Quem tem o direito de atirar a primeira pedra?
Francisco deu uma chamada nos católicos fundamentalistas. Em uma entrevista à revista católica dos jesuitas "La Cività Catolica", ele condena o radicalismo de elementos do clero com relação ao aborto, à contracepção e ao casamento gay. Ele os chamou de obcecados por uma moral que os leva a falarem nela o tempo todo. Realmente, diz a filosofia que tudo demais é ruim.
Há um tipo de católico, bispo, padre, freira e leigo que, à moda da maioria dos evangélicos que condena todas as pessoas, mesmo as católicas que não são católicas do jeito delas. E as maiores vítimas são as de outras religiões. E coitados dos espíritas! Porque no passado a Igreja fez uma verdadeira lavagem cerebral nos católicos contra o espiritismo, os espiritas são as maiores vítimas desses cotólicos fundamentalistas. E, embora a Igreja tenha parado de atacar o espiritismo, exceto algumas correntes isoladas em sites, esses falsos cristãos fundamentalistas continuam difamando esses cristãos espíritas, e até fogem deles. E eu denomino muito os espíritas de cristãos, propositadamente, porque agora os teólogos não espíritas inovaram a tática de atacar a doutrina codificada por Kardec. Desesperados, eles estão berrando para todos os lados que o espírita não é cristão. Esquecem-se esses teólogos de que Jesus ensinou: "Conhecem-se meus discípulos por se amarem uns aos outros". Cristão, não é, pois, aque que crê ou deixa de crer em determinadas doutrinas, mas que vivencia o amor ensinado pelo evangelho.
Francisco, na verdade, pediu ao clero mais moderação nas suas críticas e condenações contra o casamento de gays, os usuários das pílulas anticoncepcional e os que praticam o aborto. Até para os praticantes do aborto, pois o Papa quer uma uma Igreja mais caridosa.
Mas a obsessão do clero e dos bispos católicos de falarem o tempo todo sob certo princípios da Igreja torna-se ainda mais grave e até mesmo imoral e anticristã, quando ela os leva à discriminação das pessoas. É o que acontece, principalmente com relação à atitude discriminativa com que elementos do clero e de algumas correntes de leigos que veem e tratam as pessoas que não pensam e não agem como elas. Realmente, esse fundamentalismo religioso é uma praga, pois mais serve a separação das pessoas, quando o verdadeiro cristinianismo deveria uní-las em torno de Deus.
Francisco deixou claro que não devemos condenar as pessoas, que são sempre amadas por Deus do jeito que elas são. E acrescentou que ele próprio é um pecador, e não no sentido metafórico, mas de pecador mesmo, verdade essa que atinge todos nós. E que esse nosso mundo é ainda de provas e expiações, como nos ensina a Doutrina dos Espíritos e a Salve Rainha. Quem, pois, teria o direito de atirar a primeira pedra?
Bem disse o excelso Mestre João (João 18:36) que, agora, o seu reino não é desse mundo.
José Reis Chaves
Teósofo e biblista
(Matéria publicada no Jornal O TEMPO, do dia 21/10/2013
Há um tipo de católico, bispo, padre, freira e leigo que, à moda da maioria dos evangélicos que condena todas as pessoas, mesmo as católicas que não são católicas do jeito delas. E as maiores vítimas são as de outras religiões. E coitados dos espíritas! Porque no passado a Igreja fez uma verdadeira lavagem cerebral nos católicos contra o espiritismo, os espiritas são as maiores vítimas desses cotólicos fundamentalistas. E, embora a Igreja tenha parado de atacar o espiritismo, exceto algumas correntes isoladas em sites, esses falsos cristãos fundamentalistas continuam difamando esses cristãos espíritas, e até fogem deles. E eu denomino muito os espíritas de cristãos, propositadamente, porque agora os teólogos não espíritas inovaram a tática de atacar a doutrina codificada por Kardec. Desesperados, eles estão berrando para todos os lados que o espírita não é cristão. Esquecem-se esses teólogos de que Jesus ensinou: "Conhecem-se meus discípulos por se amarem uns aos outros". Cristão, não é, pois, aque que crê ou deixa de crer em determinadas doutrinas, mas que vivencia o amor ensinado pelo evangelho.
Francisco, na verdade, pediu ao clero mais moderação nas suas críticas e condenações contra o casamento de gays, os usuários das pílulas anticoncepcional e os que praticam o aborto. Até para os praticantes do aborto, pois o Papa quer uma uma Igreja mais caridosa.
Mas a obsessão do clero e dos bispos católicos de falarem o tempo todo sob certo princípios da Igreja torna-se ainda mais grave e até mesmo imoral e anticristã, quando ela os leva à discriminação das pessoas. É o que acontece, principalmente com relação à atitude discriminativa com que elementos do clero e de algumas correntes de leigos que veem e tratam as pessoas que não pensam e não agem como elas. Realmente, esse fundamentalismo religioso é uma praga, pois mais serve a separação das pessoas, quando o verdadeiro cristinianismo deveria uní-las em torno de Deus.
Francisco deixou claro que não devemos condenar as pessoas, que são sempre amadas por Deus do jeito que elas são. E acrescentou que ele próprio é um pecador, e não no sentido metafórico, mas de pecador mesmo, verdade essa que atinge todos nós. E que esse nosso mundo é ainda de provas e expiações, como nos ensina a Doutrina dos Espíritos e a Salve Rainha. Quem, pois, teria o direito de atirar a primeira pedra?
Bem disse o excelso Mestre João (João 18:36) que, agora, o seu reino não é desse mundo.
José Reis Chaves
Teósofo e biblista
(Matéria publicada no Jornal O TEMPO, do dia 21/10/2013