Senhor, São Poucos Os Que Se Salvam? (Artigo de Padre Ângelo Busnardo)

SENHOR, SÃO POUCOS OS QUE SE SALVAM?(LC 13,23)

15/10/1996

Dificilmente, durante esta vida, alguém acha que irá para o inferno. Alguns chegam ao extremo de negar a própria existência do inferno. De minha parte prefiro nunca duvidar de nenhuma afirmação de Jesus. A existência do inferno foi confirmada por Jesus repetidas vezes. Eu preferiria que o inferno não existisse, mas, como Jesus confirmou que ele existe, procuro tomar precauções para escapar dele.

Quem entra no inferno não pode mais voltar, nem mesmo para trazer um recado para os parentes para mudar de vida para evitá-lo. Por isto ninguém que experimentou a temperatura do inferno pôde voltar para dar um susto nos parentes e amigos e evitar de tê-los como companheiros de infortúnio para sempre. Na parábola do rico e Lázaro, o rico pede a Abraão que mande Lázaro de volta para advertir os cinco irmãos que procurem evitar o inferno enquanto ainda era tempo; se o rico que estava no inferno tivesse podido voltar para exortar os irmãos certamente o teria feito (cf Lc 16,19-30).

Já que, segundo Jesus, o inferno existe, apesar de ter sido criado originalmente para os anjos rebeldes (cf Mt 25,41), vamos tentar descobrir de acordo com a Bíblia, qual é a porcentagem da humanidade que irá saborear a temperatura do inferno juntamente com os anjos rebeldes. Toda a minha análise será baseada exclusivamente a textos bíblicos, alguns dos quais serão reproduzidos por extenso.

1 - Mt 7,13-14

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçosa a via que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Mas quão estreita é a porta e apertada a via que leva à vida, e poucos são os que dão com ela.

Se Jesus tivesse falado somente que muitos entram pelo caminho da perdição, poderíamos entender que MUITOS significa um número grande, não necessariamente uma porcentagem alta. Dez por cento (10%) da humanidade de todos os tempos é um número muito grande, mas é uma porcentagem baixa em termos globais. Mas Jesus fala em seguida (v 14) POUCOS entram no caminho da salvação. Num mesmo volume, no caso a humanidade de todos os tempos, não podemos tomar a palavra MUITOS como 10% e a palavra POUCOS COMO 90% . Com esta afirmação MUITOS tomam o caminho da perdição (v 13) e POUCOS tomam o caminho da salvação (v 14), Jesus nos força a entender que o número dos que entram pelo caminho da perdição é maior do que o número dos que entram pelo caminho da salvação.

Este texto permite concluir que o volume das pessoas que se perdem é maior do que o volume das pessoas que se salvam, mas não nos diz qual é a porcentagem do total da humanidade que se salvam. Porém, o fato de Jesus dizer que POUCOS se salvam e MUITOS se perdem nos induz a concluir que o número dos que se perdem é bem maior do que o número daqueles que se salvam. O Evangelho de Lucas confirma o conteúdo de Mt 7,13-14, sem, porém, determinar a porcentagem que estamos procurando.

2 - Lc 13,22-30

Passava por cidades e aldeias ensinando e seguindo a caminho de Jerusalém. Disse-lhe um fulano: “Senhor, são poucos os que se salvam?” Disse-lhe ele: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque muitos, vô-lo digo eu, tentarão entrar e não conseguirão; depois que o dono da casa se levantar e fechar a porta, e vós lá fora, começareis a bater à porta e a dizer: “Senhor, abre-nos”. Ele vos dirá em resposta: - Não sei nada de vós, donde sois. - Então começareis a dizer: - Comemos e bebemos na tua presença e tu ensinaste nas nossas praças. - Replicará ele: Digo-vos que não sei de onde sois. Afastai-vos de mim vós todos obreiros da iniquidade. - Lá haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no reino de Deus, e vós expulsos para fora! Virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus. E há últimos que serão os primeiros e primeiros que serão os últimos.

Este texto não é apenas uma repetição do texto de Mateus citado acima. Pela maneira pela qual a pergunta é feita têm-se a impressão que o indivíduo está procurando uma confirmação de algo que Jesus tinha falado anteriormente. É provável que este fulano tenha estado presente no discurso, no qual Jesus afirmou aquilo que lemos em Mt 7,13-14 e tenha ficado chocado com as palavras de Jesus. Surgindo uma oportunidade, procurou obter uma confirmação. A pergunta é feita usando a palavra POUCOS. “Senhor, são POUCOS os que se salvam?” Se a pergunta não estivesse baseada sobre alguma afirmação anterior de Jesus, na formulação da pergunta, o fulano teria usado as palavras poucos e muitos: Senhor, são POUCOS ou MUITOS os que se salvam? Neste trecho de Lucas, Jesus reconfirma aquilo que dissera em Mateus.

