Vida, só em Cristo Jesus!

A língua de um país, que funciona como o código de determinado grupo, traz também a cultura daquele conjunto de falantes. Quando alguém vai estudar outra língua, por exemplo, é assente que a pessoa tenha que aprender também sobre a cultura dos falantes daquela língua. O clássico exemplo se obtém nos termos azul/blue. Quando alguém, no Brasil, responde a uma pergunta sobre como está seu dia com “hoje ‘tá tudo azul”, isso significa que está tudo bem. Se a mesma pergunta e resposta estiverem num diálogo em inglês, a tradução seria “meu dia está triste”. Estar blue, na língua inglesa, significa estar abatido, triste, melancólico.

Bem, a língua grega trabalha três palavras diferentes para o vocábulo que é sempre traduzido como vida na versão em português: bios, psiquê e zoe. Cada uma das palavras, embora trazendo sempre a mesma tradução, tem significados diferentes.

Para psiquê, o Strong traz o conceito de “força vital que anima o corpo e é reconhecida pela respiração”, ou ainda como “ser vivo, alma vivente”. Psiquê está ligada à vida mantida pelo fôlego, pelo espírito que Deus dá. A palavra aparece em Mateus 6.25:

Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?

Já bios significa “o período ou curso de vida” ou “aquilo pelo qual a vida é sustentada, recursos, riquezas, bens”, conforme nos diz o mesmo dicionário. Dois textos em que a palavra é utilizada são:

Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. II Tm 2:4

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. I Jo 2:16

E zoe? A palavra é conceituada como “existência, que tem a morte como sua antítese” ou “absoluta plenitude da vida” ou ainda “vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre”.

E o que acrescenta, na prática, tudo isso para nossa vida, para nosso cotidiano? Tudo. Quando alguém desvirtua o sacrifício de Cristo na cruz, o minimiza como se a morte de Jesus trouxesse apenas bios ou psiquê como bênçãos. Cristo não morreu na cruz para que tivéssemos apenas bios (aquilo pelo qual a vida é sustentada, recursos, riquezas, bens) ou psiquê (vida mantida pelo fôlego), MAS, para que tivéssemos zoe (absoluta plenitude da vida ou vida real e genuína ).

E para comprovar isso, cito dois textos bíblicos em que a palavra zoe aparece com letras garrafais:

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida [zoe] eterna [e não a bios ou psiquê]. Jo 3:16

O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida [zoe] e a tenham em abundância. Jo 10:10

Vida, só em Cristo!

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Davi Tardim
Enviado por Davi Tardim em 24/09/2013
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