O NATAL BRASILEIRO
Francisco de Paula Melo Aguiar*
Mais uma vez os moradores do mundo celebraram o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo da Era Cristã de 2012. Na maior parte do Brasil, por exemplo, nós estamos num País tropical, e abençoado por Deus e bonito por natureza como diz um poeta popular em sua canção!
Vale ressaltar que não podemos de maneira alguma desconhecer a cena maior e mais importante da História da Humanidade que emoldura para gregos e romanos a Noite Santa, onde se constata o personagem de carne e osso: César Augusto, o grande Imperador Romano, exigindo que todas as pessoas indistintamente registrassem em um censo demográfico, semelhante ao Censo/2010 que o Brasil, por causa do programa romano de tributação, cobrança de impostos, e a história registra que as pessoas temeram e ressentiram, muito diferente do que atualmente acontece no Brasil, nos seus Estados membros e em seus Municípios, onde o povo passa uma procuração em branco, através do voto para que seus representantes fiquem calados e aprovem os tributos que os governos: federal, estadual e municipal, entenderem cobrar de seus súditos da era cibernética, porém, não muito críticos aos “donos” do poder, ex-vi a contradição constitucional quando afirma que “todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”, é a mesma coisa de uma pessoa comprar uma arma de fogo, suas munições e escolher quem vai lhe matar... É aí que aparece a figura de São José, o carpinteiro e da Virgem Maria, que já estava no seu último mês de gravidez, e mesmo assim caminharam mais de cento e cinqüenta quilômetros de casa. A Bíblia como livro sagrado e histórico revela que Maria estava só e sem a companhia e assistência de sua Mãe, Sant’Ana e/ ou mesmo de uma Parteira para lhe assistir e/ou ajudar na hora do parto. É verdade de que São José, um homem de poucos conhecimentos científicos e/ou acadêmicos, porém, temente a Deus, sentia uma mistura de medo sobre o estado precário de sua querida esposa, Maria de Nazareth, e também sofria principalmente por não ter encontrado uma casa para alugar e/ou alojamento melhor para ele e sua mulher se hospedar do que aquela estribaria e/ou gruta, que funcionava como um abrigo de animais durante a noite. A história ainda nos relata de que São José e a Virgem Maria já estavam sendo objeto de cochichos e fofocas numa cultura repleta de vergonha devido à gravidez dela, principalmente pelo fato de ser Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo, tendo em vista que Maria não conheceu varão de qualquer espécie para gerá-lo, não houve relações sexuais, segundo a Bíblia Sagrada, aceita pelos cristãos do mundo todo até a presente data.
É verdade que os pastores estiveram lá, mas eles estavam um tanto confusos e/ou surrealistas diante de tudo que eles estavam vendo naquela gruta ou estribaria que serviu de local para o nascimento de Jesus, o Salvador do Mundo, e tentavam entender o que seus olhos físicos presenciavam naqueles instantes gloriosos! Não tinham cultura suficiente para entender o “Hosana nas alturas”. Na mente dos pastores não cabia nenhum motivo para pensar que o abrigo, gruta e/ou a caverna onde tudo isso transcorria era qualquer coisa de ordem material, a não ser mal cheiroso e barulhento como sempre, só interrompido naquela noite pelos gemidos de uma Santa Mulher em trabalho de parto e os gritos de um recém-nascido, diferente de todas as demais crianças até então nascida na face da Terra. É certo que Deus veio estar conosco em meio a todas essas situações bem humanas naqueles primeiros momentos da vida do Salvador da humanidade.
Assim sendo, se você - meu irmão e minha irmã, estiver tentado a se distanciar do Natal que é celebrado todos os anos por causa de estresses, finanças, vergonha, derrotas, reprovações, desempregos, problemas familiares, ou o caos dessa nossa vida comum do dia-a-dia, não faça isso! Olhe! A mensagem central do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo é que Deus veio estar conosco em meio a todas as situações humanas, e quer morar no coração de cada um de nós, brancos, negros, mulatos, índios, ricos, pobres, doutores, analfabetos, etc, que acredita realmente NELE! De modo que você bem sabe que a experiência humana é fortemente desafiadora, mas talvez não saiba ainda que o que Deus quer mesmo é estar com você, morar em seu coração mais uma vez, ainda, mesmo neste nada tranqüilo ano de 2012, que termina e por analogia no ano que ora se inicia.
Tenha em sua mente de que a presença de Deus em nós não é determinada pela ausência de problemas, de dificuldades e de crises materiais, espirituais, éticas e morais. No entanto, mas é uma presença planejada para prover esperança e coragem nesses em tempos sombrios, e até porque: “A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel”, que significa “Deus conosco” (Mt 1, 23). Não tenha dúvida, e até porque o Natal nos vem afirmar que Deus sabe e se importa conosco, sim! E verdade! Por isso, nestes tempos nada tranqüilos, que Ele veio estar conosco por meio de Jesus, um menino nascido em um estábulo de animais irracionais. E desta forma, tudo que aconteceu na Noite Santa do nascimento de Jesus, nos fala de um Deus que nos ama e não nos deixa perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia um "Menino" para lhes apresentar uma nova proposta de vida, de esperança, liberdade e salvação plena.
Não é por brincadeira que o Profeta Isaías (Is 9,1-6) nos afirma que este Menino "veio de Deus" para vencer as trevas e as sombras da morte e instaurar o mundo novo da justiça, da paz e da felicidade. Portanto, acolher Jesus é aceitar esse Projeto de Justiça e de Paz, que ele veio trazer à humanidade! E Deus não se serve da força e do poder para intervir na História. É através de um "Menino" – símbolo da fragilidade e da dependência -, que Deus propõe aos homens o seu Projeto de Salvação.
Por outro lado, São Paulo (Tito 2,1-14) destaca que a graça de Deus se manifestou na Encarnação de Jesus Cristo. Mas, se quisermos que a luz se manifeste, precisa viver com equilíbrio, justiça e piedade.
E sabiamente o Evangelho de Lucas (Lc 2,1-14) apresenta a realização da Promessa do Profeta: Essa Luz foi trazida ao mundo pelo "Menino" de Belém, e brilhou para os mais pobres. Analisemos: Belém, o Presépio, os Pastores..., e nós diante da Gruta!
- BELÉM: A Cidade onde nasceu Jesus. Bem mais importante do que este local geográfico é o fato nele acontecido: o nascimento de Jesus que se integra no Plano de Salvação que os Profetas anunciaram e cuja realização o Povo de Deus aguardava ansiosamente.
- O PRESÉPIO: Um sempre lindo quadro que nos revela o nascimento de Jesus, e que São Lucas descreve com pormenores valorizando a pobreza e a simplicidade que emolduram a vinda deste Menino-Deus ao mundo: a falta de lugar nas hospedarias; o berço: uma manjedoura que era o local onde os animais comiam o seu feno; sua primeira roupa: os panos pobres, simples e improvisados que envolveram o bebê; os visitantes: os pastores e os animais… E isso tudo para nos ensinar que é na pobreza, na simplicidade, na fragilidade, que Deus se manifesta a nós, e nos oferece a salvação. É bem assim que Deus entra na história de vida de cada um de nós!
- OS PASTORES: gente pobre e humilde, mas que serviram de testemunhas do nascimento de Jesus. São Lucas coloca os Pastores, que naquela Noite Santa se posicionaram diante da Gruta, como pessoas "que acolhem Jesus”. E, assim, a partir de agora, os pobres, os débeis, os marginalizados, os pecadores, nós todos somos as pessoas convidadas a integrar a Comunidade dos amados de Deus, a Comunidade do Reino! No entanto, aceitar ou não este convite só depende de cada um de nós.
- Nós, criaturas mortais, éticas, aprendizes permanentes, diante de um “Rei” que nos chega sob a forma de uma criança e nos ensina a viver.
Sabemos que Jesus é “Salvador”, o “Cristo” e o “Senhor”, com estes três títulos máximos, o Evangelista Lucas apresenta e define o seu real papel e sua missão em favor dos povos. Natal é relembrar e reviver o nascimento de Jesus Cristo, em Belém de Judar, há mais de dois mil anos e hoje nos corações de todos nós brasileiros e de qualquer parte do mundo...
O Natal Brasileiro é justamente o natal sem água para o povo beber e saciar sua sede e de seus animais, no caso especifico do sertão nordestino, embora que todos sejam habitantes contados um a um pelo Censo/2010, como o serão nos censos futuros, e tenham as mesmas necessidades básicas de todos os habitantes da terra. Aqui em si plantando tudo dá, inclusive, dinheiro suficiente para pagar mensalões e fazer copa do mundo, só não tem dinheiro para resolver o problema da violência urbana e rural, oferecer educação, saúde e estradas de primeiro mundo, além de emprego e qualificação permanente da mão de obra de todos os trabalhadores entre 18 e 60 anos de idade, para se poder pensar em índice de desenvolvimento humano, tendo em vista que o bolsa escola, bolsa pão e leite, etc, e outras ações politiqueiras nada resolvem e o povo fica mais dependente e sujeito as ordens de quem governa nos três níveis da administração pública. Ao povo só resta festejar o natal, renovar suas forças físicas e mentais para enfrentar as dificuldades do novo a iniciar.
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