MATRIMÔNIO - LUGAR SANTÍSSIMO QUE DEUS RESERVOU PARA MANIFESTAR SUA GLÓRIA

Hoje eu quero partilhar uma experiência única, impactante sobre o lugar chamado Lugar Santíssimo, onde estavam depositados a Arca da Aliança e nela a Lei e a Vara de Arão. Enfim, o lugar da manifestação de Deus. Uma vez ao ano o Sumo Sacerdote viria a viver a mais fascinante e arriscada experiência de sua vida: Entrar no Lugar Santíssimo. Durante o ano havia uma preparação ritualística e no dia, de forma muito mais intensa, uma busca pela santidade e pela aprovação de Deus. Para compreender melhor o que quero dizer, o sumo sacerdote amarrava uma corda com um sino à cintura e deixava a corda do lado de fora do tabernáculo para que os outros o pudessem puxar, caso fosse reprovado por Deus e viesse a morrer ao entrar em Sua presença; Enquanto o sino sibilasse havia vida no sacerdote. Apesar da alegria de servir a Deus na ocasião, havia o temor pela vida, inegável situação;

O véu do templo dividia o natural do sobrenatural. Era preciso romper esse véu para entrar na dimensão da glória de Deus. Quando era o momento certo de entrar por através do véu? É aqui que está todo o segredo que desejo que você compreenda e viva dentro do raciocínio que iremos desenvolvendo nesse contexto da vida a dois. Bem, observe que apenas o Sumo sacerdote, o maioral dos sacerdotes era o que deveria entrar no Lugar Santíssimo. Os demais ficavam no Lugar Santo e no pátio do templo. Serviam nesses lugares apenas.

Na ocasião da celebração era preparado todo o ritual de forma a não faltar nada, desde a brasa para o incensário ao azeite para a unção e a água para purificação das mãos; Havia ainda outras coisas que não nos apegaremos nesse momento, para não perdermos o foco da mensagem. Bem, nos momentos que antecediam a entrada do Sumo sacerdote ao Lugar Santíssimo, este tomava nas mãos o incensário e caminhando de um lado para o outro nas proximidades do véu, chacoalhava este incensário para que uma nuvem de fumaça pudesse encher todo o templo; Em determinado momento o Sumo sacerdote parava e olhava para os seus pés e para seu nariz. Enquanto ele conseguia vê-los continuava chacoalhando o incensário até que já não pudesse mais ver seus pés nem mesmo a ponta do nariz. Esse era o momento de entrar no Lugar Santíssimo. A explicação? O Sumo sacerdote sabia que enquanto ele pudesse se ver ainda estava nesse mundo natural e no instante em que ele desaparecesse na fumaça, espiritualmente ele também já havia atingido um status que o permitiria suportar a manifestação da glória de Deus dentro do Lugar Santíssimo. Então ele rompia o véu e sibilando o sino entrava na presença de Deus; Grande era a alegria de poder sair de lá, impactado pela experiência de servir ao Senhor com seu comissionamento sacerdotal. A aplicação no contexto é simples: O meu cônjuge é o Lugar Santíssimo onde preciso estar para viver a plenitude da vontade de Deus dentro da experiência da vida a dois, e nesse sentido, de maneira alguma posso chegar lá de qualquer modo, de forma natural, ou seja, enxergando apenas meus pés e meu nariz - meus interesses pessoais, minhas ansiedades. Se de fato desejo uma vida de intimidade e santificação em face ao meu cônjuge, devo ater-me á essas coisas, incensário, azeite e água; O incenso é aquilo que mais do que perfumar, nos envolve em sua totalidade, em toda sua dimensão. É a oração diária, a comunhão, a intima compaixão, o cobrir o outro em amor; o azeite, óleo que mantêm acesa as lâmpadas que iluminam o caminho, o lugar, mais que isso, que dão sabor ao alimento diário, a porção de dedicação que ofertamos ao outro. É com o óleo que untamos nossas palavras para que elas sejam perfeitamente encaixadas no coração do outro. Este óleo fala da fé, da vocação para o matrimônio, da cura para as feridas, do aquecer no frio, do sentido da vida ao lado do cônjuge. Que à semelhança dos sacerdotes, nosso dedão do pé direito, nosso polegar direito e orelha direita sejam ungidos para servir apenas ao nosso cônjuge, não buscando outro desejo; A água é símbolo de purificação, da ablução das mãos. Ter as mãos lavadas e purificadas é viver de modo que nossas atitudes reflitam a essência do nosso amor pelo outro. É o cuidado especial com que nos dedicamos ao outro na expectativa de que por meio desse gesto também o outro seja purificado. Enfim, mais que tudo isso, que é natural, no sentido sobrenatural, quando estamos do outro lado do véu, incenso, azeite e água sejam tudo o que o Senhor deseja que tenhamos na intimidade com Ele e que dele emana para o outro através de nós. Oração intercessória, unção e Palavra de vida eterna... Matrimônio - Lugar Santíssimo que Deus reservou para manifestar sua glória;

FidelisF
Enviado por FidelisF em 16/05/2013
Código do texto: T4294482
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