3 - Mt 13,10-17

Aproximaram-se os discípulos e disseram-lhe? “Por que falas em parábolas?” Ele respondeu-lhes: “Porque a vós foi dado serdes postos a par dos mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes foi dado. Pois, ao que tem será dado, e dado em abundância; ao passo que ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo em parábolas, porque, embora olhando não vêem e embora, ouvindo, não escutam nem compreendem. Assim cumpre-se a respeito deles a profecia de Isaías a qual diz: “Ouvireis, mas não entendereis; olhareis, mas não discernireis. Porque se entorpeceu o coração deste povo; tornaram-se duros de ouvido, e fecharam os olhos, temendo que vendo com os olhos, ouvindo com os ouvidos e entendendo com o coração, se convertam, e eu os sare” Ditosos, porém, os vossos olhos, que vêem, e os vossos ouvidos, que ouvem! Porque, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo e não viram, e ouvir o que estais ouvindo e não ouviram.

Após contar a parábola do semeador, Jesus diz aos discípulos que falava em parábolas para cumprir a profecia de Isaías da qual ele cita apenas um trecho. Apesar de Mateus citar apenas dois versículos da profecia de Isaías (Is 6,9-10), Jesus afirma que esta profecia deve cumprir-se. A profecia de Isaías em questão não se reduz apenas a estes dois versículos, mas vai do versículo 9 até o 12. Com esta profecia, Deus diz a Isaías que sobrará um décimo da população, mas que esta décima parte ainda será devastada. Jesus afirma que sua pregação previa o cumprimento desta profecia (cf Mt 13,14). Em seguida será reproduzido todo o capítulo 6 de Isaías que contêm esta profecia.

4 - Is 6

No ano em que morreu o rei Ozias, vi o Senhor assentado em elevado e excelso trono. As suas orlas enchiam o templo. Serafins mantinham-se de pé ao redor dele, com seis asas cada um: com duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas libravam-se no vôo. Em altas vozes clamavam um para o outro: “santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos!, toda a terra está cheia da sua glória!”

Ao som desse brado estremeciam os estípites das portas e o templo enchia-se de fumaça. E eu exclamei: “Ai de mim, que estou perdido! Porque sendo homem de lábios impuros e que habita entre um povo de lábios impuros, vi, com os meus olhos, o Senhor dos exércitos”. Voou então até mim um dos serafins, trazendo na mão uma pedra incandescente, que tomara do altar com tenazes; tocou-me com ela a boca e disse-me: “Eis tocados os teus lábios com este meio; apagada está a tua culpabilidade, expiado o teu pecado”. E ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem hei de enviar? Quem irá por nós?” Então eu disse: “Eis-me aqui; enviai-me!” Ele replicou-me: “Vai, e dize a este povo:

Escutai bem, mas sem compreender;

olhai, sim, mas sem entender.

Embota a mente deste povo,

entorpece-lhe o ouvido e vela-lhe os olhos,

de sorte que com os olhos não veja,

nem ouça com os ouvidos,

nem entenda com a mente,

e, convertendo-se, seja curado”.

E eu disse: “Até quando, Senhor?”

E ele respondeu-me:

Até que as cidades fiquem desoladas, sem habitantes,

e as casas vazias de gente,

e os campos reduzidos a esquálido deserto”.

O Senhor afastará para longe os seus habitantes

e o país jazerá em grande abandono.

Ficará ainda uma DÉCIMA PARTE deles,

mas será novamente devastada,

como o carvalho ou o terebinto,

que abatido, resta dele um cepo;

semente santa é este cepo.

Alguém poderá dizer que esta profecia se aplica somente ao povo judeu. É muito difícil provar que os outros povos são melhores do que os judeus. O mal e a indiferença perante Deus atingem todos os povos. Se Deus escolheu o povo judeu para manifestar-se a toda a humanidade é porque os judeus eram melhores ou, pelo menos, iguais aos outros povos. Além disso, os versículos onze e doze falam que a profecia estará em vigor até as cidades ficarem sem habitantes, as casas vazias e os campos transformados em deserto. Estas palavras fazem alusão ao fim do mundo.

No capítulo sete de Mateus, Jesus fala que MUITOS vão para a perdição e POUCOS para a salvação, o que nos força a admitir que são mais numerosos os que se condenam do que aqueles que se salvam(cf Mt 7,13-14). Afirmando que a profecia de Isaías se cumprirá, Jesus revela que os numerosos que vão para a perdição correspondem a mais de noventa por cento (90%) da humanidade.

