COMUNHÃO MENTAL
COMUNHÃO MENTAL
01. Que é mente?
A mente é o espelho da vida em toda a parte.
Definindo-a por espelho da vida, reconhecemos que o coração lhe é a face e que o cérebro é o centro de sua ondulações, gerando a força do pensamento que tudo move, criando e transformando, destruindo e refazendo para acrisolar e sublimar.
Em todos os domínios do Universo vibra, pois a influência recíproca.
Tudo se descola e renova sob os princípios de interdependência e repercussão. (A)
02. Que é pensamento?
O pensamento é uma vibração mental. Essas vibrações mentais são irradiadas de nossa mente; se pudéssemos vê-las íamos em forma de estranhos filamentos que se entrelaçam, sem se confundirem uns com os outros; são possuídos de um movimento vibratório natural, sem uniformidade em suas particularidades, e suas cores variam do escuro ao claro mais brilhante.
Assim, pois, o pensamento é luz. E como a luz toma a cor do vidro que a filtra, também nossos pensamentos tomam a cor dos nossos desejos e das ações que os determinam.
A gama de cores do pensamento é grande, indo desde a luz mais intensa até o preto, negação de luz. (B)
O pensamento é força criativa, a exteriorizar-se, da criatura que gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e reação no tempo, sendo tão mensurável como o fotônio que, arrojado pelo fulcro luminescente que o produz, percorre o espaço com velocidade determinada, sustando o hausto fulgurante da Criação.
A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os, repetimos. (A)
03. Qual é a lei de afinidade mortal?
A lei de afinidade determina que os iguais se atraiam e se procurem; e que os contrários se repilam e se evitem. Por conseguinte, podemos formular a seguinte lei de afinidade mental: os pensamentos iguais se atraem, os pensamentos contrários se repelem.
Quando emitimos pensamentos glorificados, sintonizamo-nos com a faixa esplendorosa. Quando emitimos pensamentos raciocinados, sintonizamo-nos com a faixa luminosa. Quando emitimos pensamentos materiais, sintonizamo-nos com a faixa escura. Quando emitimos pensamentos fixos, opressivos, aviltantes, criminosos, sintonizamo-nos com a faixa das trevas.
Agora então sabemos que se emitirmos um pensamento glorificado, atrairemos para nós um pensamento glorificado correspondente, o qual fortificará o nosso próprio pensamento e influirá decisivamente na execução de nossos atos. O mesmo acontecerá quanto aos pensamentos raciocinados, inferiores ou aviltantes que emitirmos: receberemos em troca pensamentos similares, que virão em reforço do estado mental em que nós nos encontramos, com repercussão direta em nossas ações. (B)
04. É possível proteger a nossa mente do contato exterior?
Ninguém permanece fora do movimento de permuta incessante.
Respiramos no mundo das imagens que projetamos e recebemos. Por elas, estacionamos sob a fascinação dos elementos que provisoriamente nos escravizam, e através delas, incorporamos o influxo renovador dos poderes que nos induzem à purificação e ao progresso. (A)
Vivemos em permanente sintonia com entidades desencarnadas e com pessoas de todos os tipos evolutivos, permutando, assim, criações mentais elevadas ou inferiores. (c)
05. Como os Espíritos influenciam os encarnados?
Como sabemos a influenciação dos Espíritos, sobre os encarnados, se exerce pela sintonia. (C)
06. Como se processa a sintonia ou comunhão mental?
No plano de Vida Maior, vemos os sóis carregando os mundos na imensidade, em virtude da interação eletromagnética das forças universais.
Assim, também, na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se lhe assemelham.
Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos.
É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e ideias de todas as pessoas, encarnadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia.
Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-os para o bem ou para o mal, segundo a direção que escolhemos. (A)
07. Como devemos orientar a nossa mente?
É preciso que resguardemos nossa mente das ideias fixas, opressivas, aviltantes; o máximo de cuidado se nos impõe contra elas; constituem verdadeiros cárceres mentais e conquanto o indivíduo tenha seu corpo físico em liberdade, seu espírito jaz prisioneiro dessas ideias. Levadas ao extremo transformam-se em pensamentos desvairados e torturados que desequilibram a mente, produzindo, por vezes, a loucura.
É imprescindível lutarmos contra as ideias fixas, as opressivas e as aviltantes que nos encarceram a mente. Para isso devemos praticar a higiene mental que consiste em livrarmos nosso cérebro de todos os pensamentos impuros e malignos que neles se quiserem acolher ou formar. (B)
08. Que são ideias fixas forma-se de um amontoado de pensamentos inferiores e desordenados, tendentes a um único fim. Tudo quanto o indivíduo faz, pensa, ouve ou vê outros fazerem, encaminha para a ideia fixa que o obsessiona. Das ideias fixas originam-se os crimes e as desmedidas ambições que frequentemente, levam a pessoa à ruina.
Ideias opressivas são constituídas por pensamentos pessimistas, angustiosos, de desânimo, de desalento, enfim, de medo ante a vida. Se não forem atalhadas a tempo, as ideias opressivas desorganizam os centros nervosos, gerando consequência imprevisível.
Ideias aviltantes são compostas de pensamentos inferiores que conduzem o individuo a prática de vícios. (B)
09. Que influência tem sobre nós pensamentos que os outros emitem a nosso respeito?
Não somente os nossos próprios pensamentos que nos elevarão às regiões luminosas, ou que nos arrojarão nas trevas, os pensamentos que os outros nutrem para conosco influem decisivamente sobre nós. Se outras pessoas sintonizarem-se com faixas luminosas, emitindo pensamentos correta a nosso favor, fluída saudável descerão sobre a pessoa emissora de pensamentos bondosos e também sobre nós que contribuímos para a emissão desses pensamentos.
