CULTO OU TEATRO

CULTO OU TEATRO

INTRODUÇÃO

Acabei de ler o livro

“QUAL O PROBLEMA COM O TEATRO?”

de dr.Peter Máster

Antes de começar, eu quero deixar esse como o nosso versículo básico a ser seguido nesse estudo:

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” (2 Timóteo 4:2)

1- PREGAÇÃO OU TEATRO?

Abre aspas

“O meio escolhido e indicado por Deus para comunicar o Evangelho é a proclamação, ou seja, por palavras. Toda a evangelização no Novo Testamento foi por meio de palavras, ou seja, por testemunho pessoal, escritos, ou pela pregação. O mundo daquela época era cheio de arte dramática e simbolismo cultual, mas os mensageiros de Deus se mantiveram indiferentes a isso e trabalharam com palavras.

”Como ouvirão”, pergunta Paulo em Romanos 10, “se não há quem pregue?” Ele não diz: Como ouvirão se não há um ator, ou uma banda de músicos, ou um debate? A pregação do Evangelho deve ser com palavras dirigidas à mente.

O método da proclamação – particularmente a pregação – está sob ataque hoje nos círculos evangélicos. Quase todos os últimos livros a respeito de crescimento da igreja lançam para longe a primazia da pregação, e e quando a usam a fazem de modo tênue, como fonte e modelo providos por Deus.

Alguns escritores têm preparado listas de métodos a fim de mostrar a eficiência compatrativa de diferentes meios, e a pregação sempre aparece em último lugar ou próximo dele. Dizem eles que entre um outro meio qualquer e a pregação, esta recebe o menor grau de eficiência. É dito que ela vem em último lugar em termos de compreensão, apreensão e força persuasiva. Esses testes contudo, tem sido feito onde a pregação é pobre. Todavia, a lama jogada na pregação tende a aderir.”

Fecha aspas

Essas palavras acima são do autor citado e descrevem claramente uma situação vívida de hoje em dia, a troca da pregação por outra coisa qualquer. Acredito firmemente que Deus traz à tona, em forma de revelação, as necessidades da Igreja, durante as épocas. É impressionante como esse tema, tratado na Primeira Igreja, que tinha Pedro e Tiago como pastores, é tão atual, durante as épocas. Mormente agora que as Igrejas estão se abrindo claramente para tantos modismos que só fazem mau à pureza do Evangelho.

Existem aqueles que tem a insensatez de imaginar e pior, exteriorizar aos outros, que a Palavra apenas, é fraca, para ganhar as almas do povo da nossa época. Acredito que as muitas letras, para alguns, deturpou o sentido primário do que quer que seja arauto e servo. O arauto era alguém mandado falar o recado do rei a outra pessoa, talvez até a outro rei. O arauto era alguém que deveria falar claramente a mensagem e só a mensagem que lhe fora confiada, sem acrescentar absolutamente nada. A própria Bíblia diz que devemos julgar a profecia e não o profeta, por quê? Vamos falar disso mais à frente.

O arauto deve falar só o que Deus mandou falar e acabou. AS pregações placebo, que vemos hoje em dia, só ocorrem porque os arautos não ficaram tempo suficiente na presença de Deus, para entender qual era a Palavra a ser pregada e como eles tinham a obrigação de trazer alguma coisa, se traz então qualquer coisa – que é melhor do que nada, pensam eles. Cada culto e cada pregação são únicos na história da eternidade. Não haverá o mesmo publico com as mesmas necessidades diárias nunca em culto algum, em lugar algum, na história. Por isso só Deus sabe as necessidades de cada um e o que deve ser falado para cada um, homem algum tem essa capacidade. Agora, alguém imaginar que sabe o que deve pregar hoje, ou amanhã, sem consultar a Deus, é o mais rápido caminho de derrota do púlpito que alguém pode ter, similar a pecado no púlpito, ou seja, nos pregadores.