Também São Pedro, sem dar a porcentagem, confirma o que dizem os evangelhos a respeito do número de pessoas que salvam, quando diz: “E se o justo a muito custo se salvará, onde acabarão o ímpio e o pecador?” (1Pr 4,18).

Eu preferiria estar enganado. Sinceramente, preferiria que Jesus tivesse revelado que se salvam mais de noventa por cento da população humana. Eu sou um membro da raça humana e me esforço para salvar-me. Para mim também seria bem mais fácil salva-me se Jesus tivesse afirmado que a porta da salvação é larga e mais de noventa por cento da humanidade entra por ela e a porta da condenação é estreita e menos de dez por cento envereda por ela. Para mim também seria mais fácil estar entre os salvos se os salvos fossem mais de noventa por cento da humanidade. Mas já que Jesus falou que os que se salvam são menos de dez por cento da humanidade, procuro esforçar-me ao máximo para estar entre estes poucos que se salvam. Se, eventualmente, nos trechos bíblicos acima citados, Jesus queria dizer algo totalmente diferente daquilo que eu entendi, e são efetivamente mais de noventa por cento que se salvam, quem estiver entre os menos de dez por cento melhores estará também entre os mais de noventa por cento melhores.

Jesus veio para salvar a todos. Os méritos de Jesus tem valor infinito, portanto, são mais do que suficientes para salvar a humanidade toda. Todos os que se salvam recebem gratuitamente um lugar no céu. Apesar de a salvação ter sido oferecida gratuitamente, Deus estabeleceu condições. Quem preenche as condições toma posse gratuitamente do seu lugar no céu; quem não preenche as condições impostas por Deus recebe, também gratuitamente, um lugar no inferno. O inferno é mais gratuito ainda do que o céu, porque, além de ter um caminho espaçoso que leva até ele, não exige preenchimento de nenhuma condição.

Para entender como algo gratuito pode exigir preenchimento de condições, imaginemos uma paróquia que decidiu fornecer cestas básicas para famílias carentes. Para evitar confusão, estabelece que a família que quiser a cesta básica deve cadastrar-se na secretaria da paróquia, assistir a missa todos os domingos, retirando um cupão domingo por domingo, e apresentar todos os cupões no último sábado do mês entre nove de doze horas para retirar a cesta. A cesta é doada gratuitamente para quem tiver preenchido as condições. O lugar no céu é dado gratuitamente para quem tiver preenchido as condições impostas por Deus. Como a maioria não preenche as condições, poucos se salvam.

Como fica a atuação de Jesus sobre a humanidade, dado que muitos vão para a perdição e poucos para a salvação, ou seja, o número dos que se condenam é muito maior do que o número daqueles que se salvam? O professor entra na sala de aula para ensinar, mas nem todos os alunos aprendem. Jesus veio para salvar, mas nem todos se salvam. Deus deixou o ser humano livre para escolher entre o céu e o inferno. Jesus cumpre sua missão de forma perfeita, mas sendo fiel ao Pai é obrigado a respeitar a decisão de cada ser humano.

Apesar de que a maioria dos seres humanos não se salva, Jesus não falha, pois, a função dele é salvar um número de pessoas equivalente ao número de vagas que há no céu. Deus sabe até quantos cabelos existe na cabeça de cada pessoa (cf Mt 10,30). Obviamente deve saber também quantos lugares há no céu. “Na casa de meu Pai existem muitas habitações” (Jo 14,2a).

O Apocalipse fala que João foi arrebatado ao céu (cf Ap 4,1). Enquanto estava no céu, João viu as almas dos justos embaixo do altar que gritavam: “Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, deferirás para fazer justiça e tomar vingança do nosso sangue contra os habitantes da terra?” (Ap 6, 10). E foi respondido aos justos que já estavam no céu: ...“até se completar o número dos seus companheiros e dos seus irmãos”...(cf Ap 6,11). Deus conhece previamente o número de pessoas que deverão morar no céu. Enquanto este número não se completar, Deus não fará justiça contra os habitantes da terra, isto é, deixará bons e maus conviverem aqui na terra. A justiça, ou seja a separação definitiva entre bons e maus será feita somente no fim do mundo.

Há, portanto, um número de vagas no céu preestabelecido por Deus. Enquanto estas vagas não forem todas ocupadas não virá o fim do mundo. Isto é confirmado também pela parábola do banquete no reino de Deus.

