De Coletor de Impostos à Coletor de Almas

Primeiramente vamos entender o significado dos nomes Mateus e Levi; o nome Mateus significa “Presente de Deus” já o nome Levi significa “Colado”. Aquele Levi que é citado em Marcos 2:14-17 e em Lucas 5:27-32, é o mesmo Mateus, portanto daqui por diante vamos chamá-lo de apenas Mateus.

A palavra Evangelho deriva-se para palavra grega Boa Nova, por isso quando o Espírito Santo usa Mateus para escrever um dos evangelhos de nosso Senhor Jesus Cristo, Mateus reserva o capítulo 9, dos versículos 9 ao 13 para descrever a maneira pela qual foi chamado pelo próprio Jesus quando ele estava em seu local de trabalho “assentado na coletoria” na periferia de Cafarnaum, onde recebia os impostos comerciais dos mercadores que chegavam de fora, provavelmente passageiros dos barcos que trafegavam através do mar da Galiléia. Além disso, outra informação que nos chama atenção neste evangelho é que Mateus é o único evangelista que usa a palavra “Igreja três vezes” (Mt 16:18; 18:17). Assim como os outros apóstolos, Mateus obedeceu imediatamente o chamado de Cristo, e logo depois ofereceu um jantar para Jesus e vários convidados, dentre amigos e colegas de trabalho, marginalizados por causa do serviço que prestavam para o governo romano e relatou a reação que causou nos lideres judeus que se sentiam ofendidos ao ver Cristo comendo com os “pecadores”, ainda mais quando Jesus disse que veio para os doentes e não para os que se consideravam justos (Mt 9:12). Mateus era um homem de confiança e intelectual, atributos estes que lhe tornaram um funcionário do governo Romano, profissão esta que exigia rígidos controles, os quais se refletiam na formulação do documentário contábil, sua exibição e sua revelação, escriturando e auditando. Por isso, sendo funcionário do governo Romano, Mateus era um homem relativamente próspero para os padrões da época, ainda mais que segundo os historiadores, os coletores de impostos cobravam um pouco há mais do que era exigido, por isso tinham um lucro adicional. Portanto, deixar sua profissão de coletor de imposto para ser “coletor de almas”, acompanhando Jesus numa vida de discipulado itinerante provavelmente exigiu mais sacrifício para Mateus do que para alguns dos outros discípulos. E aqui, quero chamar atenção dos irmãos; hoje vivemos numa sociedade consumista, onde o “status” está acima de tudo. Hoje as pessoas não têm mais tempo para dedicar-se a leitura e reflexão da palavra de Deus. O mundo está ditando este novo padrão de vida que é o culto ao corpo e ao glamur. O grande problema é que isto está entrando no meio evangélico, e aí torna-se perigoso, porque é a Igreja que tem que ditar a regra de comportamento para o Mundo e não o Mundo ditar a forma de viver. Mas muitos, estão colocando a sua “vida” nas mãos da sociedade consumista em vez de colocar sua vida nas mãos do Deus Todo-Poderoso, Criador dos Céus e da Terra. Estamos esquecendo que o poder quem dá é Deus e não o Mundo (Mt. 10:1).

A profissão de “coletor de impostos” esta relacionada hoje em dia com a Contabilidade Pública, assim como todas as áreas do conhecimento humano possue um representante famoso, na área Contábil o seu representante é o Apóstolo Mateus. Irmãos, hoje um Fiscal Tributário da Receita Federal, que trabalha para o governo ganha aproximadamente R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por mês, ou seja, com um salário desses dá pra se ter uma vida tranqüila hoje em dia. Imagine você com um salário desses poderia simplesmente ignorar Jesus e confiar no dinheiro, mas Mateus não pensou duas vezes, quando Jesus o chamou, ele fez a sua escolha, deixou para traz sua carreira lucrativa de coletor de impostos para ser coletor de almas. O pastor Esequias, em seu livro “Cristologia”, página 172, relata que “todos os impérios da história tiveram seu período de glória e depois decaíram e desapareceram do cenário mundial”. Mas a Igreja está com mais de 2.000 (dos mil) anos de história, é a única instituição, ou seja (é a única pessoa jurídica) que pelo menos eu conheço que nunca faliu. Nós acompanhamos a crise mundial de 2008, onde grandes países (impérios) que outrora eram poderosos, hoje estão endividados, vimos também grandes empresas abrirem falência. Isto tudo, porque são comandados pelo homem, mas a Igreja é comandada pelo Espírito Santo, por isso, diante da crise, não vimos nenhuma notícia dizendo que a Igreja fechou, que a Igreja, abriu falência. Por isso, queridos irmãos, que possamos aprender com Mateus que a vida cristã não é uma disputa de poder e fama, mas sim de amor ao próximo, porque Jesus está interessado em salvar à todos, mas para isso, se faz necessário tomar uma decisão. Nossa vida está repleta de decisões, e muitas vezes tomamos decisões certas que nos renderam grandes benefícios, mas outras vezes tomamos decisões erradas que nos renderam grandes aflições. Mas tudo isso, são coisas passageiras, são decisões que apenas nos servem como aprendizado e crescimento espiritual, mas há uma decisão que decidirá o nosso destino por toda a eternidade, essa sim, é a mais importante de todas. Que possamos irmãos, seguir o exemplo do Apóstolo Mateus e nunca recusar o chamado de Deus, pois Deus nos ama e quer o sempre o melhor para nossas vidas, Ele quer que sejamos pessoas participativas na sua obra e não meros expectadores, porque as bênçãos de Deus são infinitas, por isso não podemos ficar parados esperando que elas venham até nós, somos nós que temos que ir buscá-las.

Bibliografia

Bíblia Sagrada, Almeida, João Ferreira, revisada e corrigida, Ed. 1995.

Bíblia Sagrada NVI, Sociedade Bíblica Internacional, São Paulo/SP, Editora Gráfica.

Gardner, Paul – Quem é quem na Bíblia Sagrada, São Paulo/SP, Editora Vida.

Angus, Joseph, História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, Editora Hagnus, 2003.

Soares, Esequias – Cristologia: A doutrina de Jesus Cristo, São Paulo, Editora Hagnus, 2008.

Conselho Federal de Contabilidade, http://www.cfc.org.br/conteudo.aspx?codMenu=181&codConteudo=192

http://www.significado.origem.nom.br

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 01/12/2011
Código do texto: T3366143
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