O sentido de servo na Bíblia, pode ser explicado, talvez imaginando um soldado das fileiras do exército de Deus. Um soldado, assim que entra no exército, não tem domínio mais sobre o seu sono, sobre o que come, sobre as horas que dorme, sobre o cansaço, sobre o seu dinheiro, sobre a sua folga e sobre nada, por fim. Um soldado faz o que o exército mandar. E se estourar uma guerra, enquanto ele está servindo, o soldado terá que ir ao front, não é questão de querer ou não querer, ele não se manda mais. Só que na Igreja, muitas pessoas - e vemos isso mais nos lideres – querem fazer do jeito que querem, sem ligar se temos um Deus acima de nós. O servo, tem que servir e não ser servido.

O pregador tem que pregar e não ficar inventado moda na Igreja.

Faço minhas as palavras de Paul Washer:

“Não temos o direito de diminuir a afronta do Evangelho ou civilizar as suas exigências radicais com o objetivo de faze-lo mais atrativo a um mundo caído ou a membros carnais da Igreja.”

Paul Washer começa dizendo que “Não temos o direito”, preste atenção. A forma que Deus definiu para propagar o Evangelho foi pela pregação da Palavra. Não se esqueça que no tempo em que o Evangelho surgiu, os gregos estavam no auge e a filosofia, junto ao teatro chamava a atenção do povo. Mas Deus escolheu a Palavra, para propagar o Evangelho.

Perdemos o sentido da Bíblia, quando queremos fazer diferente do que a Bíblia nos orienta. É claro que sei que existe a multiforme sabedoria de Deus, o que significa que veremos diferentes liturgias e diferentes manifestações, mas o problema é que estão usando a própria Palavra de Deus para libertinagem; apesar de existir a multiforme sabedoria, existem regras gerais de como deve ser um culto.

Sobre a palavra, a Bíblia diz que Cristo é o Verbo, a Palavra e tudo se sustenta pela Palavra – você nunca leu isso?

De novo, eu repito o que disse ontem no Facebook: de que adianta tanta teologia e cursos se está fazendo tudo errado? Pra que Teologia para aprender a Bíblia, se está fazendo exatamente diferente do modelo? Nunca, mas nunca, se esqueça que somos seguidores de um Deus e exclusivamente seguidores de Um Livro, a Bíblia. No Rio de Janeiro os cristãos são chamados de Os Bíblia, pois andam com ela constantemente.

Os modismos na Igreja sempre ocorreram, é só ler a Bíblia que a gente vê, não devemos fazer diferente da Bíblia, já disse isso em outro estudo, que o crescimento não depende de nós e nem pode sê-lo. Por mais que alguém se esforce nunca, jamais, conseguirá converter ninguém, o máximo que conseguirá é ter alguns seguidores que aceitem as suas idéias, que de certa forma é a deles também, mas isso não significa que estão indo para o Céu, podem estar indo, até mesmo em sentido oposto e nem estão se dando conta. Acorda criatura!

Quem foi que te chamou na Graça? Acho que muitos cristãos precisam rever seus conceitos primários: quem foi que te chamou para a Graça? E porque está fazendo diferente, ou está indo contra quem te chamou. Eu já disse isso antes, algumas vezes: Todos nós temos Bíblia, naquele dia, em que todos os joelhos se dobrarão, não haverá desculpa, para alguém dizer que foi enganado, e seguiu um arremedo de Evangelho e não conseguiu entrar no Céu.

Imagine a situação:

Senhor, em Teu Nome nós pregamos. –e Jesus responde: Não te conheço; ou: Jesus, em Teu Nome nós fizemos milagres. – Eu não os conheço.

Será uma surpresa muito grande, todos vermos pessoas desqualificadas por nossas regras, entrarem no Céu pelas portas e muitos de nós ficarmos para trás, o que significa ser jogado no lago de fogo, no Inferno.

Eu acho interessante, que muitos evangélicos vivem como se Cristo não fosse voltar mais, ou que é vã a nossa santidade, ou firmeza na Doutrina. Apesar da liberdade na liturgia, ainda existem regras - presta atenção!

