PADRE ÂNGELO BUSNARDO: ABORTO DE ANENCÉFALOS, DIU, ABORTOS E COMUNHÕES SACRÍLEGAS

Segue um texto sobre o aborto provocado pelo consumo da pílula do dia seguinte e uso do DIU. Pe. Ângelo Carta167 27/04/2012 Ref. Bebês anencefálicos podem ser abortados? A preocupação da Igreja com o aborto de fetos anencéfalos é legítima, louvável e deve ser apoiada. Mas seria muito mais importante preocupar-se com outros procedimentos abortivos. A maioria absoluta dos abortos hoje não é praticada nas clínicas de aborto, nos postos de saúde públicos e nos hospitais públicos onde o aborto é incentivado e praticado. Não há dúvida de que se apoderou deste país um governo satânico que defende a vida dos bandidos e extermina os inocentes. Mas o número dos abortos clínicos é insignificante se comparado com os abortos efetuados por outros processos. A maioria dos abortos hoje é efetuada pelo uso do DIU (dispositivo intra-uterino) e pela pílula do dia seguinte. São raras a mulheres na faixa etária de 15 a 40 anos que nunca usaram a pílula do dia seguinte. A maioria das mulheres católicas praticantes que tomou a pílula do dia seguinte não se arrepende e exclui este pecado na confissão se o confessor não lhes perguntar. Se uma boa parte das mulheres que confessam e são católicas praticantes usaram a pílula do dia seguinte, imaginem as outras. Se não se perguntar, elas não se arrependem e não confessam que praticaram aborto ou, pelo menos, tentaram praticá-lo através da pílula do dia seguinte. Há fabricantes que dizem que a pílula do dia seguinte não é abortiva; mas isto é apenas um golpe de marketing. A pílula do dia seguinte não é abortiva somente quando não houve fecundação. Se tiver havido fecundação, ela aborta o óvulo fecundado e, neste caso, ela é abortiva. Os postos de saúde e os hospitais públicos instalam o DIU gratuitamente a toda mulher que pedir, independentemente de ser solteira, casada ou viúva. Uma mulher fértil e sexualmente ativa, com o uso do DIU provoca um aborto por mês, porque o DIU não impede a fecundação, ele impede a nidação, ou seja, ele impede que um óvulo fecundado se instale no útero. Assim a mulher provoca o aborto sem perceber que tinha ficado grávida. O fato de a mulher e seu parceiro não terem constatado a gravidez, perante Deus, não deixam de ser culpados pelas numerosas vidas inocentes que mataram. Os homens não podem dizer que não sabiam que a parceira sexual usava o DIU porque o DIU é instalado preso a um fio que se estende até a parte externa.

Há dois tipos de DIUs que os fabricantes dizem que não são abortivos. Os médicos honestos desmentem os fabricantes.

1. Dizem os fabricantes que o DIU de cobre não é abortivo, porque o cobre produz um espermaticida que mata os espermatozóides antes que cheguem até o óvulo. Grande mentira. O DIU é uma cruz de alguns centímetros. Um médico não teria coragem de instalar no útero de uma mulher um DIU de cobre que é altamente agressivo e poderia com o tempo provocar até a morte da mulher. Baixei na internet o tal DIU de cobre que os fabricantes dizem que não é abortivo. É uma cruz de material plástico flexível com uma pequena serpentina de cobre em volta de um dos braços da cruz. A quantidade de cobre é tão pequena que não teria condições de produzir espermaticida suficiente para matar todos os espermatozóides que são injetados no útero da mulher durante anos. Médicos consultados disseram que o DIU tem uma pequena porcentagem de falha. Acrescentando uma pequena serpentina de cobre, o torna mais eficaz, mas continua abortivo.

2. Dizem os fabricantes que o DIU que contém mirena não é abortivo, porque manteria as trompas fechadas, impedindo o contato dos espermatozóides com o óvulo. Outra mentira. Este DIU também tem forma de cruz com a haste mais longa oca e cheia de mirena que é despejada lentamente no útero. A quantidade de mirena é tão pequena que é impossível que consiga manter as trompas fechadas.

Atendendo confissões encontrei mulheres que usaram a pílula do dia seguinte e nunca se arrependeram e nunca confessaram; algumas até de missa e comunhão diária. O uso do DIU é muito comum, mesmo entre mulheres católicas praticantes. Como eu sempre nego a absolvição e as proíbo de comungar enquanto estiverem usando o DIU, elas procuram outro padre que não faz perguntas na confissão e continuam comungando.

Se entre as católicas praticantes há assassinas em série, imagine entre as não praticantes. Não tenho acesso à produção dos laboratórios que fabricam as pílulas do dia seguinte e os DIUs. O número de pílulas do dia seguinte que os fabricantes vendem por mês corresponde ao número de abortos ou tentativas de aborto que são praticados por mês por esta pílula. Sabendo-se o número de DIUs que os fabricantes vendem por mês, levando-se em conta que a mulher que usa o DIU em princípio provoca um aborto por mês durante anos, poder-se-ia calcular a quantidade enorme de abortos que são cometidos todos os meses sem recorrer às clinicas de aborto. Se compararmos o aborto dos anencéfalos com um mosquito, os abortos provocados pela pílula do dia seguinte e pelo DIU correspondem a um camelo: citando Jesus, pode-se dizer que os líderes eclesiásticos, ao combater o aborto dos anencéfalos e ignorar os outros procedimentos abortivos, coam um mosquito mas engolem um camelo: 24 Guias cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo (Mt.23,24). É muito mais urgente e necessário preocupar-se com os católicos praticantes que usam a pílula do dia seguinte e o DIU. Se estes se condenarem, Deus pedirá contas aos eclesiásticos que os assistiram durante esta vida: 18 Se eu disser ao ímpio que ele deve morrer e não falares advertindo-o a respeito de sua conduta perversa, para que ele viva, o ímpio morrerá por própria culpa, mas eu te pedirei contas do seu sangue. 19 Se, porém, depois de advertires um ímpio, ele não se afastar da impiedade e de sua conduta perversa, morrerá por própria culpa, mas tu salvarás a vida (Ez.3,18-19).

Pior que os assassinatos praticados pelos meios de controle de natalidade é a distribuição de sacramentos sacrílegos. Alguns desses assassinos e assassinas vão à igreja e recebem a Eucaristia, o matrimônio, a confirmação em pecado mortal, portanto de forma sacrílega, transformando Jesus num instrumento de condenação.

O sacrilégio é mais grave que o aborto. Pelo aborto, o ser humano é despachado para Deus somente com o pecado original, mas Jesus não é transformado num instrumento de condenação. Santo Agostinho diz que tais crianças vão para o inferno, apesar de terem como pena apenas a ausência de Deus. O atual papa afirmou que estão salvas. Ambos estão errados. Ninguém entra no céu sem ter optado por ele pessoalmente ou através de outros (pais no batismo). Os próprios anjos que foram criados no céu, a um dado momento, precisaram optar pelo céu. Como Deus colocou os anjos perante uma situação que tiveram que escolher e alguns escolheram por ficar e outros por não ficar e se tornaram demônios, também aqueles que se apresentam perante Deus somente com pecado original deverão ser colocados por Deus perante uma situação em que livremente decidirão o próprio destino.

O papa, cardeais, bispos e párocos que por irresponsabilidade, preguiça ou burrice distribuírem sacramentos sacrílegos pagarão caro perante Deus. Condenando Jesus, o sumo sacerdote o transformou num instrumento de salvação. Quem assinou a sentença de morte de Jesus foi Pilatos. Jesus disse a Pilatos que o sumo sacerdote que o havia entregado nas mãos dele tinha cometido um pecado maior do que ele: 11 Jesus lhe respondeu: “Não terias nenhum poder sobre mim se não te fosse dado do alto. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior” (Jo.19,11). Aquele um do alto, no caso o sumo sacerdote, que como autoridade eclesiástica perante Deus era superior a Pilatos, ao entregar Jesus, cometeu um pecado maior que o próprio Pilatos. Os eclesiásticos que irresponsavelmente distribuem sacramentos sacrílegos, se não pararem e se arrependeram antes de morrer, ao prestar contas a Deus, serão tratados com mais severidade do que aqueles que foram por eles induzidos a receber sacramentos sacrílegos.

Pe. Ângelo José Busnardo

e-mail : ajbusnardo@hotmail.com

Padre Ângelo Busnardo.
Enviado por Joanne em 27/04/2012
Reeditado em 31/05/2014
Código do texto: T3636016
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