A “moda” insana de ultrajar imagens sacras:
Já faz alguns anos que estamos assistindo calados, ás agressões que alguns grupos ensandecidos e sem educação vem fazendo contra as imagens dos santos. O primeiro episódio público e coberto pela mídia ocorreu no dia 12 de outubro de 1995 quando Sérgio Von Helde, um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, chutou uma imagem. Foi durante o programa matutino O Despertar da Fé, transmitido pela Rede Record, o referido “bispo” proferiu insultos verbais e físicos contra uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida, à qual se dedicava o feriado do dia, já que é padroeira do Brasil. Tal acontecimento provocou forte repercussão na maioria da sociedade brasileira, gerando uma onda de forte indignação nos católicos, e também em seguidores de outras religiões, inclusive evangélicas.
Na terça-feira 26 de abril de 2011, durante a exibição da novela “Insensato Coração” da rede Globo, em horário nobre, a personagem Norma, interpretada por Glória Pires, retirou uma imagem de Nossa Senhora das Graças de debaixo de um colchão, enrolou em uma toalha e pisou em cima, quebrando-a em pedaços, para retirar uma chave que se encontrava escondida dentro da imagem. Foi uma cena forte e desrespeitosa também, mas não houve a comoção nem indignação populares, já que a promotora de tudo tinha sido a própria rede globo, o que demonstra seu imenso poder de manipulação das massas.
Já em um episódio de “A grande família”, a personagem Dona Nenê, interpretada por Marieta Severo, é tomada de amores ao encontrar uma bela imagem de nossa Senhora das Graças na porta de sua casa, chegando a preparar um altar na sala e querer mudar os hábitos familiares em virtude da chegada da “santa”. No decorrer do episódio, descobre-se que a imagem é usada por um bandido para esconder diamantes roubados, e em uma determinada confusão, Dona Nenê leva um susto e joga a imagem de Nossa Senhora no chão, espatifando-a. Também neste caso, não houve protestos por parte de fiéis nem nenhuma nota de repúdio da Igreja ou de seus representantes, afinal foi a Rede Globo que colocou tal vilipêndio em um de seus programas...
Por último, no ano de 2012, a referida emissora veiculou a Telenovela Gabriela, entre 18 de junho e 26 de outubro do mesmo ano. No meio da trama o personagem de José Wilker, Coronel Jesuíno Mendonça, é tomado de um insano ciúme de sua adúltera esposa Dona Sinhazinha (interpretada por Maitê Proença) e avança sobre uma imagem de São Sebastião, venerada pela dita esposa, e joga-a ao chão, fazendo uma quebradeira abominável que, nem de longe, pode ser comparada com a iconoclastia bizantina dos séculos VII e IX.
Tal episódio causou revoltas “particulares”, mas outra vez o povo silenciou e o pior: A Igreja nada disse, não contestou nem ao menos expediu uma nota de repúdio contra o ato praticado pela toda poderosa REDE GLOBO...
O mesmo não aconteceu quando no domingo 26 de junho de 2011, durante a 15ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), em São Paulo, ocorrida na Avenida Paulista e reunindo milhões de pessoas, a decoração do evento causou polêmica ao exibir cartazes de uma campanha que defende o uso da camisinha, usando modelos vestidos de santos, o que irritou a Igreja Católica. Na verdade, os santos não foram representados, diretamente, nos cartazes, mas modelos musculosos e seminus fazendo apologia a São Sebastião, São Judas Tadeu e Santo Expedito.
Desta feita, aí sim, a cúpula da Igreja protestou na pessoa do CARDEAL Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, que afirmou: "Isso ofende profundamente, fere o sentimento religioso do povo. O uso debochado da imagem dos santos é ofensivo e desrespeitoso, que nós desaprovamos”.
Interessante é a igreja ter dois pesos e duas medidas para defender aquilo que considera sagrado. Por que ela nunca se pronuncia contra as quebradeiras dos santos que a REDE GLOBO promove em seus programas, conforme discorremos acima? Por que o povo que se diz católico ou admirador das imagens, também se cala quando é a emissora poderosa que faz tais atos?
Para fechar, ressalto a escandalosa e abominável ação de manifestantes que participam da "Marcha das Vadias" (juntamente com membros do movimento LGBT) na tarde deste sábado, 27 de julho, quando quebraram imagens sacras na Praia de Copacabana, onde milhares de peregrinos aguardam o início da vigília da (JMJ) Jornada Mundial da Juventude. A ação partiu de um casal que estava pelado, tampando os órgãos sexuais com símbolos religiosos, como um quadro com a pintura de Jesus Cristo. Esculturas de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima foram destruídas. Em um ponto do protesto, eles juntaram cruzes, jogaram camisinhas em cima e começaram pisar nos artigos religiosos. Um dos manifestantes chegou a botar um preservativo na cabeça de Nossa Senhora.
É este o grupo que quer pedir igualdade e respeito, tolerância e dignidade? Quando o ser humano aprenderá a respeitar, de verdade, o que é sagrado para o seu próximo? Por que atacar de forma tão cruel e infame, símbolos que são patrimônio da espiritualidade de um povo, de uma nação?
Fica aqui o meu repúdio contra tais atos, o meu pedido de respeito, tolerância, coerência e equidade. E que os representantes maiores da Igreja saibam repudiar todo e qualquer ato contra os símbolos de fé, sem fazer vistas grossas quando o caso se dá com a Rede Globo.
Por Thomas Saldanha