Nunca desista de seu cônjuge
Nunca desista de seu cônjuge. Quando aprendemos o valor da vida a dois, passamos a ser apenas um. Portanto, nenhuma barreira deve ser motivo para se abrir mão do outro; nenhuma dificuldade deve ser justificativa para romper relacionamentos. Se tudo termina, na verdade termina-se por falta de amor. A partir daí basta procurar um “nome” para justificar esse fim. Jamais deixe seu companheiro ou companheira naufragar. Não se esqueça que na maioria das vezes você é o barco que conduz a vida do outro, portanto, o motivo do naufrágio pode ser exatamente a sua fraca estrutura.
Nem sempre as coisas fluem de forma positiva, plena; todavia, não há razões para desistir no primeiro obstáculo. A maior prova de amor não é se afirmar em abraços, beijos, intimidades; a grande maestria de amar está exatamente em saber enfrentar os desafios de amar e deles fazer caminho para a vida plena, a conquista diária, o crescimento a dois. Compete-nos a convicção de que em momento algum devamos ser frouxos em nossas decisões de amar e ao escolher estar ao lado de alguém, que essa escolha seja motivada, não pelo prazer, mas pelo desafio, pois disso embasa-se as relações entre pessoas, ainda mais em se tratando de vida afetiva. Imagine-se na condição em que seu par tenha certas dificuldades e traumas de um relacionamento que embora haja findado, ainda, restam-lhe algumas imputações que lhe sobrecarregam? Pois bem, aparentemente isso parece um desafio a ser conquistado ou uma motivação para não prosseguir no jogo? Para o desafiante, um excelente e raro motivo de embate; para o temeroso, a grande chance de cair fora. E você? De que lado da mesa você se encontra?
Imagine uma namorada, noiva ou esposa tendo ao seu lado um homem que se droga, bebe, se prostitui, adultera - não lhe faltam motivos para lançar tudo fora. E pela consciência social ela deveria fazer assim, mas a virtude de amar mantém os laços mais significativos em evidência. Ela escolherá os cravos, ela lutará por esse amor. Cuidará do outro. A isso damos o nome de compaixão. Todos têm um desafio pela vida. Cada qual com suas possibilidades, mas nem por isso em graus que se possam comparar. A dor e a alegria de cada um é própria de sua estrutura, portanto, nunca comparável à do outro.
Nunca abandone seu cônjuge, por qualquer que seja a motivação. Pois se de fato nutre amor, nenhuma barreira transpõe essa atitude que é amar. Amar é ação. Não basta palavras, é preciso atitudes. O verdadeiro amor não precisa ser um cargueiro, basta que seja uma canoa, mas que seja estável, transmita confiança, lance fora todos os medos. O verdadeiro amor jamais desampara, jamais abandona, jamais ignora o outro, tudo suporta, tudo crê, tudo espera, é paciente, longânimo e benigno. O verdadeiro amor ultrapassa os anos mesmo no anonimato da pessoa amada e, quando reencontra, é como se nunca houvesse deixado. A importância de dar significado ao amor fica a cargo de ambos, e cada qual deve ter em mente que o mais excelente caminho para o amor é ter firme o coração em Deus e crer que Dele emana todo amor, manifesto na entrega do Filho para que tenhamos vida a tenhamos em abundância; Convide seu cônjuge à embarcar em confiança, oferte-lhe apenas os remos, e quanto a você, cuide de sua estrutura. Lembre-se: você é a canoa. Uma boa dica para uma vida a dois mais plena? Navegue seu amor pelo oceano da graça, desafie as correntezas de um bravo rio de conquistas, passe horas flutuando sobre as mansas e calmas águas do diálogo. Se puderem, saltem de uma cachoeira de sonhos... Ousem saltar primeiro, e verão que Deus jamais deixará que se precipitem, antes os sustentará em Suas mãos de poder. Mas nunca desista de seu cônjuge;