Religião em ensino básico

Como poderia ser tratado a Intolerância Religiosa no ensino fundamental e médio?

Publicado por Luciene em 25 maio 2012 às 18:57

em Estudo das Religiões - no Café História

Discussions.

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Temos visto acontecimentos ocorridos de Intolerância religiosa em escolas de ensino fundamental e médio, para agravar mais a situação, esses fatos ocorrem mais pelos docentes do que com os próprios alunos. Recentemente, uma professora de História da rede pública de uma cidade do ABC paulista, foi denunciada por um aluno que sentiu-se agredido pela atitude da professora, que fazia pregações bíblicas (por ser evangélica)por cerca de 20 minutos em suas aulas de história.

Após a denúncia desse aluno, que era da religião afro (do candomblé), os pais que igualmente se sentiram invadidos pelas pregações ,ao invés das aulas de fato, denunciou o caso aos órgãos competentes. Uma vez que o Estado sendo laico todas as Instituições, pertencentes ao Estado, devem ser igualmente laico.

Então, abro uma prosposta de debate: Nós professores de História podemos trabalhar a Intolerância Religiosa - abordando os valores, o diálogo e a História das Religiões? Assim, os valores podem ser ensinados em escolas e por nós professores História? E para uma diminuição dessa intolerância caberia aos professores de História e Filosofia ministrar as aulas de religiões onde este tema poderia ser abordado de maneira neutra, levando para uma discussão histórica e filosófica e não como são ministradas hoje, geralmente, valorizando a religião do professor que minstra?

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A questão é :

Voce quer ensinar pro seu aluno que Deus existe? ou quer dizer pra ele que algumas pessoas ainda acreditam nisso?

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Resposta de Luciene

34 minutos atrás

-Acho que você está equivocado em sua colocação. Não é essa a proposta, então, está errado em sua "questão". Se você é professor deve ter entendido minha posição, deveria ter sabido compreender o texto. O que coloco é bem claro, nada tem haver com "ensinar" se Deus existe ou se algumas pessoas acreditam nisso. A sua visão simplista não contribui em nada, e está longe do proposto, uma vez que não se é comum responder uma perguntar com outra.

Estamos vivendo tempos de intolerância e isso cabe também, a nós professores, abrirmos ao debate com mais seriedade, com mais preocupações para a nossa contribuição social. O ensino de religião, pode ser trabalhado as histórias das religiões como se pode trabalhar uma discussão mais filosófica, e em ambos, nada tem haver sobre "ensinar" a existência de Deus.

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Resposta

Posso até respeitar essa barreira que você coloca como instransponivel, como se uma coisa nada tivesse a ver com a outra, mas qualquer pregação exacerbada ou não, vai chegar no lugar comum, num unico denominador: A existencia de um ser superior que sabiamente é colocado como se fosse um policial austero a vigiar todos os nossos passos. Cabe aos mestres isolar esse terrorismo, essa idolatria que o aluno carrega desde os primeiros passos em casa, no seio da familia, muito antes de por os pes numa escola que deve rigorosamente ensina-lo a ler e escrever e absorver culturas úteis (eu disse úteis) de carater cientifico e social, onde a religião não se encaixa ou talvez para ser benevolente e não privar os mestres de ensinarem algo sobre elas, figurariam na lista dos interessantes folclores e superstições. A humanidade vive uma transitoriedade que em breve deixará essas inutilidades para tras. Não posso me ater aqui ou me apegar rigidamente à questões didáticas. Tenho que ser honesto comigo mesmo e tentar rasgar a cortina que voce não abriu e portanto não deixou claro, mas o fez agora, que, apenas condenou a atitude da professora crente, mas se esquece que os Jesuitas há 500 anos já chegaram aqui dizendo aos indios em que, ou no que acreditar. Pouco me interessa que Jesus represente uma seita e seja pretensioso ou tenha sido em seu tempo, considerando-se filho de um unico Deus, o Rei dos Reis. Pra mim, religião e Deus, é uma coisa só, um não existe sem o outro, ou em outras palavras não teriam razão de ser.

Portanto, não vejo motivo para o puxão de orelhas, em outras palavras eu aconselharia sempre a todos os professores, contem a história ou estórias, mas deixem sempre, por uma questão de honestidade e ate mesmo humanismo, uma brecha, um espaço para o livre pensar.

É no minimo honesto, se não for uma obrigação. De qualquer forma, acho que sensato seria também o Estaod determinar essa diretriz, para que profissionalmente voces fiquem com a consciencia livre de qualquer peso que possa surgir ou evoluir dentro da crença de cada um individualmente.

Buscar confrontos com essa intolerancia, não é a função de um professora e nem seria bom para o grupo. É nesse ponto é que retornamos a algumas aspirações justas à busca da verdade nua e crua, que absolutamente não inclui admitir com tanta aspereza, como você o faz, ou fez aqui nessa resposta, dizendo nas entrelinhas que Deus e sua existencia, são inquestioáveis e indiscutiveis.

De qualquer forma, minhas escusas, se me fiz entender mal novamente.

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 26/05/2012
Reeditado em 26/05/2012
Código do texto: T3689873
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