Tipos de casamento e divórcio segundo o espiritismo
Martins Peralva no livro Estudando a Mediunidade apresenta uma divisão didática dos diferentes tipos de casamento em 5 tipos distintos:
a) Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem à morte do corpo e mantém-se em encarnações diversas. Pouco comuns na Terra.
b) Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a Humanidade.
c) Provacionais: São uniões entre almas mutuamente comprometidas, que estão juntas para pacificarem as consciências ante erros graves perpetrados no passado e simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da tolerância e da resignação. É o tipo de casamento mais comum existente no planeta Terra.
Livro dos Espíritos na questão 697, Kardec pergunta se a indissolubilidade do casamento pertence à Lei de Deus ou se é apenas uma lei humana. Os Espíritos responderam: “A indissolubilidade do casamento é uma lei humana muito contrária a lei natural.” Na questão 940 os espíritos falam sobre as uniões infelizes: “As vossas leis nesse particular são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam.”
d) Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso espiritual.
e) Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade sincera.
A posição espírita ante o divórcio está plenamente estabelecida nas duas obras mais conhecida de nossa literatura: [O Livro dos Espíritos] e [O Evangelho Segundo o Espiritismo].
Em [ESE-cap XXII] Kardec comenta: “O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar legalmente o que já está separado de fato. Não é contrária a Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram.” A posição de Kardec deixa-nos serenos para afirmar que o Espiritismo não é contrário à instituição do divórcio, embora não venha a estimulá-lo, nem tampouco incitá-lo nos casais com problemas de relacionamento.