O PRÓDIGO ERA SALVO ESTANDO EM CASA?

(Se ele era salvo estando na casa paterna, abandonando tudo e todos, perdeu a salvação ao se afastar, e, então, recuperou-a ao voltar para o lar primitivo do pai!)

Esta é a conclusão dos “arminianos extremistas” ou “hiperarminianos”. Mas não é bem assim!

(1) A parábola está inserida no contexto de outras parábolas que retratam o pecador arrependido, havendo alegria no céu por conta disto. Se houve arrependimento é porque alguém havia estado na condição de “perdido” ou de “vida pregressa” separada de Deus. Arrependimento é “meia-volta” para Deus! O pródigo se arrependeu mental, emocional, direcional e posicionalmente em relação a Deus!

(2) O pai do pródigo disse que ele estava “morto”, mas reviveu, tinha-se “perdido” e foi “achado” (vv 24 e 32), que são expressões simbólicas que conferem com o que Paulo posteriormente veio a dizer em Efésios 2.1, confirmando que o pecador está “morto em seus delitos e pecados” - numa real morte espiritual, um mergulho no pecado, apesar de estar vivo fisicamente. (João 5.24).

(3) A volta do pródigo não é um retorno à Salvação (uma perda, depois de um ganho pela 2ª vez), pois em Hebreus 6.4-6 se lê que esse retorno pela 2ª vez “é impossível”.

O seu retorno, foi à casa paterna, seu pai terreno. (É bom lembrar sempre que a parábola é uma história paralela, verídica ou não verídica, da qual se tira lições! No caso, as que Cristo sempre contou, entendo que eram frequentemente histórias verídicas, ainda que ele não tenha dado nome dos personagens dessas historietas!)

Então, como todo pecador antes de ser lavado pelo sangue de Jesus, pode retornar no sentido moral e espiritualmente, em relação a Deus, mas antes de crer nEle, nunca pode ser declarado e/ou considerado salvo.

É sempre mais coerente dizer-se que a pessoa nunca foi salva, do que dizer que ela foi salva e perdeu a salvação! Pior ainda é dizer que recuperou a salvação pela 2ª vez, só porque retornou à casa paterna do “pai de família” da parábola contada por Jesus, como fez o Pródigo! Em suma, o pródigo não era salvo estando em casa!

Admitir-se uma 2ª salvação, estar-se-á admitindo uma salvação por mérito ou esforço próprio ou esforço humano, a pessoa precisará trabalhá-la para recuperá-la e, a salvação que a Bíblia ensina é “dom de Deus”, grátis, originada em de Deus e não de esforços humanos ou de suas obras, conforme a teologia romanista e os ensinadores pagãos, que querem agradar a Deus com oferendas e pagamentos. Vejam o arremate deste assunto na linguagem de Paulo aos crentes Efesinos. (Efésios 2.8-10).

Muniz Freire, 10 de fevereiro de 2010

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