O que salva?
O que salva?
“Sabemos que a Lei é boa, contanto que a tomemos como uma lei. Ela não é destinada ao justo, mas aos iníquos e rebeldes, ímpios e pecadores...” (1 Timóteo 1:8-11).
Nenhum pai sente prazer e orgulho nas atitudes dos filhos quando estes só lhe obedecem por imposição de normas que lhes trazem sérias punições; porque o pai sabe que no momento em que for retirada a obrigação de obedecer, eles passam a praticar coisas más e vergonhosas.
Cristo só não aboliu a Lei por causa da maldade dos injustos; pois assim eles voltariam às práticas dos sodomitas; Ele apenas fez entender aos seus: “A Lei e os Profetas chegaram até João; daí para a frente o Reino de Deus é anunciado (Lucas 16:16).
A Lei serve apenas para reprimir os que são impulsionados a realizarem os seus próprios desejos. Não conduz nenhum injusto a ser justo; apenas impõe parâmetros às práticas dos que são obstinados a agir com má fé.
Se a imposição da lei, fosse capaz de arrancar do homem o seu coração de pedra e, dar-lhe um coração de carne e um espírito novo, Cristo não teria vindo a nós, nem por nós teria ido à cruz. Quando Cristo diz que: “... todos os Profetas e a Lei profetizaram até João” (Mateus 11:13), Ele está tentando dizer que, a partir do seu batismo, Ele está tomando para si, todo o peso do fardo imposto por ela, para assim, nos condicionar ao perdão.
Quando Cristo diz: “Se vocês tivessem compreendido o que significa: ‘Quero misericórdia e não o sacrifício’, vocês não teriam condenado estes homens que não estão em falta...” (Mateus 12:7,8), Ele está dizendo aos que se acham ser a cúpula do conhecimento, que o Ouro de Deus, tem o preço de tornar leve a carga a que o irmão está sendo submetido, e aliviar a dor que ele está sentindo.
Pela Promessa Cristo compra, a preço de sangue, a bênção a todas as nações. E é a preço de sangue, que Ele rasga o véu para que o Santíssimo seja revelado (Mateus 27:50-52). E neste instante, Cristo dá cabo aos sacrifícios e credencia as nações a resgatarem a Vida. A partir daí, não faz mais sentido ditar regras para o homem justo, pois este já é conduzido pelos impulsos do coração. E quanto ao injusto, a Lei permanece, mas apenas para mostrar-lhe o acúmulo de coisas más, que um coração encascado pode juntar, para afastá-lo dos caminhos de Cristo.
Não é a Fé nem a Lei que torna o homem justo. A justiça nasce da misericórdia e é apenas uma das forças que movem um coração generoso. E um coração movido à misericórdia, não é adquirido por temor, nem por evangelização, nem por imposição de qualquer outro meio possível; a não ser pela ação da transformação implantada por Deus, assim como Ele agiu para fazer de Paulo um homem novo.
Quem nasce com um coração compassivo, que só acontece pela graça do Pai, não precisa de Lei e fé para praticar a misericórdia e a justiça, pois este dom, é dado apenas àqueles que caem na graça de Deus.