5 - Lc 14,15-24

Ouvindo isto, um dos convivas disse-lhe: “Feliz de quem comer o pão no reino de Deus”. Respondeu Jesus: “Certo homem ia oferecer um grande banquete e tinha convidado a muitos. À hora da festa mandou o seu servo a dizer aos convidados: “Vinde, que as coisas já estão prontas”. Imediatamente começaram todos a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: “Comprei um campo e preciso ir vê-lo; peço-te que me escuses”. Disse outro: “Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; peço-te que me escuses”. E outro disse: “Casei-me e, por isso, não posso ir”. Tendo voltado, o servo comunicou tudo isso ao Senhor. Então, indignado, disse o dono da casa ao servo: “Sai sem demora às praças e às ruas da cidade e traz para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos”. E o servo disse: “Senhor, foi executado o que ordenaste e ainda há lugar”. Disse o Senhor ao servo: “Sai pelos caminhos e pelos trilhos e compele-os a entrar, para que se encha a casa”. Pois digo-vos que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.

Quando o servo avisou o Senhor que a ordem tinha sido cumprida e que ainda havia lugar, o Senhor manda o servo continuar a chamar gente até ocupar todos os lugares, lotando a casa. Isto também prova que Deus tem um número preestabelecido de pessoas que devem morar no céu. Se alguém, por não cumprir as exigências estabelecidas por Deus, perde o seu lugar no céu, o lugar não ficará vago, mas será transferido para outra pessoa.

A função de Jesus é salvar um número de pessoas eqüivalente ao número de vagas que há na casa do Pai. Aqueles que recusam a salvação, por não preencher as condições impostas por Deus, ficam fora do céu, mas os lugares não ficarão vagos, porque Deus os transferirá para outros. Jesus não veio para condenar. Ele veio exclusivamente para salvar, mas ele só pode salvar aqueles que aceitam livremente as condições apresentadas pelo Pai. O exemplo seguinte pode ajudar a entender. Uma empresa decide expandir suas atividades e manda o departamento pessoal contratar duzentos e quatorze novos funcionários. O chefe do departamento pessoal recebe ordem para contratar funcionários e não de rejeitá-los, e ele quer efetivamente concluir a contratação dos duzentos e quatorze funcionários o mais rápido possível. Os candidatos, porém, devem preencher alguns requisitos. O departamento pessoal coloca anúncios nos jornais oferecendo as vagas. A cada anúncio se apresenta um número elevado de candidatos, mas poucos preenchem os requisitos.

total dos candidatos candidatos que

se apresentaram aprovados

01º anúncio 1000 60

02º anúncio 520 16

03º anúncio 640 12

04º anúncio 360 14

05º anúncio 480 18

06º anúncio 256 6

07º anúncio 366 10

08º anúncio 522 22

09º anúncio 570 26

10º anúncio 608 30

_____ ____

total 5322 214

A ordem dada ao chefe do departamento pessoal da empresa era contratar duzentos e quatorze novos funcionários. Se entre os mil candidatos que responderam ao primeiro anúncio tivessem havido duzentos e quatorze funcionários qualificados para as vagas existentes na empresa, não teriam sido feitos os demais anúncios e o trabalho de contratação teria terminado num prazo mais curto. O chefe do departamento pessoal teria fracassado se não tivesse conseguido contratar os duzentos e quatorze novos funcionários que recebera ordens de contratar, ou se tivesse contratado candidatos sem qualificação para as vagas oferecidas pela empresa. O fato de ter precisado de dez anúncios para atingir o número requisitado, e de ter rejeitado a maioria dos candidatos que se apresentaram, não representa nenhum fracasso para o chefe do departamento pessoal. Se as vagas existentes no céu tivessem sido todas ocupadas durante o primeiro milênio, o fim do mundo teria vindo já no primeiro milênio e nós nem teríamos nascido. Se para lotar todas as vagas existentes no céu for preciso que o mundo dure ainda duzentos milhões de anos, Deus deixará o mundo existir, com pessoas nascendo e morrendo, por mais duzentos milhões de anos.

Jesus produziu méritos infinitos. Os méritos de Jesus são, portanto, mais do que suficientes para lotar gratuitamente todas as vagas existentes no céu. Se a maioria das pessoas não se qualifica para morar no céu, o fracasso deve ser atribuído a elas mesmas e não a Jesus. Deus deu liberdade para todos. Se a maioria escolher o inferno em vez do céu, o fracasso é de quem fez a escolha e não de quem, com seus méritos, colocou o céu à disposição gratuitamente. Poder-se-ia atribuir fracasso a Jesus somente se ele não tivesse produzido méritos suficientes para lotar todas as vagas existentes no céu, ou se ele deixasse entrar no céu pessoas sem a qualificação exigida pelo Pai.

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Ângelo José Busnardo

e-mail : ajbusnardo@gmail.com

Pe. Ângelo Busnardo.
Enviado por Joanne em 21/08/2013
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