É possível
É possível
Sonhei que foi dado a mim a possibilidade de está com Deus e, poder assim, ter uma conversa a dois, podendo saber d’Ele, que sabor Sua História anda Lhe dando, e se o que determinou estava rendendo a esperada satisfação. Conversamos e, de repente, uma pausa me chamou atenção: em Seu silêncio e olhar distante, pude entender que Ele também não estava feliz. Não por ter criado o homem; mas por alguns instintos que nele implantou. Primeiro por ter colocado, no Jardim, o fruto proibido (gn 3:3); depois, por ter se afeiçoado da oferta de Abel e não pela de Caim; e ainda, de ter planejado e promovido a Bênção para Jacó e o escarnio para Ezaú. Não estava também contente, por ter escravizado seu povo por tanto tempo no Egito, e ainda ter endurecido o coração de tantos reis, na conquista de canaã para guerrearem contra Israel (Js 11:20); e além de tudo, ter erguido o tirano Nabucodonossor, como Seu servo (Jr 25:9; 27:6) e ter ordenado-o avançar sem piedade (Is 13:16,18;Ez 9:5,6;21:8,9,22).
Em alguns momentos, pela Sua expressão, achei que Ele gostaria de ter traçado Sua pena por outros trilhos, e ter amado mais Suas criaturas que as profecias (Mt 26:53-56); parecia lamentar também por não ter dado ao homem um coração novo e, assim, poupado o Filho da crucificação.
Por fim, com Seu ar de reflexão, pareceu prometer não desviar mais Seu olhar (Is 1:15), unir os cinco, antes separados em três e dois (Lc 12:52,53) e até mesmo acolher os excluídos do livro da Vida (Ap 13:8; 17:8 20:15).