Casamento
Casamento.
Estivemos fora realizando um casamento, a união de dois corpos e duas almas.
Viver maritalmente não é casar, trata-se de uma união estável, que segundo nossas leis, é a relação de convivência entre o homem e a mulher, que é duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição familiar. A coabitação, a união estável de indivíduos do mesmo sexo ou união homoafetiva, é apenas um dispositivo legal, apenas garante os direitos e deveres cível aos indivíduos, semelhante ou equivalente aos direitos e deveres de casais hetero, apenas um dispositivo legal.
Casamento é mais do que direitos e deveres legais, casamento é um sacramento, é abençoado por Deus e suas Divindades.
Deus criou no universo os seres aos pares com o objetivo de se reproduzirem. Toda vez que se toca neste assunto, alguém sempre pergunta sobre o homossexualismo e eu respondo que Deus criou os seres aos pares, macho e fêmea, homem e mulher, e que deve observar a natureza e verificar este comportamento nos animais na natureza e tirar suas próprias conclusões.
Alguns insistem, citando casos isolados de animais, que mostraram comportamento homossexual. Lembro que os animais respondem a estímulos, um deles se da através da liberação de uma substancia química chamada feromônios ou feromas. Se um macho produzir feromônios femininos, ele será confundido com uma fêmea.
E me perguntam se este erro genético pode ocorrer em humanos, eu respondo que acredito que sim, podem acontecer casos isolados, mas neste caso, não é erro, a espiritualidade tem recursos que ora usa para punir, ora para amparar.
Mas voltamos ao casamento, o sacramento é tornar sagrado, realizar um casamento é tornar uma união estável em união sagrada. O casal passa a ter a bênção de Deus e é amparado pelas suas Divindades. Terão pessoas perguntando, mas o casamento sagrado é só o realizado pelo padre na igreja católica, não é verdade?
A resposta é: NÃO. Todo sacerdote está em comunhão com Deus, o sacerdócio também é um sacramento: Padre, Pastor, Reverendo, Imam, Sheik, Rabino, Druida, Monge, Sacerdotisa Wicca, Babalorixá, etc, todos estão em comunhão com Deus e seus rituais evocam as suas divindades, que ao seu modo, abençoam a união.
Casamento na Umbanda.
A Umbanda adotou as regras ocidentais, reconhece o casamento hetero e monogâmico. Isto não quer dizer que desrespeitamos as opções sexuais de cada individuo, respeitamos e os recebemos sem preconceito, mas não devemos consagrar uma união homoafetiva, simplesmente porque os tronos divinos são bipolares; masculino e feminino, positivo e negativo, ativo e passivo, assim, não há como alterar esta regra divina. No entanto, respeitando esta decisão, podemos abençoar, pedindo que a divindade abençoe este desejo de união.
[João Barbosa – Babalorixá]