A REFORMA PROTESTANTE e a "Contra Reforma”.

A CONTRA REFORMA

Depois de iniciado o grande movimento da Reforma, um extremo levante foi também erguido pela Igreja de Roma no tocante a recuperar o terreno perdido na Europa pelo Protestantismo que espalhava ate então. A Contra Reforma, foi levantada adiante pelos clérigos de classe superior e pelo papado. Desenvolveram novas ordens monásticas, tais como a dos Jesuítas, que levaram o cristianismo as Américas e ate mesmo ao extremo Oriente. Criaram comissões de moralidades a fim de coibir excessos entre os clérigos, reafirmaram sua teologia no Concilio de Trento, expulsaram totalmente da Espanha os mulçumanos, construíram Igrejas Barrocas de notável beleza, desenvolveram novas formas musicais como a Polifonia e também instituíram a inquisição a fim de perseguir os oponentes.

Portanto para iniciar-mos com o dialogo da Contra Reforma, vamos salientar a definição do termo Contra Reforma, para uma melhor compreensão do assunto. Para conhecimento de causa, este historiador define a Reforma Católica ou Contra Reforma assim conhecida, de forma que se encaixa com outros autores que trabalham a mesma idéia.

A palavra “ Contra Reforma” entrou na Historia. Era evidentemente muito cômodo apresentar o grande movimento religioso que levantou a Igreja católica de meados do século XVI a meados do século XVII como uma simples reação à reforma protestante, um brutal despertar durante a tempestade. Mas o fato é que a idéia de Reforma, tão velha quanto a Igreja, havia aberto caminho nas profundezas da sociedade cristã durante o século XV. Após a ruptura entre católicos e protestantes, a reformação “prosseguiu dos dois lados da barrigada, por obra de inúmeras almas sinceras e pacificas preocupadas em realizar a mensagem de Jesus Cristo”, deixando “aos polemistas a questão das hostilidades contra as outras confissões” (A. WILLAERT et al., 1979 apud PIERRARD, PIERRE, 1982, p. 183).

As decisões do Concilio de Trento, Tornará importantes por causa de sua aplicação. Essa aplicação deveu-se, principalmente, aos papas da era pos conciliar, também conhecida como Contra Reforma. Conforme alguns estudiosos da Historia da Igreja, citam que depois concilio de Trento, que a autoridade papal foi confirmada, segundo Dreher (2006, p. 128), “As decisões de Trento tornaram-se importantes por causa de sua aplicação. Essa aplicação deve-se, principalmente, aos papas da era pos conciliar, também conhecida como Contra Reforma”. Se antes do concilio a autoridade papal estava em jogo, após o mesmo o domínio da Universalidade do Episcopado papal esta confirmado.

O concilio de Trento, se reuniu no ano de 1545 pelo papa Paulo III, o objetivo desta era investigar os motivos e por fim aos abusos que deram causa a Reforma. De acordo com CAIRNS, o mesmo faz uma colocação plausível deste período citando o acontecimento de forma intrigante em sua obra;

Paulo III parecia entender como necessária a Reforma na Igreja Romana, porque foi ele quem autorizou a ordem dos Jesuítas em 1540, estabeleceu a inquisição Romana em 1542, e promulgou a bula de 1544 convocando o Concilio de Trento. Paulo III queria discutir a doutrina da Igreja de Roma, a reforma dos abusos clericais e a possibilidade de uma cruzada contra os infiéis. Embora 255 clérigos assinassem os decretos finais, nunca mais de 75 estiveram presentes na maioria das 25 seções (CAIRNS, 2008, p. 319).

O resultado deste Concilio pode ser considerado como uma reforma conservadora dentro da Igreja Católica Romana. O pesquisador Cairns, ainda contribui com a declaração do concilio de Trento no que se refere às varias questões doutrinarias.

O concilio declarou que não somente a bíblia, mas também as escrituras canônicas e os livros apócrifos da vulgata de Jerônimo e a tradução da Igreja constituíam autoridade final para os fieis. A discussão da justificação pela fé terminou na decisão de que o homem era justificado pela fé e suas obras subseqüentes, e não apenas pela fé. Os sete sacramentos foram confirmados pelo concilio, e os decretos sobre a reforma dos abusos eclesiásticos forma formulados (CAIRNS, 2008, p. 319 e 320).

Logo se percebe que o significado real do concilio de Trento foi à transfiguração da teologia medieval tomista num dogma acabado para todos os fieis. É importante, por outro lado, verificar que o concilio de Trento acentuou a graça tanto quanto foi possível para manter o principio da cooperação do ser humano com Deus. Se tal formulação já houvesse sito feita antes de 1519 a 1520, a reforma teria andado de maneira diferente. Ao ser formalizado nos dias do concilio de Trento, já havia sido dados outros passos e os acontecimentos históricos não podiam mais ser refeitos.

CONCLUSÃO DO ASSUNTO:

Quanto às conquistas e reconquistas que acompanham a Contra Reforma, temos o direito de perguntar se elas se inspiraram sempre no espírito evangélico... O período da reforma pode ser considerado terminado a esse ponto quando em 1648, a guerra terminou, com a assinatura do tratado de paz de Westfalia, que fixou os limites dos estados católicos e protestantes, que duram ate hoje.

REFERENCIAS:

CAIRNS, EARLE EDWIN. O Cristianismo através dos Séculos: uma historia da Igreja Cristã. Earle Edwin Cairns. (Tradução: Israel Belo de Azevedo e Valdemar Kroker), 2 Edição, São Paulo: Vida Nova, 2008. 671 p.

DREHER, MARTIN N. A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma. Martin N. Dreher. São Leopoldo: Sinodal, 1996. 134 p. (Coleção Historia da Igreja; v. 3).

PIERRARD, PIERRE. Historia da Igreja. Pierre Pierrard. (Tradução: Álvaro Cunha; revisão: Luiz João Gaio), São Paulo: Editora: Paulus, 1982.

Por: Joas Araújo Silva.

Joas Araújo Silva
Enviado por Joas Araújo Silva em 05/11/2011
Reeditado em 04/12/2022
Código do texto: T3318668
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.