AS RELIGIÕES DO MUNDO

A religião de Jesus não é exclusivista. Se Deus é um só, então porque tantas religiões no mundo? O livre-arbítrio responderá muito bem a essa questão...

Antônio Paiva Rodrigues

“Mas ajustai para vós o tesouro no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam”- Jesus (Mateus, 6:20). Em todas as fileiras cristãs se misturam ambiciosos de recompensa que presumem encontrar, nessa declaração de Jesus, positivo recurso de vingança contra todos aqueles que, pelo trabalho e pelo devotamento, receberam maiores possibilidades na Terra. (FEB).

Falar de religião não é tarefa fácil, mas se estudarmos com afinco podemos compreendê-la com mais amplitude e nos inserirmos nos ensinamentos divinos. Podemos definir religião como sendo o serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino. Está ligada ao sentimento consciente de dependência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador.

Crença ou doutrina religiosa, sistema dogmático e moral, liga-se também a veneração às coisas sagradas, crença, devoção, fé, piedade. Isto tudo é considerado obrigação moral ou dever sagrado e indeclinável. Ordem ou congregação religiosa, já na filosofia é o reconhecimento prático de nossa dependência de Deus.

A religião perfeita será aquela de cujos artigos de fé nenhum esteja em oposição àquelas qualidades (atributos divinos), aquela cujos dogmas todos suportem a prova dessa verificação sem nada sofrerem. A religião é antes sentimento, que conhecimento, e a alma da adoração e da justiça, o corpo dessa alma é a igreja universal. É um laço de atração e aproximação entre Deus e a criatura; atração de parte do Criador, que é a vontade absoluta e eterna; aproximação por parte da criação racional, que é a vontade relativa, subordinada à ordem harmoniosa, estabelecida pela sabedoria suprema que tudo dirige e estimula.

A verdadeira religião dizia Pestalozzi, não é outra coisa senão a moralidade. A religião de Jesus não é exclusivista. Se Deus é um só, então porque tantas religiões no mundo? O livre-arbítrio responderá muito bem a essa questão. Vejam como se comportam as religiões: o Ateísmo é ainda uma opção; o Islamismo é o poder da crença em Alá, o Judaísmo é o Pentateuco Mosaico, a divindade iraniana que dominou o Império Romano é notória. A filosofia do Budismo e sua importância moderna para a humanidade, o Xamanismo tem o seu poder e seus adeptos, a Wicca é uma das várias neofeitiçarias, os sábios da sociedade Celta são importantíssimos.

O Odinismo nada mais é do que o paganismo Nórdico, o Xintoísmo é a tradicional espiritualidade do Japão, o Bramanismo é o antepassado do Hinduísmo. A cientologia tem os seus mistérios e o Mormonismo tem estranhos caminhos. As maiores religiões são aquelas que possuem um grande número de fieis seguidores. O Cristianismo tem 2,2 bilhões de seguidores, o Islamismo 1,6 bilhão, Hinduísmo aproximadamente um bilhão, Budismo 500 milhões, Religiões populares 500 milhões; Religiões populares chinesas 500 milhões, Xintoísmo 65 milhões, Sikhismo entre 24 e 28 milhões, Judaísmo entre 14 e 18 milhões, Janaismo entre oito e 12 milhões. (Fonte Enciclopédia Britânica).

Se há algum movimento religioso que deixa as pessoas na dúvida para ser entendido com clareza é a chamada igreja Mórmon. Isso porque, a exemplo do que houve com a cientologia, os Mórmons já foram muito ridicularizados pelos meios tradicionais, de jornais a programas de TV. A tal ponto que todos conhecem o seu nome, mas poucos sabem dizer algo sobre suas crenças ou origens de seus estudos.

Um verdadeiro exército de garotos recatados, vindos do interior dos EUA, deve estar andando agora pelas ruas da sua cidade. Sorridentes, eles vestem camisas brancas bem passadas, seguram um livro debaixo do braço e têm como missão levar – provavelmente até a porta da sua casa – o que acreditam ser a verdadeira religião de Jesus Cristo. Eles são da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e mais conhecidos como Mórmons. Os mórmons são orgulhosamente americanos. Tanto quanto o McDonald’s e a Coca-Cola. Eles acreditam, inclusive, que Jesus Cristo deu as caras, em carne e osso, na terra de Tio Sam logo depois de ressuscitar em Jerusalém.

Segundo a revista Super Interessante - Quem disse isso foi o então adolescente nova-iorquino Joseph Smith, em 1820, o primeiro profeta mórmon. Cristo, após a crucificação, teria subido ao céu e retornado, dias depois, ao seu corpo. Ficou aqui na Terra mais 40 dias, tendo reaparecido nos EUA, na região do Missouri. Smith jura que ouviu de um anjo a informação de que povos que viveram séculos atrás nos EUA receberam esse Cristo ressuscitado. O período teria ficado registrado em placas de ouro escritas por profetas que acompanharam Jesus no continente. Essas placas desapareceram–elas teriam sido levadas de volta a Deus pelas mãos do mesmo anjo.

Um dos profetas, chamado Mórmon, compilou todos os relatos das placas e Smith, 18 séculos depois, teria recebido a missão divina de reescrever essa intrincada narrativa. Ele demorou 10 anos para publicar seus escritos, que deram origem ao Livro de Mórmon, impresso que, ao lado da Bíblia, orienta a religião até hoje.Todas as religiões tem suas nuanças que falaremos em outra oportunidade.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA ALOMERCE DA OUVIRCE E DO PORTAL CEN