É NATAL!
É Nata!
Não importa saber a data correta do nascimento de Jesus, que seja 25 de dezembro ou não, mas, o que importa mesmo é que seja comemorado com alegria, pois cremos que um dia Cristo nasceu. Não importa se Ele tinha cabelo grande ou não, mas é fato, Sua grandeza está na Sua atitude em se fazer homem num corpo mortal e habitar entre nós, promovendo a maior das experiências a humanidade, de conviver lado a lado com o próprio Deus. Não importa ainda, a cor dos seus olhos ou de sua pele, mas a cor do Seu sague, sabemos, era escarlate, sangue este que foi derramado na cruz para purificar o ser humano da condenação do pecado. Poderia dizer também, que não importa se, com suas mãos, nunca escreveu uma linha sequer nas Escrituras Sagradas, pois sabemos que o fez no coração humano, por ensinamentos que requerem e fazem mudanças no mais profundo de cada indivíduo, e que são repassados de geração a geração para a formação de uma nova sociedade. Finalmente, não importa o que dizem Dele tentando difamá-lo em Sua conduta moral, desarticulá-lo em Suas verdades pregadas, impedi-lo à confiança dos que vivem por fé, quando de forma acirrada, procuram encobrir ou acrescentar elementos a Sua estrutura física humana e a Seu estilo de vida social. Pouco me interessa se por dissimulação ao que se têm por Sua história conhecida, eles, na tentativa de inibir a crença dos que buscam a Pessoa de Jesus, procuram desestruturar a religião dos que lhe servem, objetivando impedir a continuação da jornada cristã dos que lhe amam, de forma a querer lhes permear as certezas que lhes fortalecem a alma. É certo que nesta tentativa, distorcem fatos bíblicos, mudam sentidos dos seus escritos e consolidam dúvidas sobre o poder de milagres de Cristo. Tudo para causar danos a esperança dos que esperam a Sua volta, a paz dos que descansam na Sua justiça, e o gosto dos que se sentem livres. Tais indivíduos procuram causar medo à vida, receio ao amanhã e fadiga a busca por boas experiências na relação de amor com Deus e com o próximo. Viver a alegria do Natal faz-nos rever as situações da vida em que vive o mundo, bem como de como vivemos no mundo. Quero refletir com você sobre tais situações e chegar a um final agradável de proveito a todos.
É Natal!
Natal para o rico de mesa farta, de bons vinhos, de delicias e especiarias; Natal para aqueles que acumulam fortuna, fazem investimentos, guardam para si e para os seus; é Natal para os que possuem bens incontáveis, podem optar onde morar, escolher com o que se locomover e irem para onde querem descansar; Mas, também é Natal para o pobre, de esperança ao suprimento de suas necessidades, aquele que sabe do que lhe falta e a quem deve pedir na madrugada; ao pobre que trabalha incansavelmente para facilitar a vida em seu amor, para conceder a família do pouco que ganha do seu esforço, do fruto do seu cansaço; ao pobre, que de dinheiro contado, ainda assim, por dias melhores espera, e que faz desta espera, o seu emblema a cresça na esperança de vitória. Para estes também é Natal.
É Natal!
Natal para os que estão livres, dos que desfrutam do poder de perceber as coisas, dos que podem caminhar na direção que desejarem, fazendo do que puder ao seu alcance. Mas, também é Natal aos que estão em prisão sem poder se expressar, dos que não podem dizer do que sentem e pensam; é Natal aos que estão algemados em cadeias de desejos, corroídos e dilacerados em seu relacionamento com o outro, dos que estão desnorteados, distantes do convívio com a família, com a igreja e com o próximo, estão isolados, sem vontade e subjugados; é Natal aos que foram destituídos de gosto, dos que foram arrancados do prazer de viver, da felicidade de experimentar das coisas em sua existência; é Natal aos que foram amputados do poder perceptível às figuras reais, obstruídos a distinguirem as imagens das figuras da ilusão, figuras do encantamento, não conseguindo por isto, saber o que é distorção das luzes, ou fantasmas da negrura das sombras; é Natal aos que estão encarcerados em calabouços da triste memoria, encarcerados em ambientes fétidos de pura ambição, aos enlouquecidos pela solidão, desprovidos de companhia do outro que se ausentou. Para estes também é Natal
É Natal!
Natal que traz os sonhos à alma acordada em querer um agrado, que traz desejos de realizações à vida, que traz pensamentos a como fazer e desfrutar da paz; é Natal a alma do negro, do branco, do mulato, do amarelo, do de qualquer tipo de cor, tamanho, peso, idade, cultura, conhecimento; é Natal para todos quantos se deixam abraçar por seu espírito harmônico, que se deixam gozar por sua alegria festiva, que se deixam invadir pela esperança do viver bem; é Natal aos que são invadidos pelo intencional espírito de doação, de bondade e de amor ao próximo; é Natal aos que dizem sim ao apego as pessoas e fazem do material uma ferramenta à construção do bem a vida humana e a existência. Para estes também é Natal.
É Natal!
Natal para mim, Natal para você. Nele não te peço o que não podes me presentear, também não lhes darei o que não posso pagar. Sendo assim, espero que você viva a festa deste Natal, acreditando no seu poder de milagre à vida, e que me dê o prazer de vê-lo feliz, festejando-o como se fosse o primeiro da tua existência. A você, um feliz Natal!
Por Ricardo Davis Duarte
Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
Professor no Seminário Teológico Batista Nacional - PE