BATINA REDENTORISTA X BATINA FRANCISCANA
BATINA REDENTORISTA X BATINA FRANCISCANA
Padre Élio Athayde era novato e recém saído do Seminário, ainda novinho, fora enviado para a Comunidade de São Vicente de Paulo, na Borboleta, que à época fazia parte da grande família Redentorista, nos anos 60.
Muito comunicativo e sorridente, procurava se dar bem com tudo e com todos.
Um belo dia, juntou a meninada e juntos foram até ao campo de futebol do Sport Club Borboleta, lá no alto do bairro.
Arregaçou a batina, amarrando-a aos quadris e entrou na “pelada” com a molecada, que vibrava com isso. “O padre jogando bola conosco”! Era a Glória (sem trocadilhos e com todo respeito).
Voltou todo empoeirado e sua batina de preta passou à marrom-amarelo, isto é, entrou com a batina (preta) dos Redentoristas e saiu com a batina (marrom) dos Franciscanos.
Vez por outra almoçava em nossa casa, que se situava bem defronte a Igreja. Era como se fosse mais um filho do casal Antonia e Valentim Clemente, o oitavo, já que lá morava o casal e mais os sete filhos. Sentados à mesa era realmente uma grande família, entre garfadas e risadas.
Depois do almoço, Pe. Élio ia para a sala e rodeado por todos, sacava de um estojo seu violino e nos brindava com valsas e polcas, as preferidas de todos.
Ficava admirado com o pozinho branco que saía das cordas do violino e sujava a negra batina do jovem padre.
Foi um bom tempo aquele que desfrutamos, nossa família e Padre Élio Athayde.
Por tudo isso, damos Graças a Deus.
Vicente de Paulo Clemente