2- TEATRO OU PREGAÇÃO?

Abre aspas

Por que não ter drama? O que há de errado com ele? Nós já enfatizamos que ele não faz parte do projeto do Novo Testamento e não é difícil ver por quê (Mt 28:20)

Conquanto o drama pode ser poderosamente cativante e influente no mundo secular, ele é, infelizmente um veículo inadequado e i próprio para a apresentação da verdade do evangelho, sendo primariamente entretenimento, e não um desafio direto e claro à mente. Ele apela principalmente à emoções e raramente por um longo período de tempo. Na mente do espectador, ele está mais intimamente associado à ficção, ou faz-de-conta e esta característica prevalece quando é aplicado à obra do evangelho, flutuando como uma névoa perante os olhos de um auditório.

Se o drama apresenta um caso ou argumentação, deve faze-lo numa situação artificialmente imaginada. Não pode facilmente comparar e contrastar pontos de vista ou discutir a questão e, tão logo tente faze-lo, tornar-se-á mais enfadonho do que o falar direto jamais o será.

Fecha aspas

Observe bem as palavras de Peter Máster, acima, o teatro e já acrescento uma outra infinidade de modismos, como as Baladas Gospel, não são meios apropriados para o Evangelho, muitos desses modismos, como o Teatro na Igreja, ou as cantorias infindáveis, ou as Baladas Gospel, não parecem ser meios apropriados ao Evangelho. Um primeiro ponto que me chama atenção, é que esse meios não parecem trazer a seriedade apropriada que o Evangelho requer.

O que é o Evangelho? Parece que nos esquecemos da proposta básica, mas vamos recordar. Deus criou tudo, Ele é Criador, e criou o ser humano que pecou e Deus então proveu um meio de fazer esse homem pecador voltar a Deus, que é o sacrifício de Cristo na Cruz. O problema do homem é o pecado e para isso, para nos salvar dos nossos pecados é que Cristo veio (Leia Mateus 1).

Como é que se trata do pecado numa Balada Gospel? Como é que se trata do pecado numa peça teatral, mesmo que ela seja sobre a paixão de Cristo, a morte na Cruz, sendo que o meio, que é o teatro, está intimamente ligado a divertimento, entretenimento? O perigo de fazermos algo tão sério, virar um entretenimento, na mente dos ouvintes é muito grande, corremos um risco enorme de fazer com que o pecador leve o assunto pecado, como divertimento. Que perigo!

O Evangelho acusava o pecado. Arrependei-vos, pois é chegado a vós o Reino de Deus. – disse Jesus.

Que Evangelho é esse que estamos pregando? Eu vou esticar o assunto: Que Evangelho é esse que estamos pregando que não confronta o pecador com o seu pecado?

Esse Evangelho diluído, é uma anormalidade.

Por isso que a TV, também não é o meio apropriado para se pregar o Evangelho. E por isso que o culto no lar não consegue trazer a formalidade apropriada para tal evento.

Falem o que quiserem, mas o Evangelho é totalmente formal, e tentar adequar a formalidade do Evangelho, para agradar a homens carnais ou descrentes, com a desculpa para agradara quem não quer seriedade é dar as pérolas aos porcos.

O Evangelho é o que é, não tente muda-lo, foi assim que Deus escolheu fazer e não diferente.

A vida, entretanto, o Ministério, a família e tudo mais, porém vão dar muito certo, quando nós fizermos exatamente como o modelo bíblico. Quando nos engajarmos no projeto de Deus, como Ele desenhou na Eternidade, então vamos acertar, pois o projeto original não é nosso, é dEle e Ele vai mover Céus e Terras, para concretizar. O projeto de Deus é salvação, e não entretenimento. E me desculpe, quem quiser pensar diferente, mas o Evangelho é sério e não brincadeira.

Paulo Sergio Larios

pslarios
Enviado por pslarios em 16/06/2013
Código do texto: T4344245
Classificação de conteúdo: seguro