Contra as Confissões na Igreja Católica
Nesta época de véspera de Páscoa, assim também como próximo ao Natal, os fiéis católicos fazem filas nas Igrejas para se confessar... contar ao padre seus pecados, seus erros e receber o perdão, podendo voltar a comungar – pelo menos nestas duas datas especiais.
Respeito a fé de cada um e “confesso” que eu mesma já enfrentei estas filas à espera de alguns minutos com o padre em troca de minha absolvição. Mas hoje firmo a opinião de que sou TOTALMENTE CONTRA as confissões pessoais com um padre. Por quê?
Ora, em primeiro lugar o padre é um homem comum como qualquer um de nós. Ou seja, é um ser humano cheio de erros morais!! – talvez tenha até mesmo mais erros do que eu, rsrs. Então que poder tem o padre para me absolver de alguma coisa????
Ainda ontem foi divulgado na Internet o escândalo de um padre da Irlanda do Norte que, por um triste engano, acabou misturando seus ‘pen drives’ e o resultado foi que os fiéis acabaram por ver slides de pornografia gay. NADA CONTRA GAYS, aliás conheço alguns e são pessoas muito educadas, honestas, realmente dignas do meu respeito. Mas tenho TUDO contra a HIPOCRISIA... falando sério, eu respeitaria muito mais um ex-padre que assumisse suas tendências homossexuais e deixasse seu posto na Igreja e passasse a levar uma vida comum como as demais pessoas! Isso sem falar na pedofilia, o grande mal da Igreja Católica...
Padres com vocação real e total renúncia ao “mundo” para dedicar-se à obra religiosa... estes são poucos!!!
Outro fator, é que a confissão auricular obrigatória aos fiéis foi instituída pela Igreja de Roma muitos anos depois de Cristo, como forma de CONTROLE e submissão de seus fiéis. Ou seja, é uma invenção católica!
É fato que saber segredos de alguém dá a esta pessoa alguma forma de autoridade sobre a outra. Estudando a História, é simples perceber como religião e política se misturaram ao longo dos anos... o que explica o porquê da necessidade de criar formas de controle e poder.
Sou A FAVOR, porém, da confissão COMUNITÁRIA, onde o sacerdote orienta os fiéis a elevarem seus pensamentos a Deus e a cada um fazer uma auto-avaliação de seus atos, seus pensamentos e intenções, seus erros... uma vez reconhecido o erro perante Deus – e somente perante Ele – a pessoa deve assumir um compromisso consigo mesma e com Deus para não voltar a pecar. Apenas isto, sem nenhuma imposição ou controle exterior. O que vale é a consciência de cada um como seu próprio juiz. O que vale é a intenção verdadeira, e não os atos externos que evidenciam a hipocrisia religiosa.
Nesta Páscoa que possamos de fato comemorar a vitória da vida sobre a morte; que saibamos refletir, guardar e seguir os ensinamentos de Jesus...
Sim, Ele veio ao mundo por nós, por amor a nós... para trazer luz às trevas da ignorância, que infelizmente, ainda existem neste mundo tão cheio de hipocrisia.