A MOBILIZAÇÃO DOS HOMENS BATISTAS

Estive no “Sítio do Sossego”, em Casimiro de Abreu (RJ), nos dias 31/10 01 e 02/11, do ano em curso, participando do Terceiro Encontro Nacional dos Líderes, ocasião em que pude, pela primeira vez visitar o tão famoso e propalado Sítio de nossa denominação, encontro esse que foram dias marcantes e edificantes, principalmente nas mensagens trazidas pelo preletor, Pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, da 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro e nos momentos de louvor informal que realizamos ao “ar livre”, do lado de fora da cantina (local de encontros e das conversas informais e de melhor conhecimento mútuo dos acampantes), a fim de entoarmos com certa euforia, os hinos do nosso hinário histórico e tradicional – “Cantor Cristão”.

Participaram daquele Encontro irmãos de vários lugares de nosso Brasil, representando seus Estados, que foram: os irmãos paulistanos (principalmente de Americana e de São Paulo), os irmãos goianenses, muitos cariocas, mineiros, baianos, brasilianos e capixabas (como foi o caso do subscritor do presente que esteve acompanhado do seu pastor, Getúlio de Araújo Sobreira). Sendo a caravana mais expressiva a dos capixabas, já, pela segunda vez a que maior número de líderes fez representar.

Que noites memoráveis foram aquelas vividas no louvor informal ao lado da cantina! Quantos hinos um após o outro foram entoados! A primeira noite varamos a madrugada – até perto de uma hora matinal! Havia dois violonistas bastante experientes e vibrantes, para enriquecer o acompanhamento. Notei a participação ativa e a vibração dos irmãos goianenses e dos capixabas, principalmente de os de Guarapari!

Foi lançada, na ocasião, a campanha em favor da aquisição do Sítio, pelos homens batistas, com toda a sua área que mede VINTE E NOVE ALQUEIRES E MEIO – cerca de 1.427.800m2, aquisição esta da atual proprietária – a JUERP.

Parece um sonho, mas é a mais pura realidade, o tão charmoso Sítio do Sossego, poderá pertencer à organização dos homens batistas. Aquele recanto tão aconchegante! Mas é preciso muito empenho e muito desembolso financeiro de nossa parte. Mãos à obra, líderes de nossa denominação. Levantemos nossas cabeças para evangelizarmos o Brasil e ao mesmo tempo empenhemo-nos na aquisição de um patrimônio histórico-denominacional, para que não caia na mão de terceiros e de estranhos que possam desvirtuar o objetivo daquele loca, que, por décadas, tem sido para reflexões espirituais, fraternidades, partilhamento de idéias, louvores, adoração e evangelização. Compremos o sítio do sossego e depressa!

Algo bastante alegre e digno de nota foi a forma descontraída e bem informal com a qual se conduzia o nosso Presidente da UMM, principalmente, quando da apresentação do orador oficial do Encontro. Uma postura jovial e própria de congressista retirante, já que a ocasião assim bem o permitia. Pelo menos é o meu parecer, principalmente porque foi a primeira vez que o vi atuar e foi a primeira vez que compareci a um congresso de homens. (Também pudera, não sou assim tão senil, como possa parecer!).

Pude conhecer pessoalmente alguns irmãos, cujos nomes só ouvia falar e outros só conhecia através de fotos no Jornal Batista. Como exemplo o Dr Pércio Rangel de Almeida, advogado conceituado em nosso meio; o pastor Edvar Barreto Antunes, que está na administração do Sítio, juntamente com a sua companhia e indispensável batalhadora esposa, o próprio orador Pastor Fausto e outros irmãos que foram eleitos para promoverem e incentivarem a organização dos homens batistas brasileiros – a organização que mais precisa de mobilização e apoio até mesmo dos leigos, já que muitos não estão apercebidos de sua importância. Por isso, vai aqui o meu apelo aos homens batistas do Brasil que se mobilizem, se organizem e voltem a participar ativamente na obra do Senhor Jesus, na adoração, na evangelização, no ensino e nos ministérios sociais que as Igrejas dispõem, para servir a Cristo. Precisamos voltar ao vigor primitivo da era primeira da implantação do evangelho no mundo do primeiro século, com muitas dificuldades e lutas, quando os homens, os primitivos cristãos não dispunham dos recursos de que desfrutamos em nossos dias!

Muniz Freire, 04 de dezembro de 1997

Fernandinho do fórum

(na época era Presidente da UMM da Associação Batista Neo-Pioneira / Sul do Espírito Santo) - (Este artigo foi publicado no “Jornal Batista” poucos meses depois da data de sua redação).