Exame de consciência meio de aperfeiçoamento espiritual
O exame de consciência feito diariamente, sem afobação, sem medo ou angústia, é um exercício de amoroso relacionamento com Deus e com a vida. Nesta prática o mais relevante, o mais importante, não é o pecado em si, mas a experiência de Deus em forma de perdão e bondade. Pessoa alguma deve examinar a consciência para sentir-se condenado, mas para escutar a Palavra de Deus: “És meu! Eu sou teu!”
O exame de consciência não tem por meta entregar o pecador à desesperança das próprias fraquezas. Seu objetivo é joga-lo por inteiro nos braços da misericórdia de Deus, que é amor, que é bondade.
O exame de consciência pode ser comparado à escada de Jacó e visa colocar a pessoa frente a seus atos, de modo que surja a disposição de espírito para abraçar o caminho do bem, da conversão, fortificando nela os ideais evangélicos.
O primeiro degrau é examinar nossa atitude religiosa.
. Estou sendo “sim” a Deus? Aos meus semelhantes? À sua verdade? Às opções da Igreja? Aos compromissos da minha comunidade?
. Deus é para mim o senhor da minha vida e ponto permanente de referência da minha caminhada? Ou será que me contento com esporádicos encontros na missa dominical? Como vejo Deus? Como Pai e Bom Pastor que me ama e é fiel à Sua Palavra, buscando-me ainda mais quanto mais me distancio dEle, tristemente perdido no deserto? Ou será que vejo Deus como um ser vingativo, inquisidor, mal-humorado, sempre pronto a pegar-me em flagrante delito, cobrador implacável de obrigações e mandamentos?
. Acredito que Deus cuida de mim mais do que dos passarinhos do céu e lírios do campo? Amo o Deus da Justiça da Fraternidade, da Misericórdia e Perdão, da Santidade e do milagre da vida? Vibro e luto pelos grandes ideais da sociedade, ou sou mais um peso morto e apático, sem entusiasmo e alegria (coveiro de talentos), acomodado e comodista, chato e chateado com tudo e com todos?
O segundo degrau consiste em examinar a vida espiritual.
Toda pessoa tem vida espiritual. A minha é forte, ensolarada, límpida, alimentadora dos meus caminhos e opções? Ou será marcada pelo mau-humor e azedume?
. O que faço para favorecer minha vida espiritual? Rezo? Renuncio a desejos conflitantes? Vibro com o êxito dos outros? Participo de projetos comunitários? Sou capaz de renunciar a algum projeto meu para que o outro e a comunidade possam crescer? Ou será que faço sempre prevalecer o meu direito, mesmo que com isso os outros se sintam prejudicados?
. Que ares respiramos e fazemos os outros respirarem?
O terceiro degrau consiste em responder à mais fundamental de todas as perguntas: que lugar ocupa Jesus Cristo em minha vida? O primeiro? O segundo? Ou qualquer um outro? Como eu sigo Jesus? Como os mártires, cantando? Ou, politicamente meio à distância, não querendo estar com Ele nem bem demais nem totalmente mal? A minha opção por Jesus Cristo é pra valer, ou apenas mais ou menos?
. A minha identidade cristã (fornecida no batismo) é apenas um título a mais ou um compromisso de vida e morte? Ou o meu amor por Ele é cheio de meias-medidas e em suaves prestações?
. Serei eu que estou no caminho de Cristo, ou é mais Cristo que está em meu caminho? É Cristo para mim alguém que ficou no passado ou é uma presença que me desafia com sua cruz, encarnado no rosto dos pobres, dos aflitos, de todos os crucificados?
O quarto degrau consiste em examinar como estou inserido na Igreja: como filho, servo e discípulo, ou como juiz, mestre e senhor? Não estaria na hora de amarmos mais a nossa Igreja, mesmo quando seus ministros não são inteiramente do nosso agrado e nem tão capazes quanto desejaríamos? Cometo o erro de dizer: “sou de Cristo”, sem me preocupar em ser da Igreja?
O quinto degrau consiste em refletir sobre a oração. Como me posiciono diante de Deus? Descalço, como Moises? Prostrado com o rosto em terra, como Isaías? Ou como um fariseu de nariz empinado, contando vantagem? Rezo com todo o coração ou a minha oração é desencarnada, sem graça, que chateia até os anjos de Deus? Quando rezo estou adorando a Deus, louvando-O pelo dom da vida e do bem que Ele continuamente me faz, ou apenas peço que me atenda? Rezo o bastante? Tenho uma alma orante? Respiro Deus em minha vida? Se alguém penetrasse em meu coração, o que encontraria: Deus ou o meu eu?
De degrau em degrau o exame de consciência conduz à reflexão da vida como milagre e graça de Deus, da vocação missionária de proclamar a grande alegria do Evangelho tendo sempre em mira que não importa quantos talentos temos, o importante é não enterrá-los. É preciso aprender a lidar com o sofrimento, com o mal, com o poder, com a morte. Não basta ser, apenas bom em si; é preciso também ser bom para fora de si, junto com os bons, lutando para a transformação do mundo. Jesus, na Última Ceia, lavou os pés de seus discípulos. E eu? É assim que estou agindo ou exijo que os outros me lavem os pés?
O exame de consciência, portanto, é um mergulho no próprio espírito, um momento de arrependimento diante de Deus e uma decisão de evitar as falhas cometidas. Tal exame, segundo os Mestres espirituais, deve ser sério, freqüente, constante. Inspira-se nas palavras do profeta: “Examinemos e revisemos nossa conduta, voltemos ao Senhor”Lm3,40.
O exame de consciência feito diariamente, sem afobação, sem medo ou angústia, é um exercício de amoroso relacionamento com Deus e com a vida. Nesta prática o mais relevante, o mais importante, não é o pecado em si, mas a experiência de Deus em forma de perdão e bondade. Pessoa alguma deve examinar a consciência para sentir-se condenado, mas para escutar a Palavra de Deus: “És meu! Eu sou teu!”
O exame de consciência não tem por meta entregar o pecador à desesperança das próprias fraquezas. Seu objetivo é joga-lo por inteiro nos braços da misericórdia de Deus, que é amor, que é bondade.
O exame de consciência pode ser comparado à escada de Jacó e visa colocar a pessoa frente a seus atos, de modo que surja a disposição de espírito para abraçar o caminho do bem, da conversão, fortificando nela os ideais evangélicos.
O primeiro degrau é examinar nossa atitude religiosa.
. Estou sendo “sim” a Deus? Aos meus semelhantes? À sua verdade? Às opções da Igreja? Aos compromissos da minha comunidade?
. Deus é para mim o senhor da minha vida e ponto permanente de referência da minha caminhada? Ou será que me contento com esporádicos encontros na missa dominical? Como vejo Deus? Como Pai e Bom Pastor que me ama e é fiel à Sua Palavra, buscando-me ainda mais quanto mais me distancio dEle, tristemente perdido no deserto? Ou será que vejo Deus como um ser vingativo, inquisidor, mal-humorado, sempre pronto a pegar-me em flagrante delito, cobrador implacável de obrigações e mandamentos?
. Acredito que Deus cuida de mim mais do que dos passarinhos do céu e lírios do campo? Amo o Deus da Justiça da Fraternidade, da Misericórdia e Perdão, da Santidade e do milagre da vida? Vibro e luto pelos grandes ideais da sociedade, ou sou mais um peso morto e apático, sem entusiasmo e alegria (coveiro de talentos), acomodado e comodista, chato e chateado com tudo e com todos?
O segundo degrau consiste em examinar a vida espiritual.
Toda pessoa tem vida espiritual. A minha é forte, ensolarada, límpida, alimentadora dos meus caminhos e opções? Ou será marcada pelo mau-humor e azedume?
. O que faço para favorecer minha vida espiritual? Rezo? Renuncio a desejos conflitantes? Vibro com o êxito dos outros? Participo de projetos comunitários? Sou capaz de renunciar a algum projeto meu para que o outro e a comunidade possam crescer? Ou será que faço sempre prevalecer o meu direito, mesmo que com isso os outros se sintam prejudicados?
. Que ares respiramos e fazemos os outros respirarem?
O terceiro degrau consiste em responder à mais fundamental de todas as perguntas: que lugar ocupa Jesus Cristo em minha vida? O primeiro? O segundo? Ou qualquer um outro? Como eu sigo Jesus? Como os mártires, cantando? Ou, politicamente meio à distância, não querendo estar com Ele nem bem demais nem totalmente mal? A minha opção por Jesus Cristo é pra valer, ou apenas mais ou menos?
. A minha identidade cristã (fornecida no batismo) é apenas um título a mais ou um compromisso de vida e morte? Ou o meu amor por Ele é cheio de meias-medidas e em suaves prestações?
. Serei eu que estou no caminho de Cristo, ou é mais Cristo que está em meu caminho? É Cristo para mim alguém que ficou no passado ou é uma presença que me desafia com sua cruz, encarnado no rosto dos pobres, dos aflitos, de todos os crucificados?
O quarto degrau consiste em examinar como estou inserido na Igreja: como filho, servo e discípulo, ou como juiz, mestre e senhor? Não estaria na hora de amarmos mais a nossa Igreja, mesmo quando seus ministros não são inteiramente do nosso agrado e nem tão capazes quanto desejaríamos? Cometo o erro de dizer: “sou de Cristo”, sem me preocupar em ser da Igreja?
O quinto degrau consiste em refletir sobre a oração. Como me posiciono diante de Deus? Descalço, como Moises? Prostrado com o rosto em terra, como Isaías? Ou como um fariseu de nariz empinado, contando vantagem? Rezo com todo o coração ou a minha oração é desencarnada, sem graça, que chateia até os anjos de Deus? Quando rezo estou adorando a Deus, louvando-O pelo dom da vida e do bem que Ele continuamente me faz, ou apenas peço que me atenda? Rezo o bastante? Tenho uma alma orante? Respiro Deus em minha vida? Se alguém penetrasse em meu coração, o que encontraria: Deus ou o meu eu?
De degrau em degrau o exame de consciência conduz à reflexão da vida como milagre e graça de Deus, da vocação missionária de proclamar a grande alegria do Evangelho tendo sempre em mira que não importa quantos talentos temos, o importante é não enterrá-los. É preciso aprender a lidar com o sofrimento, com o mal, com o poder, com a morte. Não basta ser, apenas bom em si; é preciso também ser bom para fora de si, junto com os bons, lutando para a transformação do mundo. Jesus, na Última Ceia, lavou os pés de seus discípulos. E eu? É assim que estou agindo ou exijo que os outros me lavem os pés?
O exame de consciência, portanto, é um mergulho no próprio espírito, um momento de arrependimento diante de Deus e uma decisão de evitar as falhas cometidas. Tal exame, segundo os Mestres espirituais, deve ser sério, freqüente, constante. Inspira-se nas palavras do profeta: “Examinemos e revisemos nossa conduta, voltemos ao Senhor”Lm3,40.