Depois da Morte, o que?
Depois da morte, o que?
Jorge Linhaça
Grande parte das pessoas já passou ou passará pela experiência da perda de um ente querido quando chegam ao fim seus dias na existência mortal.
Para alguns a morte é um ponto final e o sentimento da perda se transforma em tempos de desesperança e da sensação de uma solidão eterna.
Muitos encontram consolo na religiosidade, acreditando em um reencontro após esta vida. Muitos acreditam na eternidade da alma ou do espírito e isso de certa maneira ameniza a sua dor. Poucos, porém, conhecem ou compreendem o Plano de Nosso Pai Celestial com tal profundidade que lhes permita encarar a morte com serenidade.
Mesmo entre aqueles que acreditam que as famílias PODEM ser eternas, tenho visto cenas de desespero e choro incontido, como se por alguns instantes toda a sua crença estivesse abalada. Claro que ao perdermos alguém a quem amamos, fica-nos certo vazio interior, aquela lacuna dos anos de convivência. Isso é natural e compreensível.
Quando, no entanto, compreendemos a natureza eterna da alma e das relações familiares, percebemos que tal despedida pode ser apenas um “até breve”, por mais anos que se passem até esse reencontro.
O Pai Eterno em sua sabedoria e misericórdia propiciou a todos os seus filhos as ferramentas necessárias para que os vínculos familiares se perpetuem pelo tempo e a eternidade. Crer ou não nas promessas de Deus é questão pessoal de cada pessoa, não existe um meio termo nesse aspecto. Ou cremos que as famílias podem ser eternas ou não. Ou acreditamos que Deus deu ao homem as ordenanças nos Templos para “unir o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais” ou percorreremos esta estrada terrena temendo a morte e o fim de nossas relações pessoais e familiares tão logo chegue o fim de nossos dias ou de nossos entes amados sobre a terra.
Uma família só poderá viver junta na eternidade se forem unidos pelo poder selador do sacerdócio de Deus. Fora disso seremos apenas indivíduos que se conheceram nesta esfera mortal e que permanecerão conhecidos no mundo vindouro.
Lamento informar que não existe barganha, não existe o “mas”. O tempo é o hoje e o momento é o agora para iniciarmos nossa preparação.
Salvador, 24 de janeiro de 2013