AMAR A DEUS É OBEDECÊ-LO...
Para a grande maioria da humanidade, amar é um sentimento; já para nós cristãos que vivemos da fé - “o justo vive da fé” - amar é a união perfeita da alma com Deus por meio da virtude da obediência (Cf. 1Jo 5,1-5), “porque Deus é amor e quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele” (Cf. 1Jo 4,8.16). Ora, se o amor fosse apenas um sentimento ele seria algo inconstante ou um quase nada sentimental, visto que todo sentimento é passageiro, porque os sentimentos se sucedem, enquanto que o amor nunca passa, porque ele é o fundamento de nossa perfeição.
Jesus nos ensinou, com a sua obediência ao Pai (Cf. Jo 5,30), que a vontade de Deus é a única que permanece, por isso, precisamos fazer tudo o que é do seu agrado para permanecermos Nele até o fim, porque somente assim o nosso testemunho é verdadeiro, por ser um ato de amor a Deus acima de todas as coisas. São Paulo em sua Carta aos Romanos, escreveu: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Rom 12,1-2).
Com efeito, “Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”. (Jo 1,18.17). De fato, “Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus...” (Heb 1,1-3).
É dele que também está escrito nessa mesma Carta aos Hebreus: “Eis por que, ao entrar no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade (Sl 39,7ss). Disse primeiro: Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado (quer dizer, as imolações legais). Em seguida, ajuntou: Eis que venho para fazer a tua vontade. Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia. Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo”. (Heb 10,5-10).
E ainda: “Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade. Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, porque Deus o proclamou sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.” (Heb 5,7-10).
Portanto, foi assim que Cristo Jesus amou a Deus Pai até as últimas consequências de sua vida terrena e com isso nos ensinou a amá-lo assim também. Desse modo, o amor e a fidelidade, que se traduzem em obediência, são as virtudes alicerces da vida em Deus; não é possível ser discípulo de Jesus sem a vivência dessas virtudes, porque é por elas que nos mantemos unidos à videira eterna do Senhor, que é a Igreja, para darmos os frutos da salvação que Ele nos concedeu para o louvor de sua glória.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
Para a grande maioria da humanidade, amar é um sentimento; já para nós cristãos que vivemos da fé - “o justo vive da fé” - amar é a união perfeita da alma com Deus por meio da virtude da obediência (Cf. 1Jo 5,1-5), “porque Deus é amor e quem ama permanece em Deus e Deus permanece nele” (Cf. 1Jo 4,8.16). Ora, se o amor fosse apenas um sentimento ele seria algo inconstante ou um quase nada sentimental, visto que todo sentimento é passageiro, porque os sentimentos se sucedem, enquanto que o amor nunca passa, porque ele é o fundamento de nossa perfeição.
Jesus nos ensinou, com a sua obediência ao Pai (Cf. Jo 5,30), que a vontade de Deus é a única que permanece, por isso, precisamos fazer tudo o que é do seu agrado para permanecermos Nele até o fim, porque somente assim o nosso testemunho é verdadeiro, por ser um ato de amor a Deus acima de todas as coisas. São Paulo em sua Carta aos Romanos, escreveu: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Rom 12,1-2).
Com efeito, “Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”. (Jo 1,18.17). De fato, “Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas. Esplendor da glória (de Deus) e imagem do seu ser, sustenta o universo com o poder da sua palavra. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus...” (Heb 1,1-3).
É dele que também está escrito nessa mesma Carta aos Hebreus: “Eis por que, ao entrar no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade (Sl 39,7ss). Disse primeiro: Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado (quer dizer, as imolações legais). Em seguida, ajuntou: Eis que venho para fazer a tua vontade. Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia. Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo”. (Heb 10,5-10).
E ainda: “Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade. Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, porque Deus o proclamou sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.” (Heb 5,7-10).
Portanto, foi assim que Cristo Jesus amou a Deus Pai até as últimas consequências de sua vida terrena e com isso nos ensinou a amá-lo assim também. Desse modo, o amor e a fidelidade, que se traduzem em obediência, são as virtudes alicerces da vida em Deus; não é possível ser discípulo de Jesus sem a vivência dessas virtudes, porque é por elas que nos mantemos unidos à videira eterna do Senhor, que é a Igreja, para darmos os frutos da salvação que Ele nos concedeu para o louvor de sua glória.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.