NEM TODOS NASCERAM PARA SEREM DESTA OU DAQUELA RELIGIÃO
NEM TODOS NASCERAM PARA SEREM DESTA OU DAQUELA RELIGIÃO (OU DENOMINAÇÃO)
Ninguém nasce para ser desta ou daquela denominação. Como também ninguém “nasce na Igreja”, como ensinam alguns, pois somos “gerados em Cristo Jesus” pela fé. Quem sentiu as dores de parto foi Ele, na cruz do Calvário. Ele (Jesus) nos gera. Nem água batismal, nem templos, nem Igrejas (que é a assembléia reunida), nem cerimônias ou rito de religião alguma, nem homem ou grupo de homens nos gera, somos gerados em Cristo Jesus!
Todos nascemos em pecado, e, pelos efeitos deste mal espiritual que é responsável e ocasionador de deformações humanas, o relacionamento humano também ficou afetado.
As pessoas sempre procuram se aproximar uma das outras conforme as afinidades ou as diferenças, porque as diferenças também aproximam as pessoas, ainda que por menor tempo.
E, como já dito, o pecado afetou profundamente o quociente relacional das pessoas, tornando-as distantes uma das outras, tanto física quanto emocional e ideologicamente, então, cada uma vai se ajustar ao seu meio, que muitas vezes podem acontecer na infância até o final da vida, como também, pode ocorrer no decorrer dos anos mudanças de meio social, independentemente de nascimento ou de “berço”.
Os ajustamentos sociais ocorrem por educação recebida no lar, pelos ensinamentos que a gente absorve ao longo da vida, pelas necessidades e carências humanas, pelas oportunidades de trabalho, pelo exercício de dons naturais para a gente exercitar e passar para outros e, o ajustamento religioso também ocorre, quando a gente tem a consciência de ensino ou consciência doutrinária bem sólida de bons mestres, de pais piedosos e dedicados a Deus ou ainda quando a gente também se esmera em aprender, estudar constante e incessantemente, praticando tudo que se retém ao longo dos anos.
Então, a convicção religiosa vai acontecendo á medida que o tempo passa e a gente vai adquirindo gosto pelo meio ou ensinos que recebemos.
Além dos ensinamentos em certos meios a gente também recebe carinho e amor, como também transmite isso aos outros, como gratidão do que Deus fez e faz pela gente, como também a gente recebe dos outros (irmãos) e, então vamos ficando e nos enturmando na denominação religiosa tal e tal.
Então, não aceito a tese de que as pessoas nasceram para serem desta ou daquela denominação ou religião! Não se nasce para isto. A gente se adapta conforme os pontos acima focalizados. A gente, através dos anos, cultiva os valores, os costumes e as influências ou ensinamentos dos meios e de pessoas com as quais a gente convive, e que, em certa porcentagem, ajudam a moldar o nosso caráter e os nossos pensamentos e ações. Eu disse, “em certa porcentagem” e não totalmente. Fora essa de dizer que o “homem é produto do meio!” Não! De forma alguma acredito nesta assertiva de algum filósofo do passado! O meio pode nos ajudar a amoldar, a influenciar nossas vidas, mas não nos produz, muito menos em proporções integrais. Não é em tudo que o meio nos influencia! E nem sempre nos influencia! É o que penso !
Muniz Freire, 03 de fevereiro de 2004
Fernando Lúcio Júnior