OS SEIS DIAS LITERAIS DA CRIAÇÃO DA TERRA

Em meu artigo, ORIGEM – O QUE FOI PROVADO CIENTIFICAMENTE – 3.000 acessos – Meu sétimo texto a atingir esta marca no Recanto, publicado em 29 de agosto de 20012, o leitor Michael Queiroz comentou dizendo: “Não ha dúvida quanto a fidelidade dos textos bíblicos. O que não é racional e verdadeiro é afirmar que a terra só tem 6000 anos e a criação durou 6 dias literais! Isso não é bíblico, isso veio da mente de pessoas inescrupulosas! Abraço!” - http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3898047.

Com tal afirmação, sem perceber, o amigo desmentiu toda a Bíblia, embora tenha afirmado categoricamente que “não há dúvida quanto à fidelidade dos textos bíblicos”, mas não possui credenciamento para determinar o que é e o que não é confiável no Livro Sagrado.

Portanto, quanto a se não há dúvida quanto à fidelidade dos textos bíblicos, isso já não é verdade segundo o mesmo texto do amigo, porque na próxima sentença ele se desmente ao determinar que “dizer que a terra tem 6.000 anos e que foi criada em seis (6) dias literais não é bíblico”, pois, embora decrete que esse dizer não é bíblico, é impossível começar a leitura da Bíblia sem ver em primeiro lugar justamente as informações que ele diz que não são bíblicas.

Quanto aos 6.000 anos da terra, isto, de fato, não está em Gênesis e em nenhuma outra parte da Bíblia, mas esse número pode se estimado acompanhando-se as genealogias bíblicas, complementando com os documentos arqueológicos, os registros históricos e os calendários, sejam os antigos ou atuais: o calendário ocidental, os orientais, o hebraico e o árabe. Cruzando todos essas fontes, se pode chegar bem aproximadamente da verdadeira idade da terra, vendo que estamos prestes a completar os seis mil anos e entrar no sétimo milênio. Além do mais, existem estudos científicos sobre as camadas polares, os rádio alos de polônio no granito (que têm origem nas zonas profundas da litosfera, onde as rochas se produzem por fundição), os fósseis de árvores e animais, o carvão mineral, etc., mostrando que nosso planeta não tem mais de seis mil anos.

Tirando isso, dizer que a terra foi feita em 6 dias literais é perfeitamente bíblico, pois a Bíblia começa justamente por aí, desmentindo a afirmação de que não é bíblica justamente ao dizer que "HOUVE TARDE" (noite) "E MANHÃ" (parte clara do dia) ao final do relato de cada dia da Criação, como se vê bem destacado no capítulo 1 de Gênesis, nos versos 5, 8, 13, 19, 23 e 31 (seis citações), nos seis dias de atividade criativa.

Parece que porções escura e clara são coisas de dias literais, não de dias de "eras" de um milênio ou mais cada, como supõem alguns que, talvez, duvidam do poder de Deus. De outro modo, se esses dias (os dias da criação no Gênesis) fossem "eras", essas "eras" teriam sido compostas de um longo período (500 anos ou mais) de trevas e outro longo período de claridade universais e assim sucessivamente. Imagine o que se criaria em quinhentos anos de escuridão. Imagine o frio, o gelo. Imagine a vida se desenvolvendo nesse ambiente. Depois imagine algo se desenvolvendo em quinhentos anos de luz intermitente. Imagine o calor e imagine a vida se desenvolvendo aí.

Porque Deus faria assim e porque Ele precisaria disso? Para conformar com a teoria da evolução, que pressupõe eras de evolução para, segundo a imaginação limitada dos seres humanos, dar o tempo necessário (uma longa demora) para as coisas impossíveis acontecerem e os elementos comporem-se a si mesmos sem Deus?

De mais a mais, porque motivo Deus criaria um dia a mais (o sétimo dia), descansando nesse dia, como a Bíblia diz (sendo que Ele não se cansa, como a Bíblia também diz), dizendo, por esse Seu exemplo, que esse dia, no qual não criou nada, serviria para o ser humano descansar (pois o ser humano se cansa) e relembrar quem criou tudo? Para que Deus precisaria de mais essa “era” de quinhentos anos gelados e quinhentos abrasadores sem a menor atividade? No que isso O ajudaria na criação de tudo, se Ele domina, inclusive, o tempo?

Se os seis dias literais da Criação não são bíblicos, porque essa narrativa está então justamente no início da Bíblia? E, se não é assim que aconteceu, a Bíblia não é inteiramente confiável, como o amigo disse. Ele mesmo disse que ela não é confiável.

Então pergunto: Que credencial nos qualifica para determinarmos que porções da Bíblia são ou não verdade? Afinal de contas, a Bíblia veio antes de nós e antes de todos os sábios que a contestam. Foi através dela que tivemos conhecimento de que há um Deus, de Sua Criação, de Seu Filho e do plano que puseram em prática para salvar a humanidade das consequências de ter-se afastado das normas de Deus. Como pretenderemos, portanto, conhecer a Deus, saber identificá-lO, se dissociarmos Ele do registro onde o conhecemos (a Bíblia) para lançar dúvida sobre esse registro?

Portanto, amigos, a Bíblia é uma carta de amor de Deus para você. Não despreze essa carta, pois ela tem muito mais para dizer-lhe do amor desse Deus por você.

Wilson do Amaral