A RESSURREIÇÃO DE JESUS
A SEMANA DA CRUCIFICAÇÃO E SEUS EVENTOS
SERMÃO 6 (Final)
A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Texto básico: Marcos 16:9-20
INTRODUÇÃO
Como introdução, faço minhas as palavras do Boletim Da Igreja Batista Em Barão Geraldo, de 11 De Abril De 2004, que tem como título: Ressurreição e Vida, escrito pelo Pastor Natanael Gabriel Da Silva.
QUEM PODE EXPLICAR A RESSURREIÇÃO?
Ressurreição é outra coisa, é mais que um milagre. Havia uma expectativa no ministério de Jesus: resgatou o valor da vida, da mulher, da criança; mostrou a precariedade do sistema religioso da época, a opressão e a vida do pobre, mostrou a miséria social, econômica e moral. De repente tudo acabou, Jesus morreu. Não poderia ter morrido, mas morreu.
Poderia ter chamado anjos. Poderia ter dado um jeito de não sofrer tanto, mas não fez, não quis, não mudou. Morreu e deixou-se morrer. Vivo poderia continuar a tratar da injustiça social, da fome, do pobre, e reformar a religião decadente. Poderia, mas não quis, morreu e morreu mesmo. Vivo seria um líder, poderia tomar o poder dos romanos, poderia promover uma “guerra santa”. Só que morreu, e morreu mesmo. Se a ressurreição fosse uma questão de dar vida a um corpo físico, Jesus voltaria para continuar a sua reforma social e política, e mostraria que o seu poder era suficiente para vencer a própria morte. Nada disso, Jesus ressuscitou e foi embora. Passou um tempo conversando com este ou aquele, grupo pequeno ou grande, e depois foi embora.
Não fez mais nada de novo, não reassumiu o que havia deixado, não voltou só por voltar. Aliás, não voltou. Foi embora. Não tinha mais nada para fazer, tudo estava feito, completo. Não resolveu tudo, porque não viveu para resolver tudo. Também não ressuscitou para completar o que não tinha conseguido fazer antes da morte. Antes da morte, fizera tudo o que precisava ser feito, não precisava voltar ao mundo “físico” para continuar nada. Só ressuscitou, e foi embora.
Se o problema da ressurreição fosse apenas físico, Jesus poderia ter continuado o ministério. Seria um testemunho e tanto, andando de novo em Jerusalém, depois que a cidade o vira caminhando com a cruz nas costas. Só que isto seria reduzir a ressurreição a um milagre.
A ressurreição é mais do que isto. Mais que milagre é a recriação de um novo princípio. Uma recriação que faz João reescrever o Gênesis: No princípio era o verbo... É a mesma coisa que: No princípio criou Deus os céus e a terra. É a vida de novo, mas uma vida diferente. Antes uma vida que vivia para a morte, agora uma vida que vive para vida. É como se fosse um superlativo de vida, algo sem fim, sem medo, sem destino trágico, sem a angústia do ter que morrer. É vida, simplesmente vida. Vida para além da vida, apenas vida e só vida. Depois da vida, vida que não tem morte. Por isto Jesus não teve o que fazer, apenas ir embora. Tudo estava completo, não porque havia um corpo, mas porque havia vida.
Não se sabe o que é vida, como não se sabe direito o que seja ressurreição. Só a impossibilidade da ressurreição leva ao mistério da vida sobre vida, ou graça sobre graça, como preferiu João. Não tem tamanho, nem ameaça, nem morte, apenas abundante. O que já é imenso, sem medita ou limite, chamado “vida” ficou ainda maior, ficou “abundante”.
A Vida abundante no NT:
Ato 4:33 -
E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
2Co 1:5 -
Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.
2Co 7:15 -
E o seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da obediência de vós todos, e de como o recebestes com temor e tremor.
2Co 9:12 -
Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.
PRIMEIRA PARTE – Algumas dúvidas
JESUS FOI AO INFERNO QUANDO ESTAVA MORTO? (1 Pedro 3:18-20) Vejo esse como um assunto paralelo que pode nos distrair, mas como existem muitas duvidas a respeito. Existe muita confusão a respeito, mormente porque os textos não são claros, como exemplo 1 Pedro 3:18-20, que é o texto básico do assunto. A minha resposta é não sei se Jesus foi ou não ao Inferno e por não ter certeza se foi ou não, não posso afirmar então o que ele fez lá, se nem sei se ele foi mesmo. Na verdade esse assunto é um assunto periférico que não acrescenta nada sobre a ressurreição de Jesus, só nos distrai, a respeito do melhor pra nós.
EXISTE VIDA APÓS A MORTE? – O DESTINO DO CRISTÃO – Jó 14:14 Morrendo o homem viverá de novo? Como Jó, todos nós já fomos desafiados por essa pergunta. O que exatamente acontece quando morremos? Simplesmente deixamos de existir? Existe memos céu e inferno? A Bíblia nos diz que não apenas há vida após a morte, mas vida eterna tão gloriosa que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9). Cristo ressuscitou para que aqueles que o seguem resuscitem também: 1 Cor 15:51-54. A promessa além de ressuscitar, viver de novo, é viver com novo corpo, corpo glorioso, ir para o céu e viver eternamente.
Entretanto devemos fazer uma escolha hoje, de seguir a Cristo, para garantir o nosso futuro. A Bíblia diz que está marcado para que nós morramos uma vez, e após isso virá o julgamento (Hebreus 9:27). Aqueles que foram feitos justos irão para a vida eterna no céu, mas os incrédulos receberão punição eterna, ou inferno (Mateus 25:46).
POR QUÊ JESUS NÃO ENTROU EM JERUSALÉM QUANDO RESSUSCITOU? – Seria um alvoroço se Jesus entrasse em Jerusalém quando ressuscitou, mas isso transformaria a ressurreição em apenas mais um milagre. A ressurreição de Cristo, assim como a Biblia toda, é uma questão de fé. Jesus apareceu a quem deveria aparecer, aos seus discipulos, aos que creem. Nós sentimos a sua presença, mesmo sem o ver. Sabemos que Ele está vivo.
A UNIÃO HIPOSTATICA DE CRISTO - Como explicar que Jesus despiu-se da sua glória, ou que o verbo se fez carne? A união da natureza divina e natureza humana, em Cristo, a isso chamamos de união hipostárica. Jesus tem uma mente divina e eterna e uma mente humana, portanto finita. Mente humana é nmemória humana, impressões humanas e mente dividna é memória divina, eterna. A única explicação que posso imaginar sobre como Jesus despiu-se da sua glória, enquanto esteve encarnado num corpo fisico, humano, é que houve uma amnésia, com Jesus. Ele orava ao Pai como se não soubesse o que o Pai estava fazendo. E haviam momentos em que Deus afirmava que era o Pai dele: ``Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.`` O diabo sabia que Jesus havia assumido toda a natureza humana e finita, dependendo agora, como nós, do Espírito Santo guiar cada um de seus passos e ficou até o fim tentando colocar duvidas se Jesus era ou não o verdadeiro Dilho de Deus. Só que vamos lendo os evangelhos e vamos vendo uma transformação em Jesus, ele vai se lembrando de sua natureza divina, a ponto de afirmar, com exatidão quem ele era: João 4:20-26. (Leia Vincent Cheung –Teologia Sistemática)
PORQUÊ A RESSURREIÇÃO DE JESUS É TRATADA COMO DIFERENTE? Porque Jesus é o primeiro a ressuscitar e não precisar morrer mais. Como exemplo Lázaro morreu, ressuscitou e tornou a morrer depois. Mas agora Jesus era o primeiro de uma nova raça, o segundo Adão. O primogênito de muitos irmãos. Deus estava fazendo de novo a raça humana, em Jesus ressuscitado. O cristão é de uma raça diferente da do mundo, já não somos mais desse mundo. (Já lemos em 1 Cor 15:51-54 sobre a transformação do cristão)
Jesus morreu como homem e ressuscitou diferente, com o corpo glorificado – Jesus assim que ressuscitou disse que iria ao céu, entrou num recinto com uma port fechada, desapareceu no caminho de Emaús, subiu flutuando aos céus. Algo mudou. Esse corpo glorificado é prometido a nós também.
A ULTIMA DAS LIBERTAÇÕES – A ultima das libertações foi a ida de Jesus embora, para o Pai, para o Céu. Jesus libertou-nos da sua presença fisica. Imagine a idolatria que não seria se Jesus estivesse andando entre nós. Mas da forma que foi feito, acreditamos, pela fé, em Jesus, e isso agrada a Deus.
CONCLUSÃO
O QUE ACONTECEU COM A IGREJA APÓS A RESSURREIÇÃO?
Já lemos o texto básico: Marcos 16:15-20. Quando Jesus ressuscitou ele deu ordens para a Igreja pregar a Palavra em todo o mundo, e sinais os acompanhariam, confirmando a palavra com os sinais que se seguiam. (verso 20) Jesus prometeu-lhes poder, para pregar.
O IDE APOSTÓLICO - João 20:21-22, diz que Jesus enviava os discipulos ao mundo, assim como o Pai o enviara à Terra, e que soprava sobre eles o Espírito Santo. ´´Recebei o Espírito Santo``. Discipulos que estavam escondidos agora pregavam nas praças, nas ruas, nos vales, em todo lugar, não tinham mais medo de nada, nem da morte.
Amém!