NÃO SEPARE O HOMEM O QUE DEUS UNIU!

Por que essa determinação de Deus não se cumpre na vida de muitas pessoas que se têm como servos de Deus? O que ocorre para haver tanto divórcio e separação no meio do povo que se nomeia de povo de Deus? O que vamos expor aqui não é uma opinião pessoal, mas a realidade dos fatos decorrentes de juízos de Deus sobre o seu povo, e consequência do proceder desse mesmo povo.

Embora não seja a vontade de Deus que o homem viva só, às vezes é necessário que alguns fiquem assim, e isso não exatamente porque Ele isso quis, mas como consequência de uma atitude negligente ou mal administrada de alguém, mesmo sendo um servo de Deus.

Numa das maldições propostas por Deus através de Moisés, diz: “Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela.” Dt. 28.30, p.parte.

Mas por que propôs Deus essa maldição? Por essa razão, veja:

“Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus, para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão.” Dt. 28.15.

Ainda que não queiramos que assim seja, assim é. Porque Deus não pode invalidar aquilo que Ele tem determinado como juízo sobre o seu povo, caso este não cumpra fielmente aquilo que foi determinado por Ele como regra de comportamento.

Um casal pode ter cumprido as exigências relativas a se unir pelos laços do casamento, diante de um sacerdote de Deus e na presença da igreja, e mesmo assim vir a ter o seu matrimônio esfacelado. Essas coisas não são garantias de uma união nem eterna nem estável. Pois Deus exige fidelidade contínua e obediência eterna aos seus preceitos. Portanto, se isso não ocorrer, as consequências virão não por Deus ser severo demais, mas por não poder invalidar aquilo que Ele falou ou determinou.

Às vezes há empenho do casal ou de um dos cônjuges para manter a união, mas essa não se mantém. Há caso em que um dos cônjuges chega a oferecer sacrifícios a Deus em benefício da causa sem obter o resultado almejado. É que quando há quebra da aliança de Deus, a aliança feita com a carne fica instável e susceptível de ruptura.

Queremos ter uma vida gregária e estável, buscando isso pelos nossos esforços, mas sem vigiar naquilo que é principal, a qual é determinada por Deus para que se cumpra a bênção dEle nas nossas vidas. E fazemos tudo certo do nosso ponto de vista, mas colocando como principal o secundário e como secundário o principal. Assim, além do citado anteriormente, casa-se de véu e grinalda, coisa que não é o principal nem é exigência de Deus como secundário.

Há casais que ficam decepcionados por terem casado na igreja, diante dum sacerdote, o qual lançou bênçãos ao casal de nubentes, as quais não se cumprem. E questionam isso sem ponderar a causa principal do rompimento dos laços sacrossantos do casamento.

Outrossim, num dos preceitos dados por Deus ao seu povo por intermédio de Moisés, diz:

“Quando o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos; pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria.” Dt. 7:1 a 4.

Mas por estar no Pentateuco e ser estatuto dado por Moisés, pensam alguns que foram invalidados e não são exigidos por Deus para o seu povo na atualidade. Mas não é assim, já que o apóstolo Paulo, o apóstolo dos gentios, escreveu sobre isso, veja:

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” II Co. 6:14.

Além do que outro texto diz:

“Judá tem sido desleal, e abominação se cometeu em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com a filha de deus estranho. O Senhor destruirá das tendas de Jacó o homem que fizer isto, o que vela, e o que responde, e o que apresenta uma oferta ao Senhor dos Exércitos.” Ml. 2:11 e 12.

E isso não se limita ao sexo masculino, ainda que o texto fale em homem. Porque quando Deus fez o primeiro casal, chamou-os de homem, conforme Gn. 3:22.

Há quem queira que Deus seja compassivo consigo apesar de não ter feito conforme esses ensinos do Senhor, e após ter sido instruído, ou seja, já não é ignorante. Mas veja o que fez Neemias no seu tempo com os judeus que haviam transgredido o estatuto estabelecido por Deus no tocante a isso:

“Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. E seus filhos falavam meio asdodita, e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo. E contendi com eles, e os amaldiçoei e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os fiz jurar por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos, e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos. Porventura não pecou nisto Salomão, rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo ele amado de seu Deus, e pondo-o Deus rei sobre todo o Israel? E contudo as mulheres estrangeiras o fizeram pecar. E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?” Ne. 13:23 a 27.

“E enquanto Esdras orava, e fazia confissão, chorando e prostrando-se diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande congregação, de homens, mulheres e crianças; pois o povo chorava com grande choro. Então Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão, tomou a palavra e disse a Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso Deus, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; e faça-se conforme a lei. Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio, e nós seremos contigo; esforça-te, e age. Então Esdras se levantou, e ajuramentou os chefes dos sacerdotes e dos levitas, e a todo o Israel, de que fariam conforme a esta palavra; e eles juraram. E Esdras se levantou de diante da casa de Deus, e entrou na câmara de Joanã, filho de Eliasibe; e, chegando lá, não comeu pão, e nem bebeu água; porque lamentava pela transgressão dos do cativeiro. E fizeram passar pregão por Judá e Jerusalém, a todos os que vieram do cativeiro, para que se ajuntassem em Jerusalém. E que todo aquele que em três dias não viesse, segundo o conselho dos príncipes e dos anciãos, toda a sua fazenda se poria em interdito, e ele seria separado da congregação dos do cativeiro. Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas. Então se levantou Esdras, o sacerdote, e disse-lhes: Vós tendes transgredido, e casastes com mulheres estrangeiras, aumentando a culpa de Israel. Agora, pois, fazei confissão ao SENHOR Deus de vossos pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos povos das terras, e das mulheres estrangeiras. E respondeu toda a congregação, e disse em altas vozes: Assim seja, conforme às tuas palavras nos convém fazer. Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora; nem é obra de um dia nem de dois, porque somos muitos os que transgredimos neste negócio. Ora, ponham-se os nossos líderes, por toda a congregação sobre este negócio; e todos os que em nossas cidades casaram com mulheres estrangeiras venham em tempos apontados, e com eles os anciãos de cada cidade, e os seus juízes, até que desviemos de nós o ardor da ira do nosso Deus, por esta causa. Porém, somente Jônatas, filho de Asael, e Jaseías, filho de Ticva, se opuseram a isto; e Mesulão, e Sabetai, levita, os ajudaram. E assim o fizeram os que voltaram do cativeiro e o sacerdote Esdras e os homens, chefes dos pais, segundo a casa de seus pais, e todos pelos seus nomes, foram apontados; e assentaram-se no primeiro dia do décimo mês, para inquirirem neste negócio. E no primeiro dia do primeiro mês acabaram de tratar com todos os homens que casaram com mulheres estrangeiras. E acharam-se dos filhos dos sacerdotes que casaram com mulheres estrangeiras: Dos filhos de Jesuá, filho de Jozadaque, e seus irmãos, Maaséias, e Eliezer, e Jaribe, e Gedalias. E deram as suas mãos prometendo que despediriam suas mulheres.” Ed. 10:1 a 19.

Como vimos no texto de Esdras, os judeus despediram as mulheres estrangeiras e os filhos gerados com elas. Mas, hoje, os que erraram nesse negócio não tem coragem de fazer o mesmo, pelo que sofrerão os juízos de Deus, o qual diz que apartará de si todo aquele que isso fizer, ou seja, que se juntar a povo estrangeiro, quebrando a aliança dos seus pais.

Oli Prestes

Missionário