O amor de Deus.
O amor altruísta de Deus.
Jesus em determinado momento da sua vida contou a história de um filho que pede sua parte da herança a seu pai e parte para uma vida nova. Provavelmente esse filho buscava ser feliz de algum outro modo que não era aquele que estava vivendo. Esse filho “esbanjou tudo numa vida desenfreada”, não tão rápido quanto nos é dito na bíblia, ele teve tempo para gastar, teve tempo para buscar a felicidade, procurar satisfazer-se de diversas formas, na bebida, no sexo e no dinheiro em si. Porém o dinheiro acaba e esse filho se vê mais sem alternativa para ser feliz, ou para ser mais exato sem condições até de viver, pois é contado que lhe é negado até a comida dada aos porcos. Esse filho resolve voltar, o único caminho que a vida lhe apresentava era o retorno ao pai ou a própria morte. Ao retornar o pai o recebe com festa independente dos caminhos que esse filho tenha caminhado.
Jesus era um grande contador de histórias, não pelo fato de um enredo, um final feliz ou qualquer outro termo de que se espera de uma grande história, mas pela forma com que Ele nos colocava nelas, pela forma em que Deus estava nelas. Deus era esse pai, nós esse filho. Ainda que tentarmos todas as formas possíveis para ser feliz, andar por todos os caminhos que o mundo fornece e que em nenhum destes caminhos exista a presença de Deus, ainda que o neguemos e em algum momento Deus for nosso último suspiro, ou nossa última opção. Entenda-se como um Deus que nos dá a vida, que não nos pede nada em troca, que em outro tempo se doou numa cruz para redimir dos nossos pecados e quer simplesmente que o homem se deixe ser amado por Ele é tratado como a última opção que alguém pode ter na vida, ou o último caminho como preferir, mesmo que a vida nos tire todas as outras opções e Deus seja mais uma necessidade do que uma escolha Ele nos acolhe, faz festa, se alegra pela volta do seu filho mais do que qualquer outro que tenha estado Nele por todo o tempo.
O amor altruísta de Deus consiste em amar alguém (eu e você, nós) de modo que não tenha nenhum interesse apenas o de estarmos Nele. Deus não quer um pouco do nosso dia ao fizermos uma oração, um pouco dos nossos lucros, não quer a nossa atenção. Deus nos quer. Quer-nos inteiramente sem fragmentos, aliás, Deus não tem necessidades, seu amor não é carente de nada não carece de retorno, andar nos seus caminhos, estar Nele é a nossa aceitação de tê-lo como pai. Não importa se o tratamos como última, como única opção, se voltar a Deus em qualquer momento da vida independente do que nos levou ali ou do que se passou até ali tal escolha é vista para Deus como nossa primeira opção, afinal, depois de tantos erros, tantos pecados optarmos ainda por Deus nada mais é que a aceitar ser amado por Ele uma resposta frente a tudo que vivemos até agora: nada é tão bom quanto o seu amor.
Esse amor altruísta ainda que tenhamos tratado Deus como nada permite que saibamos que o interesse Dele não está no que somos, no que fomos ou no que podemos nos tornar sob seu olhar, está em nós, nossas fraquezas, nossa ignorância, na consciência do “eu” que somos, seu interesse está na nossa rendição hoje, sua aceitação como Pai, no nosso retorno até Ele e haverá festa e um caminho puro de amor para nós.