Deus não assina obra plagiada!
Qualquer ser humano que se aventure a escrever um bom livro deverá seguir alguns passos essenciais. O primeiro ter uma boa história e um titulo convidativo à leitura. Saber transitar de um personagem para outro, entremeando suas histórias utilizando poderosos ganchos de ligação intuitiva que desperte a curiosidade investigativa.
Para se escrever uma história seja vida pessoal, na igreja, denominação ou na própria nação, requer-se também outros cuidados, tais como: algo que seja original – plágios não são bem vistos nem aceites-; determinação para ir do começo ao fim desejado; objetivos a curto, médio e longo prazo; planejamento para que os objetivos – fazer história nova - sejam alcançados.
Ouvindo recentemente um sermão na Igreja onde frequento, aprendi algo interessante relacionado ao tema. Dizia o pregador: “ Para se ter algo novo, é necessário arrancar-se tudo que é velho”, baseando-se ele no trecho de Leviticos 26.10 “E comereis da colheita velha, há muito tempo guardada, e tirareis fora a velha por causa da nova”. Levítico 26:10.
A Lei de Newton afirma, com grande propriedade: “Dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço”. Um espaço só pode ser ocupado por uma história de cada vez: velha ou nova, apenas uma. Não se escreve uma história nova em cima da velha.
Para escrever-se a nova, o rascunho da velha terá que ser deletado, rasgado, queimado, destruído, esquecido mesmo.
Inclusive, quando Deus escreve nova história na vida de alguém, ele perdoa os erros que o individuo tenha praticado no seu rascunho de vida, tais rascunhos e erros são esquecidos e lançados no mar do esquecimento.
Se Deus esquece os erros passado aos quais perdoou, por qual razão deveríamos nós lembrá-los?
Considerando-se que a vida não é um teatro que dá para ser ensaiado e apresentado de novo, a melhor forma para se evitar a confecção de um rascunho de vida negativo que precise ser esquecido, deletado, queimado é seguir as orientações dadas por Deus no decálogo – que nos direcionam às práticas que não precisarão ser jogadas no lixo do esquecimento-, dadas em Êxodo 20.1 em diante.
“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
Eu faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”. Êxodo 20:3-17.
Parafraseando o ensinamento do grande líder Moisés em Levíticos 26.10, poderiamos dizer: Removam a velha história de vida, com seus modismos, ódios camuflados, rancores disfarçados, mentiras “ brancas”, as pretas também.
Remover velhos instintos pecaminosos, os quais obrigam a pessoa a olhar pela janela da alma e cobiçar o visual sensual – seja masculino ou feminino, como o fez o grande rei Davi, ao ficar em casa quando deveria guerrear, ficou a cobiçar Beteseba-; remover velhas fantasias eróticas, velhos hábitos perniciosos – vícios secretos como masturbação, pensamentos negativos acolhidos no recôndito do ser, os quais envenenam a alma e as ações, velhas mentiras, fofocas, maledicências. Remover é preciso, não apenas dizer: “navegar é preciso”, como se dizia no inicio das atividades através da Internet.
Para aqueles que não gostam do Antigo Testamento, o Apóstolo Paulo deixou algumas sinalizações e diretrizes no Novo Testamento. Entre elas:
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”; Romanos 3:23 Ninguém pode dizer : Sou melhor neste ou naquele quesito. Todos estão incluídos na mesma falha: pecado! “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só”. Romanos 3:10-12.
Da mesma forma TODOS estão incluídos no mesmo plano misericordiosa da graça divina de Deus que afirma: “Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. Romanos 5.8. O pecado tem solução. Basta desejar tal solução. Quem se acomodou e não a deseja continuará infetado!
Jesus ofertou no Novo Testamento, um resumo indispensável e necessário de ser vivido, se realmente queremos vivenciar nova história de vida, através do texto em Mateus 19.19. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” . Texto este extremamente mal compreendido e mal aplicado. Ninguém deseja o pior para si. Só se for um doido.
Jesus nos manda amar amar aquele mendigo desdentado que não cheira chanel 4, e não apenas amar aquele (a) próximo (a) “bonzinho (a)”, bonitinho(a) cheiroso(a) de “boticário ou natura, que inspire um amor romântico.
Amar inclusive aquele(a) próximo(a) “chato” que pede dinheiro emprestado e nunca paga. Amar aquele estrangeiro que bate na mulher por ter cultura diferente ou por estar afetado de neuroses de guerra.
Amar aquele médico(a) que não atendeu seu filho(a) quando estava para morrer e você não tinha um bom convênio. Fácil? Que nada! Impossível? Não!
Outro resumo oferecido encontra-se em S. João 13.34 “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”. João 14.15 “e me amais, guardai os meus mandamentos”.
Uma nova história sempre passará pelo caminho da prática do amor, renúncia, doação, perdão, entrega, aceitação, e nunca o “amor” – quero isto e aquilo, dê-me isto ou aquilo-, amor egoista, não é amor que possa fazer parte de qualquer história, que mereça ser vivida, lida ou lembrada.
Ao mencionar sobre a necessidade do perdão, Jesus coloca os seres humanos numa porta estreita: Mateus 6. 12-15
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”.
Como temos perdoado aqueles que nos ferem? Nos magoam? Nos insultam? Aqueles que matam nossas esperanças de dias melhores? De um casamento eterno? Matam nossos projetos de vida? Matam nossa auto estima? Nossos sonhos íntimos? Difícil! Necessário!
O ser humano gosta de ser perdoado, porém, evita sempre que possível perdoar aos demais. Jesus foi enfático ao colocar a partícula se no original grego, onde ele – Jesus- define a única condição exigida para esta situação. Só terá o perdão desejado se perdoardes como eu -Jesus- , ensino e peço. É uma condição para se obter o que é novo.
Amar e perdoar são exigências, não opções para uma nova história.
Fácil? Não! Impossível? Também não!
Quem não ama e não sabe perdoar, terá que arrancar esta semente velha, para dar lugar a uma nova plantação, que lhe proporcione nova colheita com novos resultados.
O apóstolo Paulo nos adverte que: “Quem está em Cristo nova criatura é, eis que as coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo”. Tudo, não apenas algumas áreas do interesse do individuo, mas, tudo. Em I Corintios 2.16 “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
Ainda o apóstolo Paulo escreve em sua carta a Tito “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente”. Tito 2:11-12. Na realidade muitas são as sementes daninhas que os seres humanos devem arrancar do seu modo de viver para dar espaço a uma nova forma de vida, que possibilite escrever nova história.
Ainda o apóstolo Paulo nos ensina a todos: “Mortificai, pois, nos vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou – Deus, Jesus -”. Colossenses 3:5-10. Nova vida e história exige novas práticas na maneira de viver.
Desafios imensos? Sim! Impossíveis? Não!
A elaboração de uma nova história passa por todos estes caminhos, ou etapas. Não há como elaborar um “boneco” para o novo livro da vida cortando-se etapas. A editora divina não aceita bonecos incompletos, faltando capitulo, introdução e conclusão.
Deus não assina obra incompleta nem plagiada! Ele é autor competente!