Ateísmo, o plano B?
Após um sério sermão de Jesus, uma considerável multidão que participara um dia antes da multiplicação dos pães e peixes, debandou um a um, dada a “dureza” da mensagem do Salvador.
Então, ele questionou a Pedro se ele e os demais discípulos não queriam dar no pé também. Pedro respondeu: “...Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” Diríamos na linguagem de hoje, que faltava aos discípulos, um plano B.
A carta aos Hebreus, após expor a suprema excelência de Cristo, desafia a que se apresente uma alternativa. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação,...” Heb 2; 3
Naqueles dias de homens mais simples, sem o domínio da sofística, da dialética, as coisas eram assim ou, assado; estavam com Deus, ou, contra Ele, salvos ou perdidos. Não dispunham eles dos préstimos da teoria de Darwin, da filosofia de Nietzsche, dos postulados do ateísmo...
A arte de sofismar pode levar as disputas “ad infinitum”, pois, contrária à filosofia, que, em busca da verdade faz as devidas concessões, ante argumentos sólidos, aquela se exercita na contradição, pois, seu fogo arde pela fumaça, não pela luz.
Em seus domínios, pois, até os pleitos mais desprovidos de senso, “se firmam” dados os coelhos que tira de sua cartola mágica. Acontece que a Obra de Cristo evidencia sua eficácia com homens de carne e osso, não labora com abstrações, estatísticas.
Qualquer um, hábil na dialética, na sofística, pode fazer excelentes ginásticas mentais, distrair-se com isso, e, até “triunfar” num debate, ante, opositores com menos predicados.
Mas, se lançados na arena dos frutos, se revelarão estéreis como um castrado. Paulo, aliás, contrapondo a vida de fé, àquela que os romanos viveram na incredulidade, não demandou argumentos, mas, frutos. “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6; 20 e 21
Portanto, se alguém ousar defender o ateísmo ante mim, ainda que, respeite seu direito de fazer isso, será pelo aferidor dos frutos, que a fé ou a descrença hão de triunfar.
Posso apresentar dezenas, centenas de pessoas de vidas dissolutas, imorais, errôneas, que deixaram isso tudo e se tornaram de valor, após abraçar a fé em Jesus Cristo segundo Sua Palavra. Que os ateístas, pois, tragam um exemplo só, de alguém que vivia daquela maneira, e depois que abraçou o ateísmo, foi transformado numa pessoa virtuosa, exemplar.
Debate pelo debate, já tentei algumas vezes, mas, após ver que, mesmo argumentos sólidos são pisoteados, percebi que era uma liça inglória.
Não sou ingênuo de ignorar a leva de falsos profetas que usa o Nome de Deus para fins escusos, mas, isso, traz a negação de suas idoneidades, não da existência de Deus. Aliás, mesmo esses, “crentes” Jesus disse que devemos julgar pelos frutos; não falo de sinais, pois tais, até o diabo faz; mas, de coerência, caráter.
Se, expõe a superioridade das riquezas espirituais, e labora desonestamente pela aquisição das materiais, é um hipócrita. Muitos aí estão anunciando o “Reino dos céus” e construindo impérios pessoais na terra.
Tais erram mais que os ateus, pois, o que não crê, no máximo fará mal a si mesmo; esses “crentes” além de ladrões são profanos.
A um assim, aliás, o Senhor perguntou se ele tinha um plano B, ante o inelutável fato da morte. “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.” Luc 12; 20 e 21
"O mais perigoso tipo de ateísmo não é o ateísmo teórico, mas o ateísmo prático. Este é o mais perigoso tipo. E o mundo, e mesmo a igreja, está repleta de pessoas que prestam culto com os lábios em lugar de um culto com a vida." ( M. Luther King )