Paz interior: um propósito e uma atitude

Uma vida espiritual equilibrada depende da conjugação bem próxima entre a razão e a emoção. Quando a balança pende em favor de um dos polos dessa relação, como em todo desequilíbrio, o conjunto resta comprometido.

De muito é sabido que o ser humano abriga certa perplexidade em relação à sua condição existencial. Não sabe onde estava antes de nascer e não sabe para onde vai após morrer. Vive tateando às escuras em busca do propósito maior de sua vida.

A satisfação com uma determinada visão de mundo é determinante para o bem-viver, satisfazer-se com uma visão religiosa, filosófica, científica é um ponto importante para o equilíbrio mental e espiritual, porém, não é tudo.

Escapa a qualquer sistema de ideias e valores a realidade de uma experiência transcendental com o divino, numa dimensão onde a razão pouco pode oferecer, onde a captação da realidade já não mais se limita aos sentidos e à razão, onde estão depositadas as respostas para todos os porquês.

A vida humana em todo seu apogeu não se subtrai a equiparação de que rodopia num grande ralo ( a morte!) , aniquilando todas as certezas e, para além das certezas, se nos apresentam dois caminhos: o do nada e o de algo.

Toda nossa existência pode dar em nada, mas também podemos acreditar que pode dar em algo. Ao acreditar em algo admitimos as coisas que não compreendemos, dentre elas a existência de uma causa primária, uma direção, um sentido, por assim dizer, de Deus.

A fragilidade humana não é um estado, mas sim uma condição, uma vez que o ser perece e não possui vida em si mesmo. Nessa fragilidade carece de tudo e supre-se na natureza, porém um tipo de carência não pode ser abastecido tão somente na natureza, é a carência existencial.

A sentir-se carente existencialmente (ou espiritualmente!) o ser necessita suprir-se, abastecer-se no alimento apropriado, de natureza energética, vibracional. Esse alimento não pode ser encontrado na trivialidade das coisas do dia-a-dia. Ele só pode ser encontrado na intimidade do ser, na percepção consciente do próprio campo vibracional.

Dar-se conta do próprio nível vibratório é tarefa desafiadora, pois implica no exercício do silencio interno, na tarefa de ouvir os sons da própria consciência, na missão de relaxar como mero expectador do milagre da própria existência física.

O mundo exibe suas polaridades ( positiva e negativa), o ser humano transita entre elas e pode, através do esforço, aproximar-se mais de uma ou de outra. Uma lhe conserva e a outra lhe destrói. Aquela que lhe conserva o imobiliza e a que lhe destrói o propulsiona ao crescimento. Ambas lhe são essenciais.

No campo vibracional interno a vibração positiva é o contraponto do caos provocado pelos estímulos diários. É o amálgama das rupturas causadas pela fadiga da vida, pelo stress, pelos traumas, pelas frustrações etc.,

Esse campo vibracional positivo, em seu grau máximo representado por Deus, pode ser acessado facilmente pela prece, pela meditação, pela contemplação, pelo agir consciente em prol do bem, basta um propósito e uma atitude.