oração e meditação

ORAÇÃO E MEDITAÇÃO

Na oração nós falamos com nosso deus. Na meditação, o deus em pauta fala conosco. Não adianta falarmos com Ele – monólogo - se não O deixarmos falar conosco, mostrar a solução de nossos problemas.

Na oração, quase sempre em pedido, a dificuldade de contacto é bem maior.

Embora a força divina esteja conosco mesmo, embora seja nós mesmos, a oração, com a pressa que é rotinada não nos permite um preparo tal que possamos romper a barreira esotérica que nos separa.

Já na meditação, o próprio ato de introspecção aciona a chave do contato e a energia omnipotente se faz presente. E o deus de nossos corações, que sabe já o que pediríamos, mostra-nos a resolução antecipadamente do X, além de nos reinfundir vida e nos preparar a energia para que nossos futuros problemas tenham respostas mais facilmente encontráveis por nós mesmos.

Precisamos aprender esta arte de meditar e praticá-la. Não que não precisamos orar vez ou outra. Dizem que o próprio mestre cristão orou e se relata que outros deuses de outros ensinamentos fizeram o mesmo. Mas na meditação, a transcendência do “estalo” nos puxa cada vez mais para nosso deus e com isto nossos pedidos se rarearão. E nossa personalidade ocupar-se-á mais e mais com agradecimentos.

É verdade que precisamos rezar e pedir, principalmente por outrem que como nós, antes de conhecermos a meditação, tenha dificuldade em pôr-se em contato com o deus das soluções, apesar de ser dele a busca, de ser dele o esforço maior, de ser dele a obrigação do ato, sem o que nada conseguirá. Aliás, podemos pedir quando meditamos, o que nos tornará mais íntimos ainda da fonte verdadeira das respostas dos problemas insolúveis, na aparência, por nós.

Jesus, o Cristo meditou, em jejum, quarenta dias no deserto, diz a escrituras do cristianismo, com o intuito de saber o que seu deus/pai esperava dele. E o cumpriu depois. Salvou-se e mostrou com isto (“eu sou o caminho”) como devemos fazer para alcançarmos o mesmo objetivo.

Porém, sem obras a fé é morta. Deuses não fazem por nós, só nos mostram o caminho a seguir e precisamos trilhá-lo. Não adianta acreditarmos mo que Jesus, ou outro deus de outro credo, disse ou fez. Se não fizermos também, seremos somente expectadores da salvação e não atores ou beneficiados. Não atingiremos jamais a luz maior.

(* LUIZ CARLOS LEME FRANCO*)