Tempo, tempo, tempo...
São 4:30 da manhã. Madrugada. Estou num ônibus indo em direção à rodoviária. Por onde passo há muito movimento. São ônibus, taxis, bancas de jornais, padarias, hospitais, postos de saúde, postos de gasolina, delegacias, tudo isso e mais alguma coisa funcionando o tempo todo, pois como já dizia o poeta cantor Cazuza: “O tempo não para.”
Enquanto dormimos, nosso coração não para. Nossa vida não para. Ainda bem.
A cada momento que vivemos sentimos o nosso tempo mais curto. Parece que o fim do ano está chegando mais rápido a cada ano. E assim, parece que estamos envelhecendo mais rápido também.
Li em algum lugar que um dia alguém perguntou a Galileu Galilei:
- Quantos anos tens?!
- Oito ou dez - respondeu Galileu, apesar da sua barba branca - Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida, porque os já vividos não os tenho mais, como não temos mais as moedas que já gastamos.
Quanta sabedoria. Perdemos muito tempo amarrados a coisas que ficaram para trás, ou com coisas que não sabemos se iremos viver ou não, e não aproveitamos o tempo que temos agora, que é único, para vivermos de maneira que valha a pena. O presente é algo muito valioso. Precisamos saber aproveitá-lo com toda intensidade e sabedoria.
O poeta bíblico nos diz que “para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (Ec 3:1), então aproveite cada tempo no tempo certo, para que ao seu tempo você tenha razões para agradecer a Deus pelo tempo de vida que ele já te deu. E viva o tempo que lhe resta viver de maneira tal que quando este tempo terminar você não tenha nada do que se arrepender.
Vivemos nossa vida como se fôssemos eternos, mas não nos preparamos para a eternidade. Então, viva cada momento que você tem como se fosse seu ultimo. É aqui que construímos a nossa morada que não terá um tempo, pois será eterna.
Quanto tempo você investe na sua construção?