Fé vs Razão
Muitas são as opiniões sobre a fé, várias delas são severamente defendidas, porém, geralmente, quem defende as opiniões contrárias à fé não tem muito conhecimento sobre o assunto, afinal, não demonstra fé. A fé começou a aparecer historicamente com as religiões islâmicas e se firmou com a mitologia grega- um conjunto de mitos e lendas originados na Grécia antiga. Todavia, a religião que é alvo de muitas discussões hoje em dia é o cristianismo, religião fundada pelos seguidores de Jesus de Nazaré – 7 a.C. a 34 d.C. – que, de acordo com os evangelhos não tinha objetivo algum de criar uma doutrina religiosa, mas queria mostrar sua forma de pensar e agir para o mundo, causando, assim, uma revolução no interior do homem, mudando a capacidade humana de viver e organizar suas emoções.
De acordo com os relatos históricos que hoje a humanidade tem conhecimento, quando o homem começou a indagar, investigar e argumentar – com o surgimento da Filosofia, na Grécia antiga – o ser humano mostra a necessidade de uma crença como base, como explicação para a existência, as origens, os fatos naturais. Pode-se provar isso com os mitos “religiosos” que surgiram durante o feudalismo, como o fato de que a peste negra era proveniente de equívocos do clero ao orar – para falar com Deus. E, obviamente, como toda teoria, existe uma teoria que a contrapõe, ou seja, desde os primórdios da Filosofia, o homem que crê em Deus ou em Deuses, é contrariado pelos teóricos que, como a natureza humana, acreditam apenas no que veem. Mas a crença que vem sendo debatida até hoje surgiu após os ensinamentos de um homem que viveu há mais de 2000 anos e tocou no cerne da alma de multidões.
Jesus tinha uma inteligência ímpar e uma determinação inigualável. Em todos os seus atos Ele cativava pessoas com seu amor e sua sensibilidade. Mas era muito perseguido pela elite intelectual da época – os Escribas e Fariseus – que perceberam que as ideias e os objetivos de Cristo eram contrários aos deles e cativavam mais que os deles, fazendo com que o poder político estivesse nas mãos de Cristo, mas não era isso que Ele queria.
A incompreensão dos líderes da época com as ideias de Cristo causou o aumento da oposição, mas mesmo sendo incompreendido, excluído, negado, Cristo era uma pessoa dócil, humilde, amável e humana. Cristo dizia bravamente que quem cresse nele e cumprisse seus mandamentos viveria eternamente. Porém, o problema das gerações atuais e de outras gerações, não é crer na existência de Cristo, pois as escrituras históricas comprovam sua vida e sua eloquência; o problema é crer na existência de Deus. Pois nem mesmo a Bíblia comprova sua existência física, ela apenas diz que aquele que tem fé deve crer Nele, para seu melhor, ou seja, ela comprova Sua existência espiritual – relatando os feitos de Deus.
Mas, então, quem é Deus?
Deus é um ser cósmico que controla todas as coisas, ele é o padrão da santidade; então, os seres humanos teriam que crer em algo sem ver, o que é muito difícil.
A ciência não crê em Deus pois Ele é uma das coisas que a ciência não pode entender nem estudar, é como se houvesse um outro mundo, e tudo que está nele não pode ser entendido nem estudado pela ciência; Deus e Jesus fazem parte desse mundo. Foi por isso que a ciência não quis se enfronhar nos pensamentos de Cristo. A humanidade perdeu muito, pois Cristo era capaz de aumentar a cognição daqueles que conviviam com Ele e absorviam seus ensinamentos. Ele ampliava o conhecimento de seus seguidores e até de opositores por meio de parábolas, reflexões e novas formas de ver e viver a vida, o estudo de seus métodos e ensinamentos renderiam grandes crescimentos para a humanidade. Mas, ultimamente, a ciência tem rendido-se à fé, comprovando com pesquisas que as pessoas que têm fé têm menos probabilidade de ter doenças etc. Mesmo assim, a fé sempre será algo inexplicável para aqueles que creem somente naquilo que veem.
Mas não é por causa da opinião científica que existem pessoas descrentes; a explicação para a falta de fé das pessoas pode ser dada pela banalização da religião feita por algumas instituições (que denominam-se Igrejas) que não têm como objetivo cultuar Deus, ou a presença das dúvidas que costumam povoar até mesmo a cabeça de alguns religiosos. E, na minha opinião, essa falta de fé e o desinteresse pelos ensinamentos de Cristo causaram a coisificação do homem, pois o homem das sociedades modernas tem se importado mais com os bens materiais do que com sua própria vida, isso torna o homem cada vez mais ansioso, imediatista, frio e indiferente.
E, o que podemos concluir é, como já dizia Albert Einstein: “Ciência sem Religião é paralítica. Religião sem ciência é cega”, pois a fé completa a ciência – alimentando a mente humana com a firmeza das coisas que aludem espera, mas não podemos ver -, e a ciência tenta explicar os acontecimentos físicos do mundo – alimentando a curiosa mente humana.