Células tronco e congelamento de embriões

Não podemos abordar esse tema a partir de uma perspectiva científica uma vez que não possuímos conhecimentos técnicos para tanto. Faremos rápidas reflexões de teor moral, sem a pretensão de esgotar o assunto ou abranger todas as hipóteses.

Sendo Deus o Criador de tudo, o foi também da natureza e da ciência. Deus deu ao homem a capacidade intelectual e mental de desenvolver a inteligência, conhecer e utilizar as Suas leis e materiais infinitos, para o bem da humanidade.

A ciência se desenvolve por permissão divina, mas o modo como é utilizada, depende do homem. Essa premissa nos faz ponderar, então, se certos avanços da ciência podem ser bons e morais ou se tornarem maus caminhos para o progresso.

Células tronco, falando de modo leigo, são células “mãe”, que geram todas as demais; delas podem sair um neurônio ou uma célula cardíaca, uma célula óssea ou do pulmão; são a partir delas que o embrião começa a formar seu organismo, especificando a função de cada parte do seu corpo.

Dito isso, fica fácil entender que tais células são capturadas a partir dos embriões, embora se saiba que também no cordão umbilical elas existem. Uma vez que as células tronco têm capacidade de se tornar qualquer tecido, servem para descobrir a cura de doenças e recuperação de órgãos como nunca antes se conseguiu fazer.

A questão a se pensar é: será lícito que se criem embriões com objetivo de congelá-los, para posteriormente utilizá-los como fonte de células, sem considerar sua condição potencial de vida humana? Haverá vida espiritual nesses embriões?

O Livro dos Espíritos afirma na questão 344, que no ato da concepção o espírito se liga ao feto ainda que o processo seja concluído no nascimento; embora isso, há uma explicação de que podem existir natimortos sem alma (questão 356) os quais serviriam de prova para os pais. Mas como saber que embrião possui alma ou não? Não sendo possível distinguir um do outro antes do nascimento, como decidir que embriões potencialmente ligados a espíritos sejam colocados sob congelamento para, se não usados, serem destruídos e descartados após poucos anos?

Há algum tempo houve uma reportagem que mostrou uma criança cujo embrião havia sido congelado e, pelo prazo legal, deveria ter sido descartado. Seus pais, no entanto, continuaram o processo e eis que o embrião se tornou pronto para nascer e é hoje um garoto saudável.

Entendemos que a ciência deve ser usada para o bem, mas quando há dúvida se é moral aquilo que se fará com ela, não se deve fazer sob pena de contrariarmos as leis divinas da reencarnação e do amor ao próximo, pois o reencarnante também o é. Compreendemos que se existem alternativas como as células tronco do cordão umbilical, significa que temos uma escolha moral a fazer, iremos destruir embriões por serem mais completos ou fazer campanhas de doação de cordão umbilical como se faz de medula óssea, talvez?

Em tempo, a AME Brasil – Associação Médico-Espírita do Brasil – é contra a utilização de células tronco embrionárias, como descrito em seu site na Internet, com argumentos mais completos e científicos que os nossos. Pesquisem e concluam.

Grande e fraternal abraço!

Vania Mugnato de Vasconcelos

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