficiente. Os milagres foram realizados para que os incrédulos cressem, porém, apesar de assistirem os acontecimentos, ainda pediam um sinal dos céus. Imaginemos se Jesus apenas pregasse sem revelar o poder de Deus através dos milagres, quem haveria de crer? Havia até os que seguiam a Jesus esperando pela multiplicação de pães! Mas essa geração presente não difere muito daquela, porque hoje se conhecem os fatos, divulgados à exaustão, e há ainda os que negam a Deus e não aceitam Jesus como suficiente Salvador! Que lástima!
Jesus lhes explicava que fazia os milagres pelo dedo de Deus e os blasfemos acusavam-nO de blasfêmia contra o Pai. Havia chegado a eles, os fariseus, o Reino do Altíssimo, via Jesus, mas estavam cegos demais pela superficialidade religiosa, pelo fanatismo que impede de ver e sentir com o coração, estavam chafurdados em conceitos, práticas e doutrinas humanas, suficientes para se alijar a si mesmo, totalmente, de um poderoso processo de cura e salvação! Pobres doutores, pobres mestres, pobres poderosos!
Jesus definiu perfeitamente aquela situação dizendo: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” V.23. Com os olhos da fé não é difícil entender essa afirmação. Se um casal dentro de uma casa perderem a unidade, acabam se dissociando, se enfraquecendo e se divorciando. Como afirmou Jesus, um reino dividido, até mesmo do diabo, não subsistirá. Imaginemos o reino do amor e do bem dividido: a vida pereceria para sempre. Uma dissensão nos céus foi o suficiente para acontecer a maior e mais significativa rebelião conhecida, que transformou um ser de luz, na pior das criaturas que afeta a humanidade e a conduz para a decadência espiritual e à morte definitiva.
Diante daquela cura, Jesus ensinou aos presentes que quando um espírito imundo sai de uma pessoa, ele vaga por outros lugares, buscando repouso, e, não o encontrando, volta para a casa de onde saiu, mas não volta sozinho, traz outros sete espíritos malignos e voltam a habitar ali e a pessoa fica numa situação bem pior do que da primeira vez.
Uma citação bíblica como a cura daquele cego, deu margem para que Jesus esclarecesse muito sobre o Reino do bem e do mal e a gravidade de estar-se sob a batuta de Satanás, e sobre a tragédia humana que ele causa, tem causado e continuará causando, porque o diabo também não muda seus objetivos que é o de levar os filhos de Deus para a perdição eterna. O que devemos fazer é orar e vigiar para que o comando de nossas vidas seja outorgado ao Espírito Santo de Deus. Amém por isso!