TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Hoje imaginei como um historiador no futuro descreveria a situação atual do protestantismo no Brasil. Acho que seria mais ou menos assim:
"Na época do Brasil colonial tivemos a chegada dos protestantes no Brasil principalmente pelos franceses na Guanabara e os holandeses no nordeste, mas a implantação definitiva desse movimento aconteceu na época do Brasil imperial.
As características principais do protestantismo no Brasil na metade final do século XX foram o tradicionalismo e o intenso ensino das escrituras bíblicas, além de um legalismo forte, e um período de evangelização em massa.
Acredito que o final do século XX e início do nosso século tenha sido o período negro do movimento protestante. De certa forma, ouso afirmar que o período inquisitório da idade média foi menos prejudicial à Igreja do que esse período.
Explico: na época da Inquisição, eram vendidas indulgências, vendidos terrenos no céu. No período que citei antes, os fiéis eram ludibriados pelos seus líderes, mas não por terrenos no céu. O auge da Teologia da Prosperidade foi marcado por escândalos financeiros na Igreja, e a enganação de muitos fiéis que acreditavam que doando determinada quantidade financeira (por vezes superior aos seus rendimentos) ganhariam prosperidade financeira na terra.
Ora, é "melhor ser enganado por querer o céu do que por querer a Terra.
Devido a esforços isolados em alguns pontos do País, principalmente marcado por manifestos virtuais, as novas gerações foram reconstruindo o cristianismo. Nem tão legalista, nem tão liberal. Obviamente o movimento segue com falhas, porque é feito por seres humanos imperfeitos, mas é notável termos conseguimos superar o movimento que quase destruiu séculos de luta pela implantação do protestantismo brasileiro."
Claro que não sei como será o futuro, mas gostaria muito que superássemos a Teologia da Prosperidade, o emburrecimento dos cristãos e todas essas máculas tão evidentes da religião atual.
É apenas uma esperança, mas "a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado."(Rm 5:5)E afinal, "a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?"(Rm 8:24b).