Porém se alguém sintonizar-se com as regiões trevosas, alimentando pensamentos deformados ou malévolos contra nós, fluídos negros envolverão essa pessoa e virão também tocar-nos por termos dado causa à emissão de pensamentos inferiores.
É importante notar que nossos pensamentos geram nossos atos e que nossos atos geram pensamentos nos outros. (B)
10. De que forma nossas boas ações retornam em benefícios?
Quando praticamos uma ação generosa, formam-se pensamentos favoráveis a nós na mente de nossos beneficiados. Esses pensamentos favoráveis nos banham com ondas de luz, libertam-nos das zonas inferiores e nos ajudam a sintonizar com as faixas elevadas, promovendo assim nosso equilíbrio mental. (B)
11. A mente invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doença de causas espirituais na vida diária?
A mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmônica do que todas as bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente que desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde, que se esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitos destruidores, que se encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos, ou que passam todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas. (D)
12. Existe relação entre obsessão e correntes mentais?
Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais. O pensamento é à base de tudo. (D)
Pessoas cujos pensamentos, palavras e ações determinam um padrão vibratório inferiorizado, estarão a qualquer tempo, mercê das entidades perturbadas e perturbadoras.
Em síntese; o efeito das obsessões se faz sentir, invariavelmente, através de um terço da união entre nós e os Espíritos. Entre a mente encarnada e a desencarnada.
Vinculamo-nos aos Espíritos pela fusão magnética, o que implica em reconhecermos o acentuado coeficiente de responsabilidade que nos cabe, por permitirmos que a nossa “casa mental” seja ocupada por “hospedes” menos esclarecidos.
Existindo afinidade, haverá, logicamente, fusão magnética.
A reciprocidade vibratória ergue uma ponte entre a nossa e a mente dos desencarnados. (C)
Cada um de nós é um acumulador por si, retendo as forças construtivas ou destrutivas que geramos. Desejo, palavra, atitude e ação representam eletroímãs, através dos quais atraímos forças iguais àquelas que exteriorizamos, no rumo dos semelhantes. (D)
13. A obsessão existe por culpa de Espíritos desencarnados que dominam encarnados ou há também a ação inversa?
Ninguém se lembra desse estranho e aparentemente paradoxal tipo de obsessão, em que os “vivos” envolvem os “mortos” na teia dos seus pensamentos desequilibrados e enfermiços, exercendo sobre os que já partiram para o Além terrível e complexa obsessão.
Pois esse tipo de obsessão não é tão insólito, como erroneamente pensamos.
Há muitos Espíritos sofrendo a influenciação dos encarnados e lutando, tenazmente, para as próprias melhoras?
Sim. As correntes mentais são tão evidentes quanto as correntes elétricas, expressando potenciais de energias para realizações que nos exprimem direção, propósito ou vontade, seja para o mal ou para o bem. (D)
15. Reconhecendo a existência das “tomadas mentais”, de que forma pode ser eliminada a obsessão?
As obsessões podem cessar, entre outros, por um dos seguintes motivos:
a) Pelo esclarecimento do encarnado, que despejará de sua “causa mental” o hóspede invisível.
b) Pelo esclarecimento do desencarnado, que se libertará de prisão mental que o encarnado lhe vinha impondo.
c) Pela melhoria de ambos. (C)
16. Pode o homem se afastar de influencia dos Espíritos que o incitam ao mal?
Sim, porque eles não se ligam senão aos que solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos. (E)
O estudo, a meditação e o trabalho no Bem serão, assim, os nobres instrumentos com que desligaremos as “tomadas mentais”, efetuando, por conseguinte, o “desejo” dos desencarnados. (C)
17. Que lição devemos retirar do entendimento da lei de afinidade mental?
É de toda conveniência que nos esforcemos para fazer brotar na mente de todos com os quais convivemos, ou tratamos, pensamentos sempre favoráveis a nós. Isto só o conseguiremos praticando atos que geram simpatia, reconhecimento, boa vontade, benevolência, enfim, bons sentimentos para conosco. Estejamos, sobretudo, preparados para emitir bons pensamentos, quaisquer que sejam as ações que outros cometerem contra nós, perdoemos sempre, porque o perdão é uma vibração luminosíssima que se dirige para os cimos celestes e desfaz montanhas de trevas e de incompreensão. E essa luminosidade nos protegerá sempre contra as investidas de vibrações menos dignas. (B)
18. Quais as consequências para quem se detém em qualquer aspecto do mal?
Deter-nos, em qualquer aspecto do mal, é aumentar-lhe a influencia, sobre nós e sobre os outros. (D)
19. O que nos acontece moralmente quando emitimos um pensamento?
Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida, - agente esse que retornará a nós, acrescidos do bem ou do mal de que o revestimos. (D)
FONTES DE ESTUDO
(A) Emanuel – PENSAMENTO E VIDA
(B) Eliseu Rigonatti – O ESPIRITISMO APLICADO
(C) Martins Peralva – ESTUDANDO A MEDIUNIDADE
(D) Emmanuel – LEIS DE AMOR
(E) Allan Kardec – LIVRO DOS ESPÍRITOS
Comunhão Espírita Cearense – Ciclo de Estudos